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The Beatles: Rock Band

All You Need is Love, ou antes Help.

The Beatles: Rock Band tornou-se não apenas em mais um videojogo de música para mim, mas num documentário musical interactivo, muito além de um mero divertimento. Alguns já deverão saber a minha apetência para jogos musicais, quer sejam eles para mostrar a minha bela voz, bem como os dotes de guitarrista, baixista e às vezes baterista. Os jogos musicais vieram-me ensinar a olhar para a música de outra forma, como também o fez na aprendizagem de um instrumento real. Uma lição que tirei, e penso que todos os que já experimentaram, é que músicas que possamos não gostar ou nem temos habito de ouvir, transformam-se nos jogos musicais, e muitas delas são um prazer de se tocar.

Novamente aprendi isso com The Beatles: Rock Band. Embora os The Beatles sejam uma banda que sempre conheci, que sempre ouvi desde a infância, nunca fui muito apreciador das suas músicas, uma ou outra me cativa, mas como um todo, sempre deixei de lado os meninos de Liverpool. Foi com este background pouco conhecedor de todo o portefólio do grupo que me atirei para um mundo fantástico que é o universo The Beatles. Esta é a primeira vitória do jogo, conseguir cativar pessoas para além dos fãs. Para além disso, saber que o jogo é oficialmente vendido em Portugal é já um feito, mas que não chega, é muito pouco, pois ainda estou à espera dos periféricos oficiais. Sim a linda guitarra de George Harrison, a Gretsch Duo Jet.

As músicas de estúdios levam-nos numa viagem alucinante.

Mas a verdade seja dita, o amor a The Beatles: Rock Band não é à primeira vista, mas após algum tempo a jogar e a entrar dentro do universo The Beatles, é quase como se os quatro membros do grupo voltassem a tocar juntos. Uma das coisas que me agradou, e que penso que tenha sido de propósito, é o facto do jogo não nos atirar para o típico, "ser um Beatle", que poderia ser quer a nível de conversa de marketing, quer por opção lógica da maneira mais fácil. Aqui temos a perfeita noção que não somos nada, somos apenas um peão perante grandiosidade artística. O nosso papel é remetido a um conhecimento e aprendizagem pela história da banda. No modo história, iremos percorrer de forma cronológica as 45 músicas disponíveis, passando pelos diversos palcos onde actuaram os The Beattles, e também pelo mítico estúdio em Abbey Road. Pessoalmente nada se equipara a "Twist and Shout" no The Cavern Club, algo simplesmente genial.

Meninas aos gritos devido a belos rapazes, nada mudou.

Como referi logo no início, podemos olhar para The Beatles: Rock Band quase como um documentário, o que me leva a crer que é o ambiente Rock Band que entra dentro dos The Beatles e não ao contrário. Gostava também de realçar o fantástico feito a nível de design e de ambiente criado em volta do jogo. Novamente poderiam ter enveredado por uma opção mais realista, quer em termos de ambientes e locais dos concertos, bem como também em relação aos artistas, mas a opção foi outra, e ainda bem. Em vez disso, temos um ambiente imaginário, de sonho e fantasia, mas "credível" onde os fãs certamente associam à banda.

Estas ilusões gráficas, são mostradas principalmente nas canções tendo por pano de fundo o estúdio em Abbey Road. Ou seja, mal a música começa a tocar somos transportados numa viagem imaginária e de pura beleza gráfica e sonora, chegando a ser em certas alturas quase como transcendental, levando-nos a pensamentos e sensações incríveis. Após isto, e conforme a música desce de tom, somos novamente levados para o estúdio, onde apenas os quatro incríveis músicos, John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr, partilham de uma cumplicidade sem qualquer som.

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The Beatles: Rock Band

PS3, Xbox 360, PS2, Nintendo Wii

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Jorge Soares avatar

Jorge Soares

EG.pt Master of Puppets

Sempre ocupado e cheio de trabalho, é ele quem comanda e gere a Eurogamer Portugal. Queixa-se que raramente arranja tempo para jogar, mas quando está mesmo interessado num jogo, lá consegue arranjar uns minutos. Tem mau perder e arranja sempre alguma desculpa para a sua derrota, mas no fundo, é o que todos fazemos.

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