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Swords and Soldiers

Guerreiros famintos!

Depois de lançar no mercado a agradável surpresa que foi ‘de Blob’ – o jogo que recebeu um valente 8/10 aqui na Eurogamer – a Ronimo Games dedica-se agora ao serviço digital Wii Ware da respectiva consola, lançando assim Swords and Soldiers, um novo e inovador jogo de estratégia em tempo real. A sua mecânica, ainda que arrojada, não é pioneira dentro dos padrões do género. A verdadeira inovação passa sim pelo visual bastante animado e acessível, que consigo trás uma inesperada vontade de acatar e agradar a um público geral. Também o seu mote é simples, colocar em batalha diversos povos da antiguidade utilizando para isso uma série de recursos característicos aos mesmos.

Swords and Soldiers apresenta um modo campanha divido em 3 sub-campanhas, cada uma das quais referente a um destes povos que falei. Têm assim ao dispor a campanha dos Vikings, dos Azetecas e dos Chineses. Cada um destes povos tem um objectivo diferente no desenrolar das suas campanhas. Só por si este é um factor que imprime desde logo alguma variedade ao jogo. Na campanha dos Vikings, por exemplo, acabam por ter como objectivo capturar uma malagueta gigante para fazer Chili, e nisto vêm-se obrigados a correr mundo, defrontando soldados e defendendo objectivos. No decorrer de cada aventura irão ocorrer inúmeras falas entre os intervenientes da acção. As falas são apresentadas na forma escrita através de balões onde impera a comédia e bom humor.

Ao longo de cada campanha irão ter diversos tipos de armas e recursos, sendo que os dos Vikings serão naturalmente diferentes dos chineses, e por aí adiante. Mas se inicialmente apenas poderão colocar uma pequena porção de guerreiros em campo, com o desenrolar de cada missão o ouro que podem capturar no cenário será um elemento indispensável para a compra de novos recursos, tais como catapultas ou monstros gigantes. Para capturar ouro terão que comprar mineiros(as) para trabalhar no cenário. Só o ouro vos permite fazer upgrades ao armamento. Da mesma forma terão também uma quantidade de energia que vos permite executar um outro tipo de acções, como invocar raios ou curar soldados.

Toda a acção do jogo decorre na horizontal e para tal apenas terão que utilizar o Wii Mote, seja para navegar pelo cenário ou aceder aos menus. Os cenários estão em constante alteração de missão para missão pois as batalhas provocam sempre uma grande alvoraça que deixa todo o ecrã em movimento. As missões poderão variar ente derrotar uma série de inimigos, alcançar determinado ponto, coleccionar X ouro ou defender a vossa base. Ocasionalmente são colocadas certas barreiras para dificultar as missões, como quantidades minimas de ouro e/ou energia ou tempo limite para alcançar a base inimiga. No fundo fiquei foi com a sensação de que o jogo não é verdadeiramente desafiante. Por vezes é apenas uma questão de insistência, pois geralmente é fácil obter ouro e, uma vez que consigam ter uma série de mineiros na busca pelo mesmo, poderão esbanjar a belo prazer na aquisição de novos guerreiros. Não existem verdadeiras consequências relativas à morte de um guerreiro, pois enquanto este “dá o badameco” têm tempo de colocar dois no seu lugar.

Por vezes existem torres inimigas espalhadas pelo cenário. Quando as alcançam os vossos discípulos terão que as mandar abaixo, mas é como digo, mesmo que tenham dificuldade em fazê-lo, por vezes tudo se resume a comprarem novos soldados de forma quase abrupta. Fora isto, toda a experiência é bastante equilibrada, apresentado uma estrutura sólida e de grande valor. Tudo está bem organizado e corre como devido. Chega a ser uma surpresa quando do nada vêm cair do céu uma ajuda de Zeus, dando vida a todo o cenário. Graficamente é um encanto, desde os efeitos visuais, a toda a paleta de cores e caracterização das diversas personagens e povos, enquanto a nível sonoro podem contar com uma banda sonora que encaixa devidamente com o estilo de jogo, apresentando ainda ocasionais efeitos sonoros referentes às personagens.

Se têm dois Wii Motes podes ainda jogar no modo Multiplayer que, dividindo horizontalmente o ecrã, permite-vos que realizem combates entre os diversos povos com os vossos amigos. Apenas achei que foi uma falta a não incursão de um modo online, fosse competitivo ou cooperativo, seria certamente um bom complemento. Da mesma forma existem uma série de Achievements que poderão fazer, passando por completar campanhas ou vencendo inimigos nas diversas formas pedidas. Mas lá está, sem um modo Online para as partilhar com os amigos, estas estatísticas perdem todo o interesse pois fora uma estrelinha de “feito”, nada mais trazem ao jogo.

À medida que avançam nas diversas campanhas é possível ainda desbloquear um total de 3 challenges (uma para cada povo) que, perante situações adversas, incentivam o jogador a terminar tarefas de forma quase sublime. Se as conseguirem fazer ganham um Achievement. Existe, como é óbvio, também um modo para praticar onde poderão alterar e programar tudo ao vosso agrado.

Cada campanha ronda entre a 1.30 e as 2 horas de longevidade, dependendo um pouco da vossa estratégia sublime ou total azelhice. No total, as 3 campanhas poderão rondar as 5 horas, o que é excelente para um jogo do género. Juntem ainda os demais modos de jogo e podem ver que é uma experiência para durar. Por mérito próprio Swords and Soldiers é desde logo um jogo recomendável, mas a ideia é ainda reforçada pela falta de um qualquer outro produto do género que ostente uma qualidade equiparável dentro do catálogo do serviço.

8 / 10

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In this article

Swords & Soldiers

iOS, PS3, Nintendo Wii, PC

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Sobre o Autor
Ricardo Madeira avatar

Ricardo Madeira

Contributor

É redator e dá voz à Eurogamer Portugal. É um dos mais antigos membros da equipa, e ao mesmo tempo um dos mais novos. Confusos? É simples.
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