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Super Mario Galaxy 2

Dinossauro ao resgate?

Apontando o Wii Remote para a televisão, Yoshi pode assim balouçar-se em pontos de apoio (à imagem dos níveis em que Mario se deslocava de estrela azul para estrela azul no primeiro jogo sendo o jogador forçado a para tal usar o pointer do Wii Remote) ou "engolir" inimigos. Engolir Bullets Bills (os inimigos que são mísseis) para depois dispará-los contra paredes destrutíveis ou até contra os pontos fracos de um gigante robot munido de martelos (e conduzido pelo irritante filho do Bowser). Derrotar um imponente adversário usando apenas esta simples mecânica é um exercício gratificante.

Mas simplicidade não é certamente o apanágio das habilidades que os power-ups dão a Yoshi. O "dash pepper" – parece que a criatividade se esgotou quando chegou a altura de dar nomes às coisas – envia Yoshi numa imparável corrida que dá azo ao frenesim de tentar controlá-lo correctamente num contexto de plataformas apertadas e longos saltos constantes. Nas antípodas de toda esta animação está o fruto que incha Yoshi o que o leva a flutuar lentamente céu fora permitindo a Mario chegar a locais normalmente inacessíveis. Enquanto que o primeiro exige reflexos, este segundo power-up pede calma e ponderação na aproximação aos muitos obstáculos semeados pelo ar.

O Dragão oferece um desafio interessante, atravessando o planeta na sua fúria para nos apanhar.

A broca que permite atravessar diametralmente os planetas abre uma perspectiva de puzzle, sendo necessário "perfurar" em pontos específicos para progredir. Avaliar estes pontos específicos fica muitas vezes a cargo duma observação crítica do espaço que nos rodeia, numa mudança de andamento que é muito bem vinda. Dizer também que a experimentação de alguns níveis que claramente pertencem ao final do jogo prenunciam um adequadamente elevado nível de dificuldade que é de elogiar, principalmente tendo em conta a introdução de pequenas bandeiras ao longo dos níveis que marcam o sítio de onde Mario recomeça caso morra (bandeiras similares às utilizadas em NSMBWii).

Dum ponto de vista técnico, o jogo consegue estar acima do seu predecessor, nomeadamente a nível da qualidade dos efeitos e texturas, um subtil melhoramento digamos. A generalidade das etapas disponíveis em Londres não eram realmente inovadoras ou muito diferentes do que se viu no primeiro Mario Galaxy - a presença da planta gigante que deve ser derrotada com pancadas no "ovo", déja-vu do primeiro jogo, é um justificativo desses medos - mas o engenho que as permeia aparenta compensar esse facto.

Mario Galaxy 2 apresenta-se assim como o provável título cimeiro no seu género neste ano e um título incontornável para todos os fãs do mesmo. Resta saber até que ponto as excelentes ideias introduzidas são exploradas e se o jogo consegue oferecer conteúdo evitando tornar-se repetitivo ou apegar-se ao primeiro jogo. Tal como noticiado, o jogo será lançado a 11 de Junho deste ano.

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