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Saw

"Olá detective. Quero jogar um jogo."

É impossível não notar o enorme esforço em fazer deste um verdadeiro jogo de terror, mas a verdade é que há um conjunto de factores que não o permite. Entre eles, o facto de o jogo ter de se manter fiel à licença, o que impossibilita a adição de zombies ou algo do género. Desta forma, Saw só poderia ser um bom jogo de terror psicológico caso tivesse “actores” convincentes, algo que não acontece já que os movimentos das personagens são desajeitados, principalmente no movimento da cabeça e demonstração de emoções, e também porque os diálogos são bastante maus e nada convincentes. Aliás, tirando a voz da personagem Jigsaw, interpretada pelo mesmo actor do filme, Tobin Bell, todas as outras deixam muito a desejar, tornando a experiência pouco imersiva.

Algo que nos agradou bastante foi os cenários característicos do franchise, bastante claustrofóbicos. Toda a sujidade e objectos espalhados pelo chão preenchem a maior parte das áreas, assim como os televisores e as luzes a falharem constantemente. Sendo estes dominados pela escuridão, quase sempre teremos de usar itens para iluminar o nosso caminho, sejam estes lanternas ou simplesmente isqueiros. Tal como na maioria dos jogos de terror, Saw não apresenta grande diversidade de locais, muito por culpa de ter de se reger pelo franchise e, por isso, centrar-se apenas no asilo.

Nunca se sabe quem pode estar ao virar da esquina.

Tal como os gráficos, a sonoplastia também é mediana, contando com alguns pormenores de interesse, como é o facto da banda sonora, que faz subir a adrenalina nas situações de perigo iminente, como quando nos tentamos libertar de alguma armadilha. Noutras ocasiões, os efeitos sonoros são razão suficiente para nos fazerem avançar com precaução pelos corredores. Ao pisarmos um objecto sem intenção é impossível não olhar para trás e confirmar se não está nenhum inimigo atrás de nós.

A longevidade é outro dos problemas de Saw. Com apenas sete capítulos para serem completados, sendo que cada um destes demora algo como uma hora, é possível acabar o título numa ou duas sessões de jogo. O incentivo de o completar novamente é bastante reduzido, a não ser para ter acesso aos diferentes finais da obra. No entanto, tirando isso, existe uma grande linearidade nas acções, e até mesmo os puzzles, repetidos vezes sem conta, deixam de ter interesse.

Saw: The Videogame pode não ser o melhor do seu género, principalmente no que toca ao terror, mas irá certamente agradar aos fãs dos filmes. Apesar dos pontos positivos e de ser divertido, alguns problemas, principalmente nos combates, fazem com que se torne numa experiência monótona ao fim de pouco tempo.

6 / 10

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