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Modern Warfare 2

Pulsações elevadas!

Na prática Modern Warfare 2 resume-se a três blocos de jogo com particulares vocações e atractivos que justificam uma adesão mais célere e imediata. Esse é talvez o maior mérito para esta iteração, expandir os modos de jogo e alargas as opções para os combates. Se o modo campanha pode ser concluído ao fim de pouco mais meia dezena de horas, este é o primeiro naco de jogo a digerir e engolir com ligeireza. Os restantes modos tornam mais prolongada a refeição; spec-ops torna-se num desafio constante até para bater os tempos e a eficácia no debelar dos adversários. Nesta porção de jogo, mais enquadrada como um treino, o grande mérito é sentir que se é premiado pela rapidez e execução do objectivos sob as mais diversas condições ao mesmo tempo que vingam outras soluções de equipamento.

No que tange à experiência individual, a campanha, desde logo se reforça que esta sequência de missões pega no fio condutor do original Modern Warfare, o que por si significa a manutenção de um rasgo e uma toada feroz, sem abrandamentos, numa cadência de momentos intensos e épicos mas também evolui ao ponto de acrescentar novos palcos para o confronto, bem como missões mais diversificadas. O argumento dita que a Rússia é governada por um líder tirano. Afinal, depois de terem derrubado um chefe que parecia ser mau da fita, os americanos acabaram por fazer algo pior que a emenda e têm de suportar as atrocidades geradas e ainda uma invasão. Os eixos do inimigo cruzam os oceanos, desde as favelas no Brasil aos edifícios gastos e esburacados do Afeganistão, abrindo espaço para novas zonas que a Infinity voltou a caracterizar de um modo absolutamente notável.

À espera de novas ordens.

O reforço do motor gráfico dá azo a um grau de foto realismo abissal, também com respeito às sombras, luminosidade e clima. Os efeitos e o grau elevado de detalhe nas ruas e nas casas em forma de cascata no Rio de Janeiro, com inimigos em qualquer esquina, telhado ou divisão interior, não deixam ninguém indiferente. As ruas em reboliço, faíscas de tiros, explosões dos automóveis com fogo e faúlhas a atravessar as zonas de vivendas em Washington DC, o denso nevão nas montanhas do Kazaquistsão onde há uma base militar que estremece cada vez que os aviões de combate aterram; isto é só uma pequena amostra dos quadros dinâmicos e absolutamente credíveis que se formam missão após missão. Esse é um dos grandes méritos da campanha, a permanente rotação de cenários. Nunca um confronto obedece aos mesmos trâmites do anterior e isso mantém uma constante indefinição a respeito do que está para vir. Há sempre uma margem para surpreender à grande escala.

A toada cinematográfica no arranque das missões, num ambiente “havoc” e frenesim de vozes pelos rádios de comunicação favorece a sensação de imersão e nisso os produtores voltaram a estabelecer novos máximos, com uma atmosfera de bradar aos céus. Há imensos objectos passíveis de interacção e ao nível do primor visual, é decisiva a quantidade de surpresas por área, sempre a proporcionar motivos para causar admiração (é impressionante a fuga da base no Afeganistão, embora seja um momento mais ao jeito de um James Bond do que propriamente algo de cariz militar). Nas favelas, por exemplo, num instante de sossego, até se contemplam as folhas de papel levantadas ao sabor do vento para de seguida um avião militar cruzar o céu em baixa altitude.

Os escudos protegem durante algum tempo.

Esta formidável densidade de combate é aquilatada pela componente sonora, nos sons fidedignos do armamento, pela impetuosidade dos alertas dos colegas de maior divisa não sendo passível de ocultar a empolgante e brilhante trilha sonora aqui desenvolvida por Hans Zimmer (detentor de notáveis bandas sonoras para o cinema) que inculca no jogador a severidade e o carácter épico do momento e tende a acompanhar os momentos de maior fervor. O trabalho de vozes dos camaradas de combate é de um rigor extremo, com muitas reacções, nem sempre inteiramente percebidas em função do calor da batalha. E ainda se retém o português no Brasil, sendo perceptíveis e bem conseguidos as conversas e tiradas curtas entre os adversários.

Por outro lado a inteligência artificial dos inimigos está melhorada. Os soldados inimigos mudam constantemente de posição, abundam nas dificuldades elevadas, escondem-se, aguardam pelo momento oportuno para disparar e nalguns casos perseguem o jogador, apanhando-o desprevenido e reagindo mesmo quando se encontram severamente atingidos. Com maior calculismo e oportunidade é possível superá-los sem pautar um avanço no mapa. O êxito na conclusão das demandas depende muito da experiência acumulada no género, mas há alturas em que não é difícil ficar preso nalgum checkpoint e consoante a estratégia adoptada para seguir em frente, os inimigos tendem a organizar a defesa de outra forma.

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Sobre o Autor
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Vítor Alexandre

Redator

Adepto de automóveis é assim por direito o nosso piloto de serviço. Mas o Vítor é outro que não falha um bom old school e é adepto ferrenho das novas produções criativas. Para além de que é corredor de Maratona. Mas não esquece os pastéis de Fão.
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