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Metal Gear Solid 4: Guns of the Patriots

Snake o herói do século XXI.

Hideo Kojima coloca tudo neste suposto último jogo. Não faltam as fantásticas piadas, e humor patético que tanto ele gosta, bem como momentos apoteóticos de pura arte e poesia cinematográfica. Usando e abusando de metáforas, Kojima tenta levar o jogador a experiências que vão mais além do simples jogar a um videojogo. Somos quase parte integrante da história, pois muitas vezes nós somos o joguete nas suas mãos, surpreendendo-nos e reinventando-se a si próprio como não estaríamos à espera. Existem jogos que criam em nós diversos sentimentos, mas poucos poderão chegar ao patamar de Metal Gear Solid 4: GoP, onde o sofrimento, ódio, vingança, amor e lealdade se misturam num cocktail fantástico.

A nível de jogabilidade, tudo parece à primeira vista intocável em relação aos jogos anteriores, mais precisamente em Snake Eater. Mas o patamar ainda foi mais elevado, sendo agora mais fluido, mais dinâmico e mais activo.

Este é um jogo que se auto-domina, e bem, de pai do "Stealth", ou seja um jogo que privilegia a acção furtiva em detrimento das entradas à “John Rambo”. Se em Metal Gear pensam que é só entrar e varrer tudo e todos, estão muito enganados. Aqui todos os sentidos contam, pelo menos assim se faz querer. Temos que analisar o terreno, as movimentações dos soldados e máquinas, bem como interagir e usar o terreno e acontecimentos a nosso favor.

De realçar que podemos jogar de diversas formas, quer na primeira vista, quer por cima do ombro, lado esquerdo ou direito, podemos andar aninhados, ou até deitados. O uso eficaz de todas as formas de jogar é imprescindível para o decurso do jogo. Não nos é privado de nada, como que se de um agente 007 nos tratássemos, com todo o tipo de gadgets, sendo o mais fantástico e inovador o Octocamo. Um fato de camuflagem, que imita o nosso meio, tornando Snake quase invisível.

Algo que podemos desde já lamentar, não que isso tenha sido um problema para nós, é a falta do DualShock 3 em território Europeu. Sim, sabemos que muitos já o têm em virtude da importação ou compra em Portugal em determinadas lojas, mas oficialmente ele não se encontra no nosso país, e muitos são os que vão jogar Metal Gear Solid 4: GoP sem ele, perdendo muito da sua magia.

Referente ao armamento disponível, temos tudo para todos os gostos. Desde armas silenciosas e pequenas, a armas maiores e digamos mais barulhentas. Temos também ao nosso dispor a faculdade de alterarmos as nossas armas, não bastando apenas de adquirir novas, mas sim a possibilidade de conferir a elas algo mais pessoal, colocando novas funcionalidades a elas. Mas neste aspecto, existe um contra-senso. Com tanto armamento a nosso dispor, quase podemos finalizar todo o jogo, com excepção dos bosses, com a arma de tranquilizantes.

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Jorge Soares

EG.pt Master of Puppets

Sempre ocupado e cheio de trabalho, é ele quem comanda e gere a Eurogamer Portugal. Queixa-se que raramente arranja tempo para jogar, mas quando está mesmo interessado num jogo, lá consegue arranjar uns minutos. Tem mau perder e arranja sempre alguma desculpa para a sua derrota, mas no fundo, é o que todos fazemos.

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