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Stellar Blade | Exclusivo PlayStation 5

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Madworld

A sobrevivência do mais forte!

Aquilo que parecia uma missão para salvar a filha do “Major” e outros eventuais sobreviventes das mãos dos terroristas e grupo de assassinos que montaram aquela ratoeira, cedo evolui para algo mais que uma possível exigência em troca. Com outros planos em mente, Jack decide entrar no esquema televisivo proposto por um dos patrocinadores e tornar-se figura de cartaz na Dead Watch TV, a estrutura clandestina que organizou a cilada. O protagonista terá assim de entrar por diversas áreas da cidade, com configurações altamente distintas, decepando todos os adversários que lhe aparecerem sob as mais variadas formas, enquanto que para animar a audiência há sempre os desafios de banhos de sangue, entre outras competições, para no final enfrentar o habitual boss posicionado numa escala de liderança.

No entanto é toda a direcção artística que começa por cativar bem cedo o jogador. O estilo noir é uma máxima só articulada pelo vermelho de sangue que se espalha pelo chão, paredes e outras zonas. Aliás os actos mais severos de Jack, bem como ruídos e exclamações são reproduzidos no ecrã na forma de palavras onomatopaicas geralmente pintadas a amarelo. Se por um lado o estilo permanente a preto e branco (que após algum tempo deixa o jogador tranquilo e habituado) facilita a transposição da violência para uma perspectiva de fantasia e até irrealista, consegue por outro lado segurar todos os propósitos de um jogo de acção. Observando apenas uma imagem do jogo, dá a impressão que é algo confuso perceber os recortes das personagens e arestas do cenário, assim como uma eventual falta de profundidade.

Rotundo engano. Ver Jack em movimento não só faz despertar uma atmosfera única com todo o grau de detalhes como gera uma animação muito eficaz e convincente. Além disso, pelo recurso a esta gestão gráfica, os produtores conseguiram minorar as limitações da consola que tendem a ficar sempre à vista quando há um interesse em criar universos, personagens e cenários de grande realismo. Nesta toada muito próxima aos “comics”, até parece que se está diante de um jogo perfeitamente “next-gen”, sem que haja abrandamento ou qualquer corte nas animações. A sensação de profundidade e percepção dos objectos é fantástica e com toda a apresentação plena de estilo Madworld não só sobrevive ao impacto inicial do visual algo bizarro como acaba por ser uma solução acertada para enquadrar a violência num patamar perfeitamente inofensivo e ao mesmo tempo alcançar um resultado global perfeito.

Big Eddie é o primeiro boss do jogo e apesar do estilo Golias tem nas pernas o ponto mais fraco, mas atenção à força brutal que lhe chega às mãos.

Mas este espectáculo da televisão em directo, design ultra estilizado e manutenção por um estado de sobrevivência sob as formas mais drásticas é amplamente destacado pelos ritmos musicais do género hip-hop, originais, passando algures pelo rock nos prelúdios dos combates contra as figuras do topo e com letras alusivas à personagem e seu modo de actuação. Mais que isso dois comentadores sedentos de puro espectáculo visual comentam com delírio, troça e até humor negro as boas e más situações em que Jack se vê confinado. Os dois speakers proporcionam uma zombaria infernal, perspectivando a desgraça do protagonista e relatando cada evolução no terreno, embora seja notória alguma repetição nas sentenças. Obrigando Jack a deitar mão à obra, Madworld não segue pelo rumo dos tradicionais jogos de acção ou “hack’n slash”, tanto que de início os adversários parecem mais figuras diletantes do que criaturas ofensivas que põem à prova todas as combinações de golpes do protagonista. Aqui o objectivo é fazer um número mínimo de pontos para desbloquear os principais desafios inscritos em cada área. A diferença é que a desgraça dos oponentes feita com estilo e sob as mais variadas formas é premiada com diferente pecúlio.

Cortem um tresmalhado a meio e alcançam um índice de violência rotineiro. De modo diferente e mais engenhoso, tentem fazer diversas combinações como arrancar um sinal de trânsito para espetar na cabeça do adversário, atirar-lhe um latão pelos ombros fora e arremessá-lo de encontro a um contentor do lixo de modo a que a tampa o corte a meio para no fim esmagar o crânio e tronco ainda com vida. Soa demasiado cruel? Pois bem, ainda não é suficiente para atingirem o pináculo da violência, mas é este mecanismo que gera a permanente vitalidade em Madworld. Quão maior for o índice de violência mais beneficiarão em termos de pontos entregues já que por cada área há um tempo limite de meia hora para atingir um montante mínimo de pontos que abre a porta para o combate decisivo. Embora o esquema básico possa parecer repetitivo, a possibilidade de tentar inúmeras combinações é enorme e acaba por obrigar os jogadores a encontrarem diferentes formas para tirar o máximo partido dos objectos que estão espalhados pelo cenário e poderão dar uso.

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MadWorld

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Vítor Alexandre

Redator

Adepto de automóveis é assim por direito o nosso piloto de serviço. Mas o Vítor é outro que não falha um bom old school e é adepto ferrenho das novas produções criativas. Para além de que é corredor de Maratona. Mas não esquece os pastéis de Fão.
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