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LEGO Harry Potter: Years 1-4

A magia da simplicidade.

Para reforçar ainda o sentimento de que estamos perante um jogo acessível e possível de ser recomendado a qualquer um, desde os que vão jogar entre família como os que apenas se querem divertir ao lado dos amigos, também a estrutura dos níveis exige que o jogador alterne entre os personagens à disposição e temos de novo um outro elemento que destaca este dos demais jogos Harry Potter. O forçoso respeitar da recriação da película inspiradora, faz com que algumas restrições ou limitações sejam naturais mas tal não se aplica aqui. Em LEGO Harry Potter não vamos jogar somente com o protagonista que confere o nome ao universo, vamos poder jogar com praticamente todas as figuras conhecidas dos livros e filmes. Desde Hermione ou Ron, vamos ser autenticamente convidados a jogar de novo os níveis com outras personagens como Sirius Black, Hagrid, Malfoy, Severus Snape ou até mesmo o cão Fang para descobrir como podemos explorar novos locais e desbloquear novas acções e partes dos cenários.

A construção de níveis e puzzles apela ainda mais ao sentido de jogo para a família no sentido em que podemos jogar com amigos em modo cooperativo e dinamizar ainda mais uma experiência que mesmo assim não causa qualquer transtorno ao jogador solitário. Isto porque se não tivermos um amigo ou familiar a pegar num possível segundo comando, podemos a qualquer momento alternar entre as personagens em acção e assim desbravar caminho em alternância quando assim exigido. Ao leme de controlos altamente intuitivos e bem apresentados, fruto de um trabalho que já havia sido aclamado, vamos ter uma nova perspectiva sobre a aprendizagem dos feitiços e ainda dos grandes confrontos vistos na série.

Os feitiços são a base da progressão.

Após acessíveis, o seu uso é automaticamente intuitivo pois para além do conhecimento prévio do universo, as divertidas aulas são ao mesmo tempo um recriar de momentos conhecidos da série como também são autênticos tutoriais disfarçados. Ao evoluir no jogo e seguindo fiel à história desbloqueando novos feitiços, tanto o jogador como o jogo são recompensados. Novos feitiços significam novos desafios e maior exigência enquanto que pelo seu lado, o jogo vai abrindo novas áreas e os puzzles tornam-se mais diversificados. No entanto reside aqui um dos principais elementos com o qual vamos ter que forçosamente lidar. Apesar de intuitivo, toda a simplicidade pode remeter o jogador mais habituado para processos demasiadamente simples que se quedam em repetitivos. O jogador mais novo pode não sentir tais fragilidades enquanto desbloqueia mais um novo momento do seu universo favorito mas outros podem correr o risco de a meio sentir que o jogo já nada mais de novo tem a oferecer para além do que já viu.

Snape, Solid Snape.

Especialmente conforme caminhámos para os eventos relativos a “O Cálice de Fogo”, o jogo denota elevada vontade de recuperar fôlego tanto pela apresentação de situações mais difíceis como pela crescente dificuldade de alguns puzzles, especialmente pela perda do factor óbvio na maioria deles. Mas enquanto tal acompanha o que vemos no universo, não deixámos de sentir que a Hogwarts que cresce à nossa frente vibrante com novos desafios pouco ou nada de realmente novo ou intrigante já nos vai oferecer. Esse é um sentimento ambíguo pois terminar o jogo representa uma fatia muito pequena da experiência, cerca de 35% consoante a insistência em alguns níveis.

Completar a restante percentagem vai exigir muito tempo e dedicação que se pede divertida, mas não o vai ser para todos. As viagens a Diagon Alley para comprar extras vai permitir que o jogador possa abordar de forma diferente a experiência, tal como referido, e se tiverem disposição então vão ter mesmo muito com que se entreter, pena que não seja tanto em variedade quanto em quantidade. Se o jogo vos conseguir captar um dos principais responsáveis para além da simples e cativante jogabilidade vai mesmo ser a componente visual. Já todos sabemos o que o tratamento LEGO fez a outras séries mas em Harry Potter tudo parece ter subido um ou dois degraus e temos uma recriação fantástica e espantosa dos principais e mais memoráveis locais vistos nos filmes. É de realçar o mérito com que a Traveller’s Tales tratou esta série, com o respeito que ela merece, conseguindo aliar a boa disposição e o humor inteligente a uma sensação de magia e até a alguma nostalgia que nos pede para correr-mos a ver os filmes novamente.

LEGO Harry Potter corre o risco de surpreender os mais desprevenidos e faz tal com todo o mérito. Os seus maiores valores são também as suas maiores fraquezas a longo prazo se bem que o peso na balança não chega para sequer deitar abaixo toda uma experiência que nada mais faz do que honrar e celebrar todo este universo que nos encanta há tantos anos.

Este é um jogo altamente inteligente em tudo o que faz e até a sua simplicidade propositada o denota. Para os mais pequenos é de enorme atracção para os mais crescidos tem algumas reservas mas o meio termo encontrado é de louvar. Pequenos e graúdos vão ter visões diferentes mas nenhum deles foi esquecido.

8 / 10

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LEGO Harry Potter: Years 1-4

iOS, PS3, Xbox 360, Nintendo Wii, PSP, PC, Nintendo DS

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Sobre o Autor
Bruno Galvão avatar

Bruno Galvão

Redator

O Bruno tem um gosto requintado. Para ele os videojogos são mais que um entretenimento e gosta de discutir sobre formas e arte. Para além disso consome tudo que seja Japonês, principalmente JRPG. Nós só agradecemos.
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