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King Arthur: The Role-Playing Wargame

Em nome do Rei Artur.

Falar de King Arthur: The Role-Playing Wargame sem mencionar a série Total War é quase inevitável. A NeocoreGames parece que foi buscar inspiração à Creative Assembly. O mapa e as batalhas são muito semelhantes, mas o resultado final é bem diferente.

Mas há que dar algum crédito à produtora, King Arthur é um jogo colossal, ambicioso e muito exigente. Estamos perante uma jornada épica, ao serviço do lendário Rei Artur, onde iremos comandar os Cavaleiros da Távola Redonda e definir a expansão Britânica. Esta mistura de RPG com estratégia em tempo real e turnos não resultou da melhor maneira, não pelo seu conceito de jogo mas sim pelo que foi efectuado a partir do mesmo.

Começamos a campanha com apenas um Cavaleiro, à medida que vamos avançando teremos a possibilidade de comandar muitos mais, uns com poderes mágicos, outros guerreiros poderosos, grandes estrategas e uns mais pacificadores. Este jogo é baseado na experiência ganha, seja ela nas batalhas, no completar de Quests e até ficando a repousar em determinados locais e localidades. A experiência irá servir para subir de nível, tanto os Cavaleiros como os membros da sua legião. Podemos também adquirir poderes que conferem certas habilidades, como melhor armadura, mais liderança, melhorar a arte de guerra, adquirir poderes/feitiços para usar durante as batalhas, e muitos mais. Estamos perante um jogo bem complexo nesse aspecto, já que as opções são imensas e por vezes damos por nós confusos sem saber quais utilizar.

O detalhe visual é uma das melhores partes do jogo, com uma excelente recriação das unidades.

Como sucede em Total War, o jogo desenrola-se por turnos no mapa e em tempo real nas batalhas. Quando estamos no mapa temos que observar bem o terreno, saber quem são os inimigos, os aliados, descobrir os pontos fortes dos mesmos, e claro, procurar expandir com cautela. Os turnos estão relacionados com as quatro estações do ano, Primavera, Verão, Outono e Inverno. A primeira é ideal para preparar um ataque, que será efectuado no Verão (os exércitos estão com a moral elevada nesse período), o Outono será para procurar o melhor local para recarregar baterias (recrutamento de unidades), o Inverno por seu lado é uma estação de inactividade em termos de progressão no mapa, ficando todo o terreno debaixo de um manto de neve, é também aqui que efectuamos as nossas escolhas quando as unidades sobem de nível, efectuar investigação bélica e política.

À medida que as coisas vão ficando mais complexas, seja pelas províncias conquistadas ou pelo simples facto do número de Cavaleiros ter aumentado, o desafio também acompanha essa mesma complexidade. O jogo torna-se mais interessante, exige mais de nós, temos que controlar um maior número de pontos que influenciam a nossa progressão. A gestão do Reino passa a ser crucial, temos que colocar os Cavaleiros a gerir as províncias, manter o exército bem apetrechado, gerir os prisioneiros capturados nas batalhas, e estar sempre preparado para a guerra. A gestão dos Cavaleiros é efectuada no menu da Távola Redonda, atribuímos as províncias que cada um irá gerir, definimos as suas mulheres/esposas e gerimos os prisioneiros de guerra.

O caos das batalhas é um pesadelo para a performance do jogo.

A progressão é efectuada também com o completar das Quests que vão aparecendo, sejam elas para adquirir items valiosos, descobrir armas lendárias que nos irão ajudar nas batalhas, e até ajudar determinados Nobres que passarão a nossos aliados. Os objectivos do jogo estão divididos por quatro livros, que têm vários desafios, que terão que ser completados para desbloquear outros. Existem Quests que são um autentico pesadelo e aborrecimento, pois temos apenas e só que ler um texto e responder conforme a nossa interpretação. A progressão nestas Quests é efectuada com selecção de uma resposta, de entre várias. O problema está relacionado com o facto do jogo não estar em português, é claro que muitos de nós compreendemos bem o inglês, mas existem termos que são um pesadelo, dificultando muito a compreensão do texto, convidando o jogador a escolher a opção ao acaso (foi o que fiz variadíssimas vezes). Uma localização do jogo em português era muito bem-vinda.

Existem dois aspectos do jogo que requerem muita atenção, sendo o primeiro a investigação, quer a nível bélico quer diplomático. Há que melhorar o nosso exército, suas armas, feitiços, armaduras, etc. Temos também que pesquisar por novas formas de gerir o reino, melhorando aspectos económicos, religiosos e diplomáticos, infraestruturas (estradas, aquedutos, etc.). O segundo aspecto está relacionado com a gestão política do reino, temos que fazer opções relacionadas com impostos, comida e leis a implementar. As opções aqui referidas são muito importantes para uma gestão equilibrada, há que ter em atenção a relação entre as despesas e os recursos disponíveis.

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Adolfo Soares

Director

É o nosso homem do PC, por isso qualquer coisa é com ele. É também responsável pelo Eurogamer, bem como dá uma perna nas notícias.

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