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Killzone 2

Morte e luz ao virar da esquina.

É interessante verificar que Killzone 2 consegue trazer um pouco de tudo para a acção. Temos zonas mais calmas, mas com isso não queremos dizer monótonas, zonas com acção non-stop, e variações de ambiente, dentro do que o planeta Helghan permite. Podemos usar veículos em certos níveis, bem como tomar conta de antiaéreas e armas fixas. O portefólio de armamento, embora não sendo um arsenal de fazer inveja a John Rambo, cumpre e torna a incursão mais real, pois somos meros soldados e não super-homens.

Em termos de progressão, o jogo prima pela linearidade, sendo o efeito de sucesso "montanha russa" a premissa em todo o momento. Quando pensamos que um determinado nível é o expoente máximo de impacto que o jogo nos dá, eis que um novo supera o anterior. É neste equilíbrio onde o jogo é fantástico. Embora seja linear, onde temos que ir de X ponto a Y, toda a acção decorrente entre eles é algo de supremo e de um gozo enorme. Levando a um extremo final apoteótico, onde somos esmurrados com tanta violência, que a mera condição de ser humano é alta demais para a nossa pequenez.

Podem juntar-se aos vossos amigos e juntos percorrem Helghan com a luta da ISA como vosso objectivo. O modo online promete prolongar a longevidade.

Nos dias de hoje a componente multiplayer já se tornou num dos elementos de destaque e já vimos como pode ajudar a criar referências no género. É o prolongamento do modo para um só jogador, é aquele modo onde provavelmente vamos passar mais tempo, podendo diferenciar um bom investimento. Killzone 2 apresenta um modo para vários jogadores bastante sólido e para lá de divertido. Não tem quaisquer reservas em pedir ideias emprestadas a outros no género, até porque nunca fez mal a ninguém usar o que é bom, e acrescenta outras que fazem com que Killzone 2 se possa tornar num sério caso de vício. Colocando o jogador numa série de modos já bem conhecidos dos amantes do género como em equipas de todos contra todos, protecção de alvos ou locais e até mesmo uma tradicional captura de pontos específicos. No entanto estes modos surgem adaptados ao universo Killzone, como não podia deixar de ser, e juntamente com toda a diversão e adrenalina que lhe são associados, a Guerrilla Games arranjou forma de os tornar mais dinâmicos e fluidos como poucos outros.

Ao invés de nos deixar escolher um modo e jogar num qualquer mapa e depois brindar-nos com um ecrã de carregamento após uma equipa vencer para voltar a jogar, em Killzone 2 somos colocados em grandes mapas, que conseguem manter uma qualidade visual fantástica, e no mesmo mapa, sem quaisquer ecrãs de carregamento, vamos jogar vários modos escolhidos aleatóriamente pelo jogo. Imaginem que começam o jogo num todos contra todos em equipas, uma vez completo o modo com a vitória de uma equipa, sem quaisquer interrupções o jogo inicia um novo modo como Assassination no qual temos que matar o adversário escolhido ou defender um membro da equipa. Tudo isto a acontecer com um máximo de 32 jogadores na sala, onde é possível incluir bots, de uma forma que apenas beneficia a diversão.

Eles têm a mania de se juntarem para parecerem muitos. Mesmo assim não se safam.

Como o mundo dos FPS's nunca mais foi o mesmo depois de Modern Warfare, a Guerrilla Games dá-nos também um sistema que promete agarrar-nos ao modo para vários jogadores durante muito tempo sendo que a única diferença, ou será melhor dizer ausência, é o sistema cover que não está presente no modo para vários jogadores.

Com o eliminar de adversários e com as vitórias alcançadas, vamos ganhando experiência que vai servir para desbloquear extras e novas capacidades para este modo. Com a experiência ganha neste modo Warzone vamos subir de patente, ou classe se preferirem, e podem depois seleccionar uma em particular para beneficiar das suas capacidades exclusivas. Killzone 2 permite que construam a vossa personagem pois com a selecção de vários atributos e com a mistura de elementos de várias classes, vão percorrer os campos de batalha lado a lado com pessoas completamente diferentes de cada vez que jogarem.

Killzone 2 é neste momento sem sombra de dúvidas o expoente máximo a nível de um projecto na área dos videojogos. Um jogo credível, seguro, coerente e acima de tudo brilhante na sua execução. Um jogo obrigatório para todos os amantes desta arte, principalmente aqueles que anseiam por experiências arrebatadoras, onde os diversos sentidos são colocados em cima da mesa.

10 / 10

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Killzone 2

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Jorge Soares

EG.pt Master of Puppets

Sempre ocupado e cheio de trabalho, é ele quem comanda e gere a Eurogamer Portugal. Queixa-se que raramente arranja tempo para jogar, mas quando está mesmo interessado num jogo, lá consegue arranjar uns minutos. Tem mau perder e arranja sempre alguma desculpa para a sua derrota, mas no fundo, é o que todos fazemos.

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