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Home em detalhe

Entrar numa casa com obras ainda em andamento.

Até os mais distraídos e desinteressados já ouviram falar do Home, a nova coqueluche da Sony para rentabilizar, remodelar e distinguir o seu serviço Online dos restantes. Apresentações são desnecessárias mas, para quem não sabe, o Home é um serviço social em rede que permite aos seus utilizadores realizarem uma infinidade de actividades…ou então não.

É preciso realçar que durante mais de 2 anos o novo serviço social da Sony foi uma espécie de D. Sebastião desta indústria. Detentor de grande potencial e alvo de grande cobiça, foi encarado como o salvador de uma geração por muitos condenada desde o início. Mas tal como dita a lenda, também aqui a esperança se mantém até ao fim e é quase irónico dizer que mesmo com cerca de 2 anos de produção e outros tantos de idealização, o Home sofreu de um lançamento precoce.

Quando no decorrer do ano passado vimos o serviço sofrer um adiamento por tempo indeterminado, um misto pensamento veio à cabeça. Se por um lado seria muito mais tempo para esperar e desesperar, por outro, a esperança de que todo o tempo extra de desenvolvimento ditaria o lançamento de um serviço completo e em condições deu aos esperançados o alento para durante mais um ano acreditar que o Home seria o ponto de viragem que tanto ansiavam.

Através das máquinas de arcada é possível ganhar peças de roupa, por exemplo.

No entanto, um ano depois, é difícil olhar para esta versão sem pensar que pouco ou nada foi feito desde então. A verdade é que o serviço mantém o mesmo aspecto, não conta com novidades e, para além disso, continua em beta. Enquanto os utilizadores desesperavam por um serviço completo e em condições, a Sony deu-lhes a provar um pouco daquilo que os testes beta já vinham a revelar de há um ano para cá.

Mas, a questão pertinente aqui refere-se àquilo que cada um de vós esperava deste serviço e aquilo que estão dispostos a esperar para ver um projecto com cabeça, tronco e membros. Esta beta já deveria ter vindo há muito, pois já era de esperar que nada fosse para a frente enquanto o serviço não visse a luz do dia. Custe o que custar, neste momento o Home está longe da concepção esperada e isso deve-se principalmente ao facto de continuar a ser uma beta. Assim sendo as produtoras dificilmente irão apostar no Home pois este continua a ser, de certa forma, um serviço fantasma.

Ainda estamos à espera de dar uma voltinha numa coisa destas. Será que fica para o ano que vem?

Dito isto, o sucesso do Home está em parte na mão das produtoras, que poderão no futuro desenvolver espaços temáticos para os seus jogos ou até oferecer roupas e outros artefactos na compra dos seus produtos. Pessoalmente, penso que caso as produtoras não apoiem o serviço, pouco ou nada irá haver por fazer ao longo dos tempos. Por esta altura a única maneira de obter roupas ou peças para a casa é pagando por elas com dinheiro real e digamos que os preços não são nada convidativos.

O Home é um serviço que vai viver das novidades e não de espaços pré-recriados como se quer fazer parecer. Espaços como o cinema ou salão de jogos vão rapidamente perder o interesse a não ser que sejam remodelados quase semanalmente com novos vídeos exclusivos e jogos nas máquinas de arcada. O Home precisa essencialmente de público disposto a frequentar o serviço, exigindo em troca actividades e espaços que lhes consigam conceder algum proveito a partir desta experiência. Nestes moldes, tudo isso será impossível pois as únicas novidades que vão aparecendo são destinadas a pagantes e, só para acrescentar mais uma vez, os preços nem são nada convidativos.