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Guitar Hero III: Legends of Rock

Pouca inovação mas muita diversão!

Mais uma vez, tudo permanece familiar, mas é nas novas batalhas de guitarra que este modo ganha novo fulgor, pois são ao mesmo tempo inovadoras e refrescante. Em alguns locais após tocadas as músicas necessárias, somos desafiados para um duelo de guitarra contra verdadeiras lendas do rock como Slash, de bandas como Guns ´n` Roses e Velvet Revolver, ou Tom Morello, de bandas como Rage Against the Machine e Audioslave. Nestas batalhas ao invés de acumular Star Power vamos acumular Battle Power, que são vários ataques especiais que devemos usar para forçar o adversário a falhar as notas, ganhando o duelo antes que a música termine. Estes ataques vão desde o aumento da dificuldade a inversão de notas ou até mesmo à troca completa dos botões, enquanto outros tornam as notas difíceis de visualizar e outros aumentam o número de notas, algo que resulta extremamente divertido e pode ser repetido online. O único senão destas novas batalhas será mesmo a pouca quantidade apresentada, apenas 3 e fica um enorme desejo de mais batalhas contra outros grandes ícones do rock.

Para que a diversão seja garantida, Guitar Hero III apresenta verdadeiros clássicos do rock, e não só. Um jogo desta qualidade precisa de um acompanhamento musical de grande nível, não fosse esta uma das partes mais fundamentais do jogo, e a lista de músicas ascende a mais de 70 pistas e não vai deixar ninguém descontente. Tudo depende dos gostos pessoais de cada um, mas grandes temas de bandas e artistas como Metallica, Muse, Poison, The Strokes, Bloc Party, Rolling Stones, Scorpions, Queens of the Stone Age, Guns ´n` Roses, Rage Against the Machine, The Killers, Kiss, Black Sabbath, Pearl Jam, Santana, Slipknot ou Iron Maiden, garantem que a lista de músicas seja poderosa e atraente. Os fãs podem ficar descansados que Legends of Rock não desaponta ninguém e pela primeira vez numa consola Sony, temos conteúdos adicionais, que para além de aumentar a já extensa lista, asseguram que durante muito tempo vão surgir novos temas, o que aumenta a já de si enorme longevidade.

Algo a louvar é o enorme número de masters presentes no jogo. Como devem saber, o jogo apresenta covers, versões gravadas para o jogo, e masters, versões originais cedidas pelas bandas e perto de metade das músicas estão presentes nas suas versões master. Algumas músicas como a “Talk Dirty To Me”, tiveram as suas vozes regravadas por Bret Michaels, vocalista dos Poison, e os existentes membros do Sex Pistols, voltaram ao estúdio para regravar “Anarchy in the U.K.”. Provas do crescente sucesso desta série que começou a ganhar o respeito de várias bandas.

Guitar Hero, conquistou um espaço, que agora é seu, e ganhou notoriedade graças à sua jogabilidade que consegue manter o equilíbrio perfeito entre diversão e desafio. A jogabilidade pode ser descrita como viciante, desafiadora e agradavelmente recompensadora pois quanto mais jogamos mais extras desbloqueamos e também aumentamos o domínio sobre o periférico que acompanha o jogo e lhe confere todo o carisma especial que sem ele não teria.

Neste novo Guitar Hero, a jogabilidade mantém-se inalterada e apresenta todas as qualidades que conhecemos mas no entanto a Neversoft resolveu aumentar a dificuldade. Muitos foram aqueles que reclamaram um jogo mais difícil pois consideravam Guitar Hero II fácil demais, mesmo em Expert, e a Neversoft assim o fez. O jogo está um pouco mais difícil, mas não que isso seja bom ou mau, é tudo uma questão de gosto pois muitos vão tomar gosto ao maior número de notas presentes nas músicas, de maneira a aumentar a dificuldade, enquanto outros se vão sentir ligeiramente desapontados por tocar notas que não parecem ir de acordo com a música, criando por vezes um sentimento estranho que afasta o jogo daquele sentimento de que realmente estamos a tocar a música. A Neversoft, também aumentou a dificuldade através da disposição das notas o que se evidencia mais em certas músicas, e com o aumento da dificuldade, sendo preciso maior destreza e precisão ao alternar notas e ao movimentar a mão.

Guitar Hero III: Legends of Rock, não é o grande salto qualitativo que tanto se esperava, sendo na realidade uma continuação de tudo o que de bom a série já nos deu. Uma aposta pelo seguro da Neversoft, que mesmo assim consegue criar o melhor da série até à data, e Guitar Hero III está viciante e divertido como nunca mas se anteriormente o jogo estava sem competição, agora existe Rock Band, que é uma proposta muito atractiva e a ter em conta, pois segue o mesmo modelo e a mesma fórmula de sucesso mas adiciona algumas novidades muito promissoras. Legends of Rock, não desilude, pelo contrário, mas para o ano será preciso evoluir mais, mas por enquanto, todos vão querer ser lendas do rock.

9 / 10

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