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Gran Turismo 5

Eternamente adiado.

Seria o caso de mais um projecto excêntrico, não estivéssemos perante uma série que, não obstante os recentes avanços e recuos, e por paradoxal que isto possa parecer, continua a garantir o respeito dos jogadores que pretendem passear de automóvel a partir de uma consola. Por tudo o que significa Gran Turismo, desde o estrondoso nascimento envolto num impressionante catálogo de veículos e marcas, até à feroz competição mais recente provocada pelo recrudescimento dos rivais (sempre com Forza à cabeça), parece ter chegado a semelhante ponto em que a extrema devoção de Kazunori Yamauchi pelos automóveis sob a forma da próxima entrada em cena definitiva da série, não deverá recair unicamente no esmagamento causado pela projecção cinematográfica e pornográfica dos veículos em pista.

Quer-nos bem parecer que vêm aí tempos de mudança na série e pelo que nos foi dado a conhecer a partir da última amostra, sob a forma de competição mundial através de umas voltas rápidas em “Time Trial” na pista desenhada para as provas de Fórmula 1 em Indianápolis – EUA – é admissível questionar até quando Kazunori continuará a garantir esta extrema devoção pelo desporto motorizado, mostrando-se seguro que da próxima irá cumprir as promessas e, mais até, acrescentar uma série de funções como condições metereológicas e transição entre o dia e a noite, algo já atingido noutros jogos menos coçados, mas sem a escala e proporção que Gran Turismo sempre pôs em marcha.

Durante algumas gerações de consolas, os jogos de automóveis serviram de medidor de pulso e montra dos sistemas (bem visível esse posicionamento de Gran Turismo dentro das duas últimas Playstation), já que a apresentação gráfica, diante de uma moldura de pompa e captação de ambientes credíveis esgotam depressa a paciência e indiferença de qualquer um. No lançamento de uma consola lá está um bombástico jogo de corridas de automóveis para lançar o mote. Desta vez porém, a Polyphony parece estar disposta a deixar escapar esses créditos, não sabendo muito bem até que ponto deve definir orientações para colocar um ponto final no já moroso e custoso desenvolvimento de Gran Turismo 5. Pelas palavras dos seus responsáveis há qualquer coisa que pode ser acrescentada à versão final, fazendo balouçar constantemente a data de lançamento.

2010 marca a última temporada das viaturas oficiais do WRC.

De Gran Turismo 5 Prologue até à mais recente demonstração sob a forma de Time Trial (Gran Turismo 5 GT Academy), pelo menos ficou perceptível que a Polyphony compreendeu as mais vivas críticas empunhadas pelos jogadores, embora esta percepção seja particularmente evidente para os homens e senhoras das corridas que usualmente empregam um volante, cortando nas assistências. Isto abre lugar para um sério optimismo quanto à versão final, mas é prematuro formar uma conclusão quanto à experiência final nesta altura, sendo muito embora previsível que não deverá fugir aquilo que vimos na recente demonstração.

Lançado em pista o Nissan mais musculado (370Z de competição) podem ver como cada curva é negociada dentro de uma linha de limite estreita, mas percorrida com extrema satisfação já que sem exageros e segurando firmemente o carro dentro da trajectória, a sensação de aderência ao asfalto é desta vez superior. E isso faz a diferença quando se pretende comer mais algum tempo por volta. Por outro lado o acertado escalonamento das mudanças – sem aqueles momentos em que a rotação afrouxa - favorece a sensação de embalo e projecção do carro cada vez que se vê pelo espelho retrovisor a saída de uma curva ou então se reduz e se esmaga o travão à entrada de um gancho apertado.

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Vítor Alexandre

Redator

Adepto de automóveis é assim por direito o nosso piloto de serviço. Mas o Vítor é outro que não falha um bom old school e é adepto ferrenho das novas produções criativas. Para além de que é corredor de Maratona. Mas não esquece os pastéis de Fão.

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