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God of War III

Vingança parte III.

Vocês conhecem aquela sensação de quem sabe andar de bicicleta nunca desaprende? Certamente conhecem a sensação de após uma longa viagem (sim é o saudosismo da minha terra a chamar) e chegam à vossa casa e dizem, “como é bom chegar a casa”. Bem, penso que já estão a ver onde quero chegar.

Essa foi a mesma sensação que tive ao jogar God of War 3, uma demo de cerca de 15 minutos, onde nos permite de imediato ter acesso a uma diversidade de situação e uso de determinadas características de Kratos. Sim, pegar em God of War 3 é como chegar ao conforto de nossa casa, e reconhecer, “Eu já conheço isto, sei quais os cantos da casa”. É uma sensação confortável, pois pouco poderás tentar perceber sobre os comandos, sobre os combos ou sobre que caminhos e formas de progressão. Deixa-nos também numa posição de maior crítica à espera de mais, de sermos surpreendidos pela positiva.

Na verdade estamos a falar de um dos ponta de lança da PlayStation 3, onde para além do luta contra os deuses e titãs, Kratos leva aos seus ombros parte da responsabilidade da marca da Sony. É certamente um trabalho hercúleo, e é deveras evidente a esperança e confiança que a Sony deposita neste terceiro título, vindo directamente dos estúdios de Santa Monica.

Este é o derradeiro jogo na trilogia sobre Kratos, onde o momento de vingança está cada vez mais próximo. Toda a raiva, ansiedade e força de Kratos é alimentada por este sentimento, onde como um animal com fome segue a sua presa, focado em só um objectivo, a sua morte. Kratos segue assim a sua busca de vingança para com Zeus seu pai, e o matar. Mas também nesta busca pela destruição dos deuses, estão os titãs, que são em determinadas alturas uma ajuda para Kratos, conforme vimos nesta demo, onde conseguimos matar o deus do sol Helios, com a ajuda do titã de fogo. Esta aliança entre Kratos e os titãs poderá ser extremamente volátil, unindo-os apenas no mesmo objectivo, a morte dos deuses, mas que poderá se alterar no decorrer do jogo.

O jogo apresenta já um detalhe dos cenários e inimigos incrível.

Conforme afirma Adam Puhl, responsável máximo pelo design dos combates de God of War II e agora de God of War III, uma das preocupações desde o início de produção é que God of War III "seja um God of War na sua essência" e "que ao jogarmos sintamos a mesma sensação que nos seus anteriores". Sim, sentimos isso desde o início, mas podemos interpretar e receber isso de outra forma, então o que mudou em God of War? Podemos dizer que na sua essência ainda bem que pouca coisa. Esta é uma questão pertinente e julgo ser essencial na sua primeira experiência. A série God of War sempre foi pautada de uma estrutura épica, gigantesca e deveras maior que qualquer homem. Sempre foi dotada de uma banda sonora de luxo, uma jogabilidade fantástica, muito dinâmica e fluída. Cada novo God of War conseguiu suplantar de certa forma o seu antecessor, e julgamos que este está no mesmo caminho.

É indiscutivelmente o God of War mais belo e gigantesco que vimos. Kratos está mais poderoso, mais ágil, mais sangrento e muito mais violento. Sobre a sua violência, este é o jogo mais violento na série, onde não se inibe de mostrar órgãos internos dos monstros, de desmembrar ferozmente corpos, e efectuar enormes combos com finais que poderão chocar os mais sensíveis. Sabemos que de sensibilidade Kratos pouco tem, e embora os criadores queiram colocar algo de humano no seu interior, parece que o jogo tem voz própria e Kratos seja apenas um joguete na mãos do poder da vingança.

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Jorge Soares

EG.pt Master of Puppets

Sempre ocupado e cheio de trabalho, é ele quem comanda e gere a Eurogamer Portugal. Queixa-se que raramente arranja tempo para jogar, mas quando está mesmo interessado num jogo, lá consegue arranjar uns minutos. Tem mau perder e arranja sempre alguma desculpa para a sua derrota, mas no fundo, é o que todos fazemos.

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