Gears of War 2
Wilco, Delta out!
As armas oferecem alguma variedade de estratégias e soluções. Além das habituais (na franquia e no género de jogo) metralhadoras e espingardas de curto e longo alcance (shotgun e sniper), podem contar com vários tipos de pistolas e granadas. Menos habitual é a presença do lança-chamas - dotado de um alcance bastante respeitável - é um verdadeiro regalo para os olhos em acção. Não só pela sua eficiência (reduzida nas dificuldades mais elevadas) mas pelo aspecto carbonizado ou em chamas que os inimigos adquirem antes de morrer. Difícil é também ignorar as lancers, que substituem a baioneta com uma serra automática.
A complementar a campanha para um jogador, estão vários modos online e o recém-introduzido “Horde”. Online, modos como Warzone (Deathmatch) e Execution (Deathmatch em que cada jogador tem apenas uma “vida”) voltam, assim como Guardian, Annex e King of the Hill.
Submission continua a ser um conceito bastante interessante, funcionando sob as regras de um normal capture the flag em que a bandeira é substituida por um agressivo guerrilheiro de mau humor, que deve ser imobilizado e arrastado para o local adequado. Wingman trata-se de um Execution dois contra dois, que promete muita diversão com o parceiro de equipa adequado. Modos que são potenciados por mapas bem arquitectados e assumidamente complexos. Nestes modos podem aproveitar o tempo de espera durante a morte para tirar fotografias da partida que se desenrola.
Já Horde é um modo de sobrevivência, sempre na busca da maior pontuação possível. Vaga atrás de vaga de inimigos, num crescendo de agressividade e poder de fogo. Um modo que diverte seja por alguns momentos ou horas, com leaderboards específicos para cada mapa que asseguram lutas acesas pelas melhores pontuações.
Os gráficos são muito detalhados, principalmente ao nível dos modelos de inimigos e personagens. A quantidade de elementos em movimento (sem qualquer atraso na acção ou falhas consideráveis de processamento) é considerável, especialmente na parte final do jogo.
A obscura (e opressiva) palete de cores utilizada em todos os cenários acaba por contribuir para o ambiente do jogo, mas é ao mesmo tempo uma limitação auto-imposta, alguns cenários exteriores teriam a ganhar com maior riqueza de cores.
As vozes, dos personagens e não só, estão muito bem conseguidas, mas é o ambiente sonoro que se revela realmente louvável, desde os barulhentos efeitos sonoros das armas e dos inimigos à ocasional música que acompanha um momento de maior tensão.
Diferentes dificuldades, em conjunto com a possibilidade de repetir qualquer parte do jogo na dificuldade à escolha (a dificuldade mais alta tem de ser desbloqueada) permitem que se retire deste Gears of War o entretenimento pretendido, trate-se de um alegre correr pelos campos a matar indiscriminadamente sem grandes cuidados na dificuldade mais baixa, a uma luta pela vantagem estratégica entre os esconderijos nas dificuldades mais elevadas. Modos variados – seja online, para dois jogadores ou sozinho – e uma experiência de jogo frenética justificam o interesse neste título.