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Fat Princess

BOLINHOOOO!

Um tanto ou nada estranho este conceito de percorrer cenários verdejantes com princesas gordas ao colo, enquanto guerreiros e soldados se esfolam numa batalha campal que tem como primordial, mas não menos nobre, objectivo servir à realeza uma dose do fruto aparatosamente cobiçado, que é nada mais do que uma fatia de bolo com cobertura dupla de Chantilly e uma cereja no topo. Como é que ninguém pensou nisto antes? A sério, tenho visto chegar às consolas da Nintendo alguns jogos de culinária, e já em pequeno terei virado panquecas com o Yoshi, mas daí a ceifar vidas por meras fatias de bolo.

Na verdade, para quem nunca jogou Fat Princess, o conceito aqui invocado parecerá tão simples e singelo que sequer pensar no possível sucesso desta obra poderá ser um atentado à inteligência humana. Pois não o é. Agradável surpresa a minha quando, num primeiro contacto, me deparei com um jogo adulto, de complexidade sustentada e, acima de tudo, bem feito. Há jogos que tentam, e outros que conseguem. A mecânica por detrás de Fat Princess está irrepreensivelmente bem-feita, e ponto. Nesta versão, a qual tivemos agora oportunidade de dar uma pequena espreitadela, é possível colocar as mãos em dois modos de jogo distintos, ambos adaptados à componente multijogador.

Um destes modos é o Duelo de Equipas que coloca os jogadores frente a frente, apenas lutando com o objectivo de “matar mais”. Entre ambos o mais famoso será certamente o Salva a Princesa, modo que dá cara a todo o idealismo em volta do jogo, modo que me surpreendeu particularmente. Esperava algo mais abananado, pouco complexo e sem grande profundidade, mas não foi nada disso que vi. Passo a explicar. Existem dois castelos. Cada castelo pertence a uma de duas equipas distintas. Cada equipa tem, no seu castelo, aprisionada a princesa da equipa adversária. Ganha a equipa que conseguir capturar a sua princesa, colocando-a no trono, mantendo simultaneamente a princesa adversária aprisionada.

As várias classes defrontam-se para guarnecer a princesa. Há sangue.

Todo o jogo rodará em volta disto, mas que não se pense que só por aqui é o conceito complexo. Existem uma série de classes ao dispor do jogador – médico, mágico, soldado, operário e Robin Hood (o gajo que usa um arco e uma flecha). Dentro do castelo estão dispostas várias maquinetas que fabricam chapéus referentes às diversas classes, sendo que ao trocarem de chapéu, trocam, naturalmente, de classe.

Ao jogarem poderão assim escolher qual a melhor forma de pontuar, se curando aliados, batalhando as esquadras adversárias, ou utilizando o operário. Com o operário poderão construir alçapões ou escadotes para tornar a manobra evasiva ao castelo adversário mais eficiente. Adicionalmente poderão ainda melhorar as maquinetas das classes, para que estas produzam armaduras melhoradas. Isto resultará no aumento da vossa resistência e na variedade de ataques de que irão dispor. No entanto, utilizar o operário tem os seus custos. Dentro do castelo tudo se resume a recursos, e estes recursos vão desde o ferro à madeira. Para obter recursos terão que sair à rua com o operário e capturar madeira, abatendo árvores ou ferro, martelando pedras.

Nisto, já me ia esquecendo porque raio se chama o jogo Fat Princess. Tendo vocês a princesa adversária em vosso poder, não quererão com certeza que a equipa inimiga a leve. Para isso deverão – porque não é obrigatório – engordar a princesa, dando-lhe bolos. Uma vez que esta esteja gorda será necessário quase um punhado de soldados para arredá-la da prisão, e isso trará certamente vantagens para aquele que é o objectivo da missão.

A qualquer altura podem ver o mapa e a situação geral dos acontecimentos apenas pressionando o Select.

Tudo se torna mais claro quando é mencionada a expressão “32 jogadores Online”, cada qual com o seu objectivo singelo e, ao mesmo tempo, dando um contributo de maior para a equipa. E aqui é quase contrastante, pois um jogo com um aspecto tão “fofinho” que retrata, no fundo, o mundo dos Reis e das Rainhas, e com um objectivo latente tão simples como engordar princesas, consegue tornar o trabalho em equipa algo que vale a pena e se torna realmente divertido. Chat por voz está disponível durante o jogo.

Todas as estatísticas, desde utilização de cada classe, pontos ganhos, calorias oferecidas e uma infinidade de outras coisas são apontadas numa secção própria, e contém ainda com algumas LeaderBoards. Ganhar pontos significa também desbloquear uma série de mariquices para a vossa personagem, que vão desde olhos, cabelo, etc., etc. Sim, o jogo está localizado em português. Nesta demonstração está apenas desbloqueado um mapa, mas poderão certamente esperar por mais na versão final. Da mesma forma poderão ainda contar com mais de 90 personalizações.

Parece ser uma excelente aposta este modo Online, conseguindo criar um incrível mundo aberto, completamente ao dispor do jogador. A maior reticência que aqui coloco prende-se pelo modo história, do qual pouco ou nada se sabe. Toda a ideia é divertida e bem aplicada, resta apenas saber o quão levada à exaustão será na sua versão final. Graficamente apresenta também um alto nível de qualidade, com um colorido muito atraente e um conjunto de animações bastante criativas. Há sangue, ataques de magia negra, sangue, tripas, sangue, flores, sangue, bombas e sangue. Que mais pode um homem querer?

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Sobre o Autor
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Ricardo Madeira

Contributor

É redator e dá voz à Eurogamer Portugal. É um dos mais antigos membros da equipa, e ao mesmo tempo um dos mais novos. Confusos? É simples.
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