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Dissidia: Final Fantasy

Cosmos, Caos e fantasia em luta.

Final Fantasy é uma das mais populares e bem sucedidas séries que esta indústria alguma vez conheceu e assim parece querer continuar. Na sua caminhada próspera em direcção ao sucesso muito mudou e nos últimos dez ou quinze anos foram postas de lado regras que se foram tornando como bases perante os fãs para se alargar e novos horizontes. Actualmente debaixo da alçada da coqueluche Tetsuya Nomura, Final Fantasy catapultou-se para a fama mundial após o sétimo capítulo, após o qual começou por emprestar personagens a outros jogos da companhia, ganhou jogos que viriam a originar novas séries para além da numerada, teve direito a sequelas directas, passou para a televisão numa série animada, e chegou mesmo a ter uma sequela em forma de filme CG.

Essa sequela em filme CG é um dos elementos mais importantes na história de Final Fantasy, mais concretamente para a visão sobre Dissidia. Acarinhado e tido como o melhor da série e até mesmo o melhor de sempre no género, Final Fantasy VII é um marco incontornável na história dos videojogos e abriu as portas para todo um género que gozou de enorme sucesso após o seu lançamento. Recheado de fantásticas personagens e histórias, o jogo viu a sua história prolongar-se com o referido filme Advent Children e ainda três jogos, Dirge of Cerberus, Before Crisis e Crisis Core.

Dos elementos que mais cativaram a atenção dos fãs e encantaram os seguidores foram as brilhantes sequências de acção e combate. Frenéticas e dinâmicas, mostravam as personagens conhecidas de uma forma livre e fluída, soltas das amarras das animações pré-definidas e das restrições videojogáveis inseridas no género. Não será de admirar que na sua campanha para levar o franchise a novos públicos e géneros, a Square Enix tenha decidido criar um jogo de luta com os personagens Final Fantasy e com um carregado tom cinematográfico.

Essa parece ser a sensação imediata assim que pegámos em Dissidia, Advent Children nos seus melhores momentos de acção em forma de videojogo. Também não é de admirar que a Square Enix considere este um beat’ em up cinematográfico e as suas intenções são claras, especialmente na forma como a Square Enix demonstra ter conhecimento das fraquezas e capacidades da consola que lhe dá abrigo.

Figuras conhecidas numa história atractiva são elementos motivadores.

Em Dissidia, à boa maneira Final Fantasy, o mal está incessantemente na procura de uma forma de destruir o mal e quando Cosmos invoca os seus soldados da luz e Caos invoca os seus soldados das trevas, confrontos são inevitáveis. Invocando personagens desde o primeiro Final Fantasy até ao décimo segundo capítulo, as suas histórias pessoais de rivalidade são misturadas com os novos acontecimentos e novas amizades, ou rivalidades, são estabelecidas. É um acontecimento de proporções gigantescas que aqui vai decorrer e nós somos os peões que vão delinear uma história altamente interessante. Este é um dos principais destaques, a história do jogo que ao longo de vários diálogos e sequências nos enche de conhecimento aos poucos e poucos.

Dissidia tem vários modos de jogos a oferecer, como a possibilidade de enfrentar amigos via Ad-hoc, jogar uma espécie de modo arcade no qual apenas temos que enfrentar adversários com vários parâmetros para personalizar e o seu principal modo, o modo história. Aqui, vamos percorrer vários capítulos como se fossemos uma peça de xadrez num tabuleiro e sempre que necessário vamos combater. Alguns bosses servem como ponte para o próximo capítulo e mostram um pouco da história pessoal de cada personagem que serve para mostrar mais um pedaço de todo um enorme quadro.

Obviamente que o elemento maior são as lutas e aqui o único problema que podem eventualmente encontrar será a longo prazo. Os combates dão-nos uma câmara livre para controlar que no entanto se mostra competente quando trabalha por conta própria. Com um esquema de controlos inteligente que resulta intuitivo e motivador do tom dinâmico e fluído faz com que seja divertido jogar Dissidia mas após algumas horas podemos começar a pensar que tudo é sempre feito da mesma forma. Entram aqui as diversas personagens, algumas a desbloquear e outras secretas, que com as suas diferentes formas no estilo de combate e nos especiais, nos levam a alternar para manter alguma frescura, e acima de tudo desafio.

Para derrotar o adversário temos primeiramente que usar os ataques de bravura para aumentar o nosso valor de bravura e causar o efeito oposto no adversário. Uma vez reunido o valor necessário de bravura, ou um valor desejado, podemos efectuar um ataque de vitalidade que este sim vai causar danos na vitalidade do adversário e levar-nos para a vitória. A estratégia e o timing tornam-se necessários, assim como as movimentações de fuga e contorno, para que a gestão entre os ataques à bravura e consequentemente o reunir do poder para tirar a vitalidade necessária seja reunida de forma a gerar contentamento.

Os combates são dinámicos e muito rápidos.

Se existem elementos nos quais Dissidia promete manter-se a par dos bons exemplos da série na sua origem são a sua banda sonora e a sua longevidade. A maioria dos personagens aqui presentes ganham voz pela primeira vez e se alguns exemplos são estranhos, outros vão bem de encontro ao perfil do personagem e perante uma banda sonora que bebe das suas origens, como não podia deixar de ser, a marca de qualidade estava garantida de ante-mão. Temas emblemáticos dos jogos que emprestam aqui os seus personagens são recuperados e trabalhados para encaixar no espírito do jogo. Outro dos pontos em que Dissidia promete agradar é no seu visual. Competente, face á consola, nas batalhas e altamente agradável nas sequências, Dissidia mantém um visual de qualidade e todas as intensas batalhas decorrem de forma altamente fluída e rápida.

Sobre a longevidade Dissidia promete não defraudar as expectativas de quem pretende manter-se entretido por muito tempo. Durante as quase trinta horas passadas em torno do jogo, apenas cerca de 30% dos itens e segredos foram desbloqueados e para os completistas e desejosos de obter tudo, como personagens e extras, o jogo pode manter-vos ocupados por muito mais do que 100 horas. Um número absolutamente impressionante e que se faz munir de um esquema bem pensado para se fazer valer. O modo história precisa de ser terminado várias vezes com cada personagem para obter todos os itens, os que adoram subir de nível vão ter um esquema apelativo e cativante, e os extras obtidos apenas reforçam a vontade de continuar.

Nesta versão Dissidia já se apresenta como um produto altamente promissor e a sua qualidade fica mais do que comprovada. Para lá do jogo de luta com personagens de uma série conhecida, ficamos perante um jogo divertido que facilmente consegue prender o jogador e o decorrer das horas é algo que passa despercebido assim que a engrenagem nos absorver.

Dissidia: Final Fantasy tem lançamento Europeu marcado para 4 de Setembro como exclusivo PSP.

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