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Sony HMZ-T1 Personal 3D Viewer - Análise

Jogos 3D através de um visor.

O fator 3D

Em termos da ilusão 3D, a profundidade pode parecer espantosa mas várias condições parecem ter um impacto na sua eficácia geral. Por exemplo, tens a maior profundidade quando bloqueais toda a luz para não ser vista de fora do ecrã. Nas condições da apresentação à imprensa, tivemos que usar as nossas mangas para tal, mas o esforço valeu a pena para melhorar o efeito 3D.

Segundo, tens de aumentar a definição 3D na fonte para ganhar o mesmo efeito de destaque no headset como vês nas HDTVs ou no Cinema. Na sua definição base, podes dizer que o efeito 3D está lá - e tecnicamente é muito forte - mas não existe nenhum ponto de referência, à frente, ou perto do ecrã (pessoas, paredes, etc) parece que algum do impacto é perdido.

Talvez o 3D não funcione tão bem num vazio preto, pois tens menos com o qual os teus sentidos se relacionarem. As imagens com um paralelismo negativo muito forte destacam-se do ecrã com facilidade: vemos uma demonstração muito porreira de história natural, demonstrando ambos profundidade subtil e fortes efeitos pop-out. A gestão do movimento em 3D também é excelente, com alguns tremores, e a imagem que vimos era clara e apurada até aos limites da nossa visão, mas sempre um pouco desfocada à direita.

A boa notícia é que houve pouco, muito pouco crosstalk do qual falar, a não ser que estejas propositadamente à procura dele, provavelmente não o vais ver sequer. Estava lá, mas mais visível no conteúdo medianamente mais escuro. Apenas notamos durante os jogos, pode ser que o headset não foi posicionado de forma absolutamente perfeita. Com as demos de filmes 3D, seguramos o visor manualmente e não tivemos tais problemas. Os olhos do espetador são responsáveis por misturar as imagens, portanto é possível que o ecrã não estivesse precisamente alinhado.

Uma vista do HMZ-T1 de trás, onde podem ver os dois ecrãs OLED de 7 polegadas, onde o tamanho da almofada para a testa é muito evidente e tens algum sentido de como a distribuição do peso pode causar problemas de fatiga.

Ajuste de definições e suporte Surround 5.1

Várias imagens podem ser vistas com o Personal Viewer e tudo parece funcionar exatamente como esperado. Cinema Mode e Warm 2 produziram uma imagem muito aproximada dos padrões da indústria: ninguém se vai queixar se as cores estiverem 'ligeiramente' deslavadas num ecrã como este, a sério. O headset arranca em modo Standard e com o modo de cor Warm 1 - ligeiramente mais claro, mas não existe nenhum sobrepor de cor azul, é bom para jogos que parecem um pouco estranhos a 6505k.

O ecrã tem suporte para HDMI 1.3 'deep colour' que abrange o existente conjunto de cores disponível na maioria das HDTVs, e que também é suportado pela PS3. No entanto, os seus efeitos nem sempre são bem-vindos, basicamente tornam saturados os conteúdos não desenhados para este modo, e cores vibrantes. No entanto, para conteúdo filmado ou desenhado com isto em mente, aumenta o leque de cores disponível no ecrã. Infelizmente, como não existem atualmente padrões na indústria para o uso de 'deep colour' na produção de multimédia é bem inútil na nossa opinião, e é melhor esquecer a opção que está ali no XMB da PS3.

Um elemento das definições que realmente nos agradou foi que a nitidez artificial e a redução de barulho nos fotogramas pode ser completamente desativada, criando uma imagem mais natural. Como a imagem aparece tão perto dos teus olhos e preenche o teu campo de visão isto é absolutamente crucial para manter aquela imagem apurada, mas naturalmente suave.

Em termos de suporte para som 5.1 surround, vários modos estão disponíveis: Cinema, Game, Music e Standard. A separação é boa, mas sons vindos das 'traseiras' (isto é, as 'falsas' colunas) não estão tão claramente separados quanto esperas de um verdadeiro sistema 5.1. Dito isto, cumpre um bom trabalho.

O diálogo parecia mais apurado em modo Cinema mas isto não afetou a força do bass em termos da criação de um soundstage equilibrado. Tanto o bass como o treble são ajustáveis no menu de opções. Os headphones são completamente ajustáveis no visor, e podem facilmente ser posicionados sobre as orelhas para melhor efeito com o som surround. Infelizmente, é incerto que formatos áudio são exatamente suportados e as condições não foram apropriadas para comparar performance de LPCM, DTS e Dolby Digital, quanto mais tentar as opções de áudio 7.1 HD que a PS3 oferece ao ver Blu-ray.

Jogos a 3D em HDMI 1.4 correm a 60Hz na PS3 num formato de 1280x1470, com 720p para cada olho - como visto aqui. Títulos 3D a 720p nativos como Super Stardust HD e WipEout funcionam lindamente nos dois ecrãs OLED onde a resolução 1:1 é igual, mas surpreendentemente, experiências sub-HD 3D mais suaves e melhor processadas como Uncharted 3 funcionam mesmo bem na unidade.

Performance nos jogos e conclusões

OA gameplay sentiu-se com uma boa resposta, e não notamos qualquer display lag ao jogar. O ecrã 720p significa que existe menor processamento a decorrer (sem upscalling para começar), e os baixos tempos de resposta do ecrã OLED sem dúvida ajuda a manter a latência em baixo. Tem que ser mesmo dito que a sensação de escala ao jogar jogos como God of War 3 e Uncharted 3 é imensa, e o tamanho do ecrã realmente faz uma grande diferença em ajudar na imersão do jogador na ação. Na verdade ficámos igualmente impressionados com a qualidade quer a duas ou a três dimensões: a experiência em ecrã grande combinada com a imagem OLED pode ser bem fenomenal.

Jogos 3D com framebuffers de baixa resolução também têm um aspeto surpreendentemente bom. Na verdade por o ecrã ser nativo a 720p ajuda muito pois não existe blur adicional nem artefatos de uspcale para além do que o jogo gera no framebuffer, portanto jogos sub-HD mais suaves em 3D têm menos arestas bruscas, tal como Uncharted 3 continuam a produzir uma excelente imagem no geral.

Até agora então, o HMZ-T1 parece ser uma bela peça - mas com um preço na casa das 850€, é uma compra viável? Realisticamente, como um aparelho do dia a dia para ver filmes e jogar jogos, as suas limitações na 'vida real' sugerem que não, mas como uma peça fixe de tecnologia que oferece uma nova e impressionante experiência, então sim - se tens o dinheiro para investir, claro.

No entanto, temos que salientar fortemente que deves experimentar prolongadamente o Personal Viewer antes de comprares. Se o headset não encaixar corretamente, mesmo uma imagem ligeiramente desfocada, não uniforme, vai providenciar uma experiência de visão bem desconfortável. Também ficaríamos preocupados sobre quanto tempo a tua cabeça vai aguentar o peso antes da fatiga surgir.

O que o HMZ-T1 realmente prova é que a tecnologia OLED é inequivocamente o futuro das HDTVs. A tecnologia certamente parece a primeira verdadeira substituta para o CRT, e ao lado de um excelente scaler vai dar num ecrã espantoso. Mas atualmente o 3D Personal Viewer da Sony é uma prova de conceito bem realizada, um vislumbrar da tecnologia de ecrãs do futuro, e prova que este visor de aspeto ridículo pode funcionar mesmo muito bem.

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Sobre o Autor

David Bierton

Contributor

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