Skip to main content
Se clicares num link e fizeres uma compra, poderemos receber uma pequena comissão. Lê a nossa política editorial.

Análise Especificações: Tablets Sony S1 e S2

O que está debaixo das caixas.

O anúncio de dois tablets com a marca PlayStation demonstra que a Sony tem genuínas aspirações em ter algum impacto no mercado dominado pelo iPad da Apple. A questão é, será que este novo equipamento tem o suficiente debaixo do corpo para desafiar seriamente o atual líder incontestável do sector?

As primeiras impressões dos aparelhos são positivas. Sejam televisões, consolas de jogos, ou computadores, a Sony tem a reputação de trazer um certo estilo de ponta para os seus aparelhos, e a constituição física tanto do tablet S1 de 9.4 polegadas e do dual 5.5-inch S2 sugerem um alto nível de gadget chic e qualidade geral de construção.

A Sony também está a tentar inovar na mobilidade dos tablets com a forma do S2 – um aparelho que podes dobrar e meter no bolso. O maior S1 parece ser desenhado para uso principalmente em casa, enquanto o S2 a máquina a ter contigo nas tuas viagens. Ambos parecem usar a mesma arquitetura principal e apresentam câmaras na frente e traseira.

A funcionalidade básica vem por via do sistema operativo Honeycomb Android da Google, aumentado com ofertas adicionais, tais como ser capaz de usar os tablets como controlos remotos para TVs Bravia. Também podes fazer stream de media para TVs e colunas sem fios. A escolha da Sony de tecnologia de núcleo assegura que ambos os tablets devem ser capazes de descodificar conteúdo 1080p h264 com pouco esforço.

Outros serviços são providenciados por cortesia dos media outlets da própria Sony: Qriocity trata da música e vídeo, enquanto que a PlayStation Suite oferece um leque de jogos PSone para transferir (vamos presumir que os títulos Android transportados para o Xperia Play também vão funcionar nos tablets). Existe também funcionalidade eBook através da Reader Store - o serviço eReader criado pela Sony.

Estes serviços dão à Sony uma vantagem face a muitos dos competidores no mercado Android. De uma perspetiva de consumidor, a questão real é se estes serviços podem entregar qualidade e quantidade digna de líder de mercado contra o gigante iTunes e a sua irresistível App Store.

O vídeo de imprensa da Sony para os novos tablets S1 e S2 mostram emulação PSone entre outros tipos de media e presentes do interface de utilizador.

Questões colocam-se sobre a constituição técnica dos aparelhos em si. Os tablets Sony parecem operar com uma especificação similar ao Motorola Xoom, que usa o NVIDIA Tegra 2 SoC (system on chip). Presumindo que é realmente a mesma tecnologia e a ainda não lançada NVIDIA "Kal-El" chipset, estamos a olhar para um dual core ARM Cortex-A9 CPU que iguala o iPad 2, acompanhado com um componente GPU que ultrapassa significativamente o iPad original, mas que não se compara ao nível do mais recente tablet da Apple.

O processador A5 do iPad 2 utiliza um PowerVR SGX543 MP2, um processador gráfico que compreensivelmente bate o Tegra 2 nestes testes Anandtech. O SoC do iPad 2 representa um enorme salto no poder gráfico, desenhado para expandir o alcance da Apple no sector dos jogos. Poucos anteciparam tal salto na performance, e é difícil evitar a conclusão que a Sony optou por uma arquitetura que antecipou como sendo competitiva com o iPad 2 em oposto ao monstro tecnológico que a Apple realmente libertou – algo para o qual vamos olhar com mais detalhe mais tarde na Digital Foundry.

Apesar da marca PlayStation, os tablets não têm um ponto de venda chave único. O Xperia Play tem um interface de controlo físico desenhado para os jogos, mas imagens do S1 e do S2 mostram uma interface relacionada com o tocar no ecrã a recriar os controlos físicos da PlayStation; exatamente o tipo de meio-termo usado pelos estúdios à procura de trazer sistemas de controlo convencionais para aparelhos com ecrãs tácteis.

É aqui que temos reais preocupações quanto à viabilidade dos aparelhos enquanto produtos PlayStation. Os melhores jogos divorciaram-se completamente de mecanismos input como estes, enquanto outros implementaram um sistema no qual os controlos se deslocam dinamicamente de acordo onde o jogador coloca os dedos. O que vimos até agora do controlo mapping dos PlayStation S1 e S2 sugere uma configuração fechada.

De momento existe pouco mais que possamos comentar. O rugir dos tablets pode ficar abaixo do iPad 2, mas é muito cedo para dar um julgamento final. Com um sistema operativo Honeycomb, boas melhorias Sony e o potencial da compatibilidade com o Adobe Flash, o S1 e S2 podem ganhar uma tangível vantagem em termos de funcionalidade browsing. Existem interessantes oportunidades para multi-tarefas no S2, com o aparelho potencialmente a correr aplicações feitas à medida para cada um dos ecrãs 1024x840. Mas vai o mercado abraçar isto sobre o convencional browsing web no imediato dos smartphones?

Do ponto de vista dos videojogos, se estamos a lidar com o mesmo processador core encontrado no Motorola Xoom então existe um claro défice no poder comparado ao iPad 2. Mas se alguns jogos iPad 2 vão capitalizar sobre todo aquele poder em bruto tão cedo, ainda permanece por ser visto. Relembrem que a grande quota-parte de jogos ainda precisam de correr no velho equipamento iOS pré-iPad 2, que o S1 e o S2 devem ser capazes de ultrapassar sem esforço. Dito isto, vai ser preciso um momento titânico para bater a App Store como o destino número um nos jogos móveis.

O foco anteriormente avançado pela Sony tem sido catapultar-se diretamente para a posição dois no mercado dos tablets, diretamente atrás da Apple. Não é a única companhia com tais objetivos, no entanto – vai haver uma colossal quantidade de competição de outros aparelhos Android.

Como primeiros tablets, o S1 e o S2 são ambos bem promissores. Agora tudo o que precisamos saber é quanto vão estes tablets custar e quando neste Outono podemos esperar por eles.

Read this next