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Conferências Microsoft, Nintendo e Sony

Em avaliação as três grandes na E3 09

Microsoft

Para a presente edição da E3 coube novamente à Microsoft antecipar a sua conferência perante as demais concorrentes e lançar o plano projecto para a próxima grande temporada que se avizinha. Numa fase em que parece ainda distante o salto tecnológico, as conferências passadas da marca de Redmond sempre tiveram o condor de mostrar à audiência algo novo para a presente geração capaz de agitar o sentido de comunidade e fazer crer que a Xbox original foi uma falsa partida.

Claro, há sempre as “big guns” a juntar à festa. A Microsoft empenhada na 360 é toda uma máquina em movimento e mais uma vez, diante de um naipe de expectativas elevadas, alcançaram uma nova fasquia na presente edição sem faltar o grande momento surpresa patrocinado pelo Project Natal, com o apoio de Steven Spielberg e sobretudo o entusiasmo de Peter Molineux que mostrou uma demonstração mais avançada e bastante surpreendente sobre as enormes potencialidades que dali podem resultar. É caso para dizer: haja produtores candidatos e com capacidade para explorar as virtudes do sistema.

No dia da conferência da Microsoft foi posto a circular o aviso que a mesma seria antecipada em 5 minutos por forma a dar a conhecer uma surpresa. Nestas alturas há sempre quem almeje alto, mas o resultado foi a entrada em cena de dois ex-Beatles (McCartney e Ringo Star). The Beatles: Rock Band está com a Microsoft e é uma mais-valia para os amantes da série. All you Need is Love, entre outros temas míticos, poderão ser desfrutados pelos fãs na realidade virtual. Com a subida ao palco dos dois veteranos músicos começou também o desfile de algumas personalidades que juntaram iniciativa à máquina em andamento.

Por fim a Remedy mostrou Alan Wake ao público. Ainda a espicaçar pela forma como o protagonista ataca os adversários.

Cliff B da Epic subiu ao palco. O anúncio de Gears 3 gritava naquela altura, mas algo diferente foi explicado. Castlevania e Metroid, dois conceitos juntos para a edificação de cenários tridimensionais, onde pesa a acção, em Shadow Complex, o exclusivo para o XBLA. A bateria de jogos para a próxima temporada estava ligada, seguindo-se vídeos de Crackdown 2, mais fácil de adivinhar pelo estilo inconfundível, enquanto que as dúvidas se instalaram sobre que jogo teria num protagonista balofo e de moto-serra em riste no meio de tantos zombies. Left 4 Dead 2 teve uma presença curta mas gostosa.

A batida era boa e o director da Turn 10 chegou ao palco a partir de um belo Audi R8 no meio de fumos para dar a conhecer as novas virtudes de Forza 3. Visão interior apurada, física melhorada, deformação nos pneus, danos, troca de conteúdos e criação de vídeos, a aposta pelas corridas para Outubro próximo vai chegar com velocidade. Ainda nos jogos a Microsoft contou com Kitase e Hideo Kojima, dois ilustres do oriente, para duas séries outrora exclusivos Sony: Final Fantasy e Metal Gear Solid. O primeiro, na XIII versão, pouco mais serviu para ver Lightning fazer summoning a Odin, enquanto que Kojima foi mais fundo ao anunciar o desenvolvimento de Metal Gear Solid Rising para a 360, embora não exclusivo.

Numa conferência que se antevia longa, nesta fase a palavra chave era jogos. Antes de abordar o universo Halo, Splinter Cell Conviction mostrou-se convincente, naquele que pode ser um regresso solicitado. Halo 3 ODST começa por recuperar as origens, com muita acção típica e como a Bungie gosta de fazer. Halo Reach ainda tem muito caminho a percorrer, nem se sabendo ao certo o que sairá dali, mas deixou água na boca.

Um dos “highlights” da conferencia foi mesmo o destapar de Alan Wake, o exclusivo que a Remedy tem vindo a guardar a sete chaves. A demonstração, apreciável e abarcando o interesse dos presentes, prepara-se para dar um novo rumo aos jogos de terror e “survival”. O fumo e a luz algo avermelhada do very light nas mãos do protagonista era fogo. Nem a previsão de lançamento para 2010 fez cair o entusiasmo.

Molineux deixou claro que o jogador é o controlador em Project Natal. O potencial é imenso e Molineux acredita que este projecto é um marco na indústria dos videojogos.

Nesta altura já a Microsoft tinha a conferência na mão. Grandes jogos a caminho (Alan Wake e Forza 3) e boas parcerias. Passaram então para outros anúncios com matérias da comunidade (facebook – a ligação com os avatares e Twitter são as aquisições). Last fm e serviço de TV com filmes e transmissões dos canais, fazendo uso dos avatares são um prolongamento do serviço Xbox Live, mas para nós portugueses, ainda não é desta que faremos parte dos países que receberão as novidades. É sempre de lamentar.

Se a conferência seguia por um ritmo morno, naquela que se poderia apelidar de 2ª fase, aguardava-se por uma final surpresa à medida que avançava para o final. Com a subida ao palco de Steven Spielberg deu-se a conhecer o Project Natal que implica a transformação da consola 360 para uma nova forma de entretenimento. Molineux estava por dentro do assunto e começou por referir que o comando acaba por funcionar como uma limitação. Pondo-o de lado e sem mais nas mãos o ecrã vai recolhendo a partir de uma micro câmara todos os movimentos gerados pelo jogador e por quem estiver ao redor. A demonstração avançada por Molineux, mostrou Milo, um pequeno rapaz que leva o jogador a praticar uma série de actos. Reconhece a voz, os gestos e abre um imenso potencial. A surpresa estava definida e novamente a Microsoft alcançou um patamar distinto da concorrência. Embora no auge das ideias, os tempos próximos ajudarão a definir se Molineux tem mesmo razão, ou se, pelo menos, conseguirá pôr em marcha os projectos que tem em mente. Adivinha-se mais uma boa temporada para a Xbox 360. A apresentação foi um sucesso.