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Command & Conquer 4: Tiberian Twilight

Será mesmo possível?

Aqui estou eu mais uma vez perante um dos “dinossauros” dos videojogos, já lá vão 15 anos desde que peguei pela primeira vez em Command & Conquer. Não é fácil manter a chama viva, manter a qualidade no meio de imensos títulos do género. Acima de tudo, é difícil inovar e melhorar sem que para isso haja trabalho árduo, dedicação e muito amor. É um pouco triste verificar a dissipação de uma referência ao longo dos anos, principalmente porque esta é uma franquia que tanto me diz em particular, já que marcou muito a minha longa vida de jogador.

Muitos de vocês já devem estar a meditar se vale a pena continuar a ler esta análise, e que de certa forma já sabem o que vos espera em Command & Conquer 4: Tiberian Twilight, pelo facto da beta ter sido massivamente distribuída. Alguns jogadores até manifestaram a sua desilusão aqui na Eurogamer Portugal, mas há que dar sempre o benefício da dúvida, principalmente quando o jogo em questão é Command & Conquer.

Mas vamos lá saber do que se trata esta nova incursão, qual o motivo da mesma, no que toca à história e acontecimentos. Estamos em 2062, a Global Defense Initiative e Brotherhood of Nod formam uma aliança para salvar a Terra do alastramento do Tiberium, que tornará a Terra inabitável num futuro próximo. É escusado dizer que esta “aliança” não irá durar para sempre, e vamos mesmo ter que escolher uma das facções numa determinada altura da campanha.

Batalha entre titãs.

A parte inicial do jogo é como seria de esperar, uma espécie de tutorial a explicar as funcionalidades e opções do jogo. Em todas as missões somos obrigados a escolher uma de três tipos de Nave de Suporte, diferindo entre si no propósito para o qual foram criadas. Há que examinar bem o que a missão nos pede, se vamos escoltar uma caravana de veículos, há que escolher uma nave de suporte capaz de colocar no terreno unidades para o efeito. Se vamos atacar bases ou conquistar terreno, temos a opção de uma Nave de Suporte ofensiva e as unidades inerentes a essa mesma estratégia. A terceira Nave de Suporte está relacionada com tácticas mais defensivas, em que as características das unidades colocadas à disposição do jogador foram talhadas para esse efeito.

Já devem ter reparado que estamos perante um Command & Conquer diferente, não temos que recolher recursos nem construir infra-estruturas. A concepção desta mecânica de jogo não é forçosamente má, mas a sua aplicação no jogo não é muito convincente, sendo até incomodativa, pelo facto de andarmos sistematicamente a recrutar unidades que são arquitectadas miraculosamente pela nossa nave de suporte, sem que seja necessária a recolha de recursos no terreno de jogo. É claro que vamos consumir Pontos de Comando, e as unidades construídas vão consumir estes pontos, sendo as mais evoluídas e letais as que mais pontos consomem. O número de unidades que temos no campo de batalha é limitado pelos mesmos pontos, mas por vezes é aumentado no decorrer da própria missão. Existe também outro ponto importante, que está relacionado com os upgrades que vamos activando ao longo das missões, estes consomem Pontos de Upgrade, que são obtidos depois de recolher Tiberium Vermelho que encontramos pelo caminho. Os upgrades são desbloqueados com a progressão e consequente aquisição de experiência, estes são definitivos mas têm que ser activados posteriormente nas missões. Também existem os Poderes, estes por seu lado vão consumir pontos de poder, sendo também desbloqueados à medida que subimos de nível.

Interface ocupa demasiado o ecrã do jogo.

Todo este mecanismo parece algo intrusivo e artificial, no que toca a sua concepção e adaptação à jogabilidade. Paira no ar a sensação que foram pelo caminho mais fácil, criando também uma rotura com o passado da franquia. Pessoalmente não creio que tenha sido a melhor opção, esta concepção tornou o jogo demasiado confuso e caótico. É tudo demasiado rápido, não existe tempo para grandes estratégias e grandes experiências de jogo. Há uma certa semelhança com Dawn of War II, na concepção geral da sua estrutura. Resumidamente, temos uma missão, escolhemos a classe da Nave de Suporte, e com o decorrer da missão vamos gerindo as unidades e respectivos upgrades, tentando desse modo executar o que nos é proposto.

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Adolfo Soares

Director

É o nosso homem do PC, por isso qualquer coisa é com ele. É também responsável pelo Eurogamer, bem como dá uma perna nas notícias.

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