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Battlefield Heroes

Combates gratuitos.

Quando joguei a beta de Battlefield Heroes fiquei com a sensação de que poderia sair daqui algo bem interessante apesar de algumas falhas que teriam que ser corrigidas. O jogo tinha tudo para ser divertido e até algo diferente. Agora que a versão final chegou tenho a oportunidade de lhe dar uma vista de olhos mais profundada e cuidada.

As diferenças para a beta não são muitas. É claro que temos mais mapas e mais algumas funcionalidades, mas nada de extraordinariamente diferente. Este é acima de tudo um jogo fácil de se jogar e com pouca exigência em termos de conhecimento de causa. É criar um herói e estamos prontos para entrar nas batalhas.

Na criação dos heróis temos a possibilidade de optar pela Royal Army ou National Army. Podemos criar mais do que um herói e mais do que uma classe. Pessoalmente gosto da classe Soldado pois é muito versátil. Mas para quem preferir outro tipo de abordagem pode sempre optar pela classe Comando ou por um Gunner.

Quando criamos um herói podemos alterar a sua fisionomia e posteriormente adquirir vestimentas e alguns adereços. Uma das vestimentas mais interessantes que vi no jogo foi a que se assemelha ao Michael Jackson, uma homenagem merecida ao Rei da Pop.

De tanque a conversa é outra.

Este é um free-to-play que oferece algumas boas opções e funcionalidades sem se ter que gastar dinheiro. As armas disponíveis são relativamente eficazes. Com a experiência ganha durante os confrontos temos a possibilidade de adquirir novas habilidades, aumentando assim o nosso poder de fogo. Se queremos acelerar o processo, podemos comprar habilidades especiais que aumentam a rapidez com que subimos de nível e consequente aquisição de pontos que podem ser usados para melhorar o nosso arsenal.

Não poderia deixar de referir que os items e armas que compramos têm uma data de validade. Sim leram bem, sempre que compramos algo temos a opção de a adquirir por um determinado período de tempo, ou se estivermos dispostos a abrir os cordões à bolsa podemos comprar o mesmo objecto com uma validade ilimitada. É algo estranho mas que até se compreende, se não temos a certeza do que vamos comprar nada melhor do que experimentar primeiro.

O sistema de combater para ganhar experiência que posteriormente será utilizada para melhorar o nosso herói está bem implementado. Mas tudo se perde devido a dois pormenores verdadeiramente fundamentais num videojogo, a jogabilidade e modos de jogo. Sinceramente esta versão final deixou-me muito desiludido porque quando a beta foi disponibilizada a impressão que fiquei foi bem agradável. O jogo é demasiado pobre, tanto em termos de jogabilidade como em opções.

Em relação à jogabilidade fiquei muito triste ao reparar que muitos dos problemas da beta não foram corrigidos. Um que me irrita em particular é a lentidão com que os personagens se deslocam pelo terreno. É claro que existe uma habilidade que aumenta a velocidade do herói por um determinado período de tempo, mas isso não chega. Quando nos deslocamos a pé parece que estamos numa maratona pelo deserto. Se não tivermos um veículo por perto ou alguma alma caridosa que nos dê boleia estamos condenados, somos obrigados a percorrer o terreno a pé o que demora uma eternidade. Outro problema é o controlo do nosso herói. Este é muito perro de movimentos, afectando acções tão simples como saltar ou até entrar em zonas mais apertadas. Outro grande senão é a praticamente ausência de física. É ridículo quando um veículo nos atropela, somos projectados no ar mas sem qualquer realismo.

A personalização dos personagens é uma das partes mais divertidas do jogo.

Em termos de desafio em si, Battlefield Heroes está longe de ser um jogo que entusiasme ou que cative o jogador. Um free-to-play deveria incentivar ao máximo o jogador para este sentir-se incutido a gastar uns trocos na aquisição de novos items. Para ser sincero, este jogo fica muito aquém do que eu estava à espera. A falta de modos de jogo, apenas está disponível o modo Skirmish, é gritante e depois de algumas rondas só apetece mesmo sair do jogo.

Em relação ao visual, este é bastante agradável pois o estilo banda desenhada está bem conseguido e assenta-lhe como uma luva. É até um dos pontos positivos no meio de tanta desilusão. Temos um ambiente muito colorido com uma caricata representação dos personagens e veículos. Resumindo, é tudo muito cartoon.

No compito geral estamos perante um free-to-play com alguns pontos interessantes, como a fácil aprendizagem, a pouca exigência em termos de hardware, e claro, o facto de ser gratuito. Mas apesar destes pontos positivos não consegue atingir uma qualidade que se lhe adivinhava. A falta de modos de jogo e problemas com a jogabilidade comprometeram em muito o resultado final. Inicialmente pode ser interessante, mas depois de se jogar algumas rondas rapidamente nos fartamos devido às poucas opções que o jogo tem para nos oferecer.

5 / 10

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Adolfo Soares

Director

É o nosso homem do PC, por isso qualquer coisa é com ele. É também responsável pelo Eurogamer, bem como dá uma perna nas notícias.

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