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Batman: Arkham Asylum

Escondido por entre as sombras.

Existe ainda o combate corpo-a-corpo, que apesar de simples, não deixa de impressionar pela variedade de movimentos de ataques e expressões das personagens. Na verdade basta carregar apenas num botão para que Batman mostre os seus dotes, mas isso não é um problema tendo em conta que o objectivo não é andar só ao murro, mas sim utilizar este sistema em alternância com os “gadgets”. Mesmo assim, é possível fazer upgrades ao sistema de luta, de forma a adicionar algumas combos.

Ao longo da nossa aventura pela ilha que acolhe o asilo vamos encontrar vários tipos de inimigos, cada um com habilidades próprias. Os mais frequentes serão outros reclusos, homens corpulentos que tentam de tudo para fazer a vida negra a Batman. Importante será dizer que existem dois tipos destes adversários, uns que são facilmente eliminados com alguns golpes, e outros, marcados a vermelho, que precisam de mais alguma persistência e táctica, já que se defendem de todos os golpes, algo que pode ser resolvido recorrendo a algumas armas ou ataques especiais. Outros adversários podem ser flores venenosas (com o decorrer do jogo vão perceber) e ainda reclusos mutantes, assemelhando-se a “trolls”. Estes últimos até têm uma jogabilidade específica, já que podem ser usados para esmagar tudo o que esteja à frente, um pouco como God of War III introduziu no seu primeiro trailer. Escusado será dizer que conduzir estas bestas não é tarefa fácil, mas o gozo é enorme.

Ao eliminarmos inimigos ganhamos pontos XP, que são multiplicados caso façamos várias “combos”, podendo, posteriormente, ser trocados por upgrades. Desta forma é possível melhorar a armadura, comprar novas armas e aperfeiçoar as mesmas, aumentar o alcance das ondas do dispositivo para fazer “hacking”, comprar ataques para o sistema de combate, entre outros.

As acções furtivas são essenciais para passar o jogo.

Outras das habilidades principais do morcego passam por utilizar um gancho para alcançar zonas elevadas, como gárgulas, e planar graças à enorme capa negra. Estas serão também essenciais, principalmente para ataques furtivos. Mas temos também à disposição outras armas úteis para o combate, como é o caso do “Batarang”. Existem vários tipos de “Batarangs”, cada um com benefícios próprios. Por exemplo, o modelo controlado remotamente é útil para quando estamos escondidos, já que requer um tempo de recarregamento antes de ser utilizado novamente; e o “Batarang” triplo pode ser especialmente útil para situações de combate corpo-a-corpo, deitando ao chão três inimigos de uma vez. Em adição, numa fase mais avançada do título, é possível obter um novo tipo de gancho que permite, sempre que exista uma parede à frente e atrás de Batman, transpor esses dois pontos, algo essencial, até porque alguns cenários têm obstáculos que apenas podem ser transpostos recorrendo a este “gadget”.

Os puzzles ao longo do jogo serão constantes. Tentar descobrir como alcançar uma determinada área pode levar alguns minutos, assim como desvendar o que temos de fazer. Em certas alturas é mesmo necessário utilizar o modo detective, nem que seja para descobrimos provas para nos levar a uma determinada personagem, um pouco ao estilo das séries criminais. Batman pode, por exemplo, fazer “scan” a uma impressão digital e seguir o rasto por onde essa personagem passou.

A história não é factor suficiente para criar um verdadeiro clássico, e a equipa responsável por Batman: Arkham Asylum sabe disso. Por isso, foi dada grande atenção aos detalhes, fazendo deste jogo um verdadeiro filme interactivo. Além da jogabilidade verdadeiramente viciante, podemos contar com gráficos de sonho, estando a qualidade deste departamento a par do que de melhor se faz neste campo. Este factor evidencia-se principalmente nos modelos das personagens, extremamente bem recriados que vai deixar em completo estado de êxtase os fãs dos “comics”. Em adição, existem outros detalhes como o movimento das personagens, objectos e até mesmo da capa de Batman que contribuem para todo o ambiente. Também é de salientar que o nosso herói não mantém a mesma aparência do início ao fim. O seu fato vai acumulando arranhões, manchas de sangue e até mesmo terra, dando um toque mais realista.