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Alone in the Dark

Implorando para que a escuridão nos apele.

Uma das características mais inovadoras e interessantes está directamente ligada a essa grande inspiração que o mundo do cinema teve sobre o jogo. Falamos da forma como podem abordar o jogo e contornar situações consoante a nossa vontade. Como se estivéssemos a visualizar um DVD, ao carregar no botão de pausa temos acesso a um menu que nos mostra o episódio com várias separações, como se fossem capítulos, podendo o jogador avançar entre capítulos caso não consiga ultrapassar o local ou desafio onde está no momento. Até o final dos níveis, que terminam sempre com um clímax, relembram uma série de televisão com o genérico a aparecer.

Tudo sempre acompanhado por uma banda sonora digna de nota., ostentando a mesma ambição que tudo o resto. De contornos cinematográficos, é um trabalho poderoso e exemplar raramente visto num jogo deste género. A cada novo tema, a nossa atenção é agarrada e conseguem contribuir de forma altamente positiva para todo o ambiente de jogo.

No entanto todos estes pontos positivos podem cair por terra quando algo que poderia ter sido bem melhor se sobrepõe a todos os outros pontos. Falamos da já famosa e controversa jogabilidade de Alone in the Dark. Como muitas outras coisas, só com muito hábito se consegue dominar a jogabilidade e nunca chega a ser intuitiva, longe disso. Talvez o grande número de opções e possibilidades tenha sido um obstáculo e a forma escolhida de os apresentar não seja a melhor.

Útil quando a paciência se esgotar

Mesmo com um esquema de controlos fácil de assimilar, o grande número de acções que se pode realizar pode tornar tudo mais complicado do que deveria. Talvez a própria ambição da eden que lhes permitiu criar todos os aspectos positivos do jogo, tenha sido demasiada, ao ponto de criar conflitos a nível de jogabilidade.

Movimentar Carnby pode ser tarefa árdua e sem a possibilidade de controlar livremente a camera fica ainda mais complicado. Os movimentos do personagem são muito duros e pouco naturais, e quando se pedia um esquema fluído e fácil de controlar, somos confrontados com várias situações incómodas e até caricatas.

Passadas cerca de duas horas e ainda andamos a tentar mover a camera com o analógico direito pois ainda não nos habituamos ao facto de que não a podemos controlar. Para pior mais as coisas, a perspectiva escolhida nem sempre é a melhor, tornando algumas acções difíceis de executar. Caso dos ataques físicos onde temos que usar o analógico direito, numa tentativa de representar o mais real possível este tipo de movimentos, mas resultando incómodo e pouco funcional. Também estranhamente a camera e os movimentos do personagem ao invés de funcionarem em harmonia, mais parece que lutam entre si como se não pertencessem ao mesmo jogo e ambos não trabalhassem para o mesmo objectivo. Estes são os principais problemas que o jogo apresenta e é pena que consigam afectar demasiado o jogo até porque tem várias características dignas de interesse.