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Conferência de super poderes

Enquanto revisitamos 10 heróis que marcaram a temporada de 2008.

Eles representam a “longa manus” do jogador, o princípio, um meio e o fim de uma aventura, através de fomentos de interacção. As personagens dos videojogos, mais precisamente os heróis; rostos com armaduras pelo corpo que formam capas de revistas e tendem a fazer a diferença de mais uma caixa comercializável. É a partir deles que os jogadores invariavelmente acedem para vingar um determinado contexto narrativo, obedecem a imensas condicionantes e proposições, motivadas por desejos, paradigmas e fenómenos culturais que radicam na mente dos fabricantes de jogos. Mas antes disso sempre se considera que nunca uma personagem central poderia alcançar o seu desiderato e findar a missão sem a manipulação do jogador, como este igualmente nunca seria capaz de descobrir o desenlace final da aventura sem as habilidades especiais que só as criaturas envolvidas em cenários virtuais são capazes de reproduzir.

Ao invés de uma personagem devidamente formatada, em gestão de esforços com o contexto situacional, presa a determinado conceito da narrativa, noutros jogos o jogador escolhe a expressão e rosto da personagem, assim como o corpo por inteiro, acrescentando-lhe roupa e outros objectos habitualmente disponibilizados por um editor mais complexo e adaptado à progressão “in game”. O longo percurso pela indústria dos jogos leva-nos a percorrer algumas personagens verdadeiramente icónicas e que a dada altura alcançaram o estatuto de dignas mascotes, símbolos de uma marca como sucedeu com Sonic e Mario, fieis representantes das outrora rivais Sega e Nintendo. Master Chief desbravou terreno no princípio do século pela Microsoft, enquanto que a Sony parece este ano ter encontrado a personagem por excelência, o Sackboy, oriundo das mentes da Media Molecule e que sublinha uma das personagens mais importantes da temporada que deverá findar nos próximos dias.

O próximo percurso que se segue é assim uma tentativa de reunião de algumas das principais personagens e sobretudo heróis que por várias razões inscreveram o nome no particular reduto de imensos jogadores. Seria, porém, de todo severo passar por muitos dos títulos que acrescentaram novas personagens. Por isso a lista acabou mais estreita e de certa forma representativa dos principais géneros. Com a certeza que outras ficaram de fora mereceriam também o merecido destaque, aqui fica um trajecto possível por dez heróis que desbravaram vários e distintos terrenos neste ano.

Niko Bellic – GTA IV

É quando a torre da Liberdade se vê ao pé que a luz parece irradiar mais forte nos rostos de quem se apresta a desembarcar na América, a terra onde ainda se pode fazer. “Yes we can” disse Barac Obama, recém eleito presidente dos EUA, a mais preponderante potencia mundial, que parece estar em sintonia com as eminentes aspirações dos que escavam e lutam diariamente para triunfar na terra das oportunidades. Quão longo é o caminho a percorrer até aos carros luxuosos, mansões, mulheres peitudas e dinheiro às remas só Niko Bellic o sérvio e veterano da guerra da Bósnia poderá testemunhar, através de uma série de episódios onde crime, negócios pecaminosos e sangue se atravessam inevitavelmente. Longe das promessas vincadas pelo primo Roman a jornada obedece a um ritmo imparável numa dimensão nunca antes vista num capítulo de GTA.

Old Snake - Metal Gear Solid 4

O peso dos anos acabará um dia por tomar conta de nós, deixando-nos mais frágeis, desprotegidos e vulneráveis. Solid Snake o mítico e memorável herói saído da pena de Hideo Kojima, contado em largo traço cinematográfico ao longo de três palpitantes episódios envelheceu prematuramente para o derradeiro título. Ainda assim o soldado lendário arrisca uma perigosa e derradeira missão. Um final sacrifício é-lhe proposto depois de saber que nas veias corria o Foxdie, um vírus mortal que lhe fora injectado tempos antes. Mas com o fulgor renovado e num “final cut” pejado de elevada intensidade, com ameaças mais fortes, Snake consegue cumprir o último desiderato num jogo onde acção e espionagem táctica voltam a tomar as rédeas em forma cinematográfica. Com alguns vídeos que deixavam em aberto o fim de Solid Snake só concluindo a obra se percebe o génio que é Hideo Kojima.

Marcus Fenix - Gears of War 2

A linguagem abrupta, ríspida, frontal e muitas vezes jocosa é uma marca de Marcus Fenix, destemido combatente da Delta Squad, mas acaba por cair em boa conta na toada de blockbuster que é Gears of War. Cliff Bleszinsky sempre foi muito honesto quanto à cadência e ritmo da série concebida em exclusivo para a Xbox 360 e no desejo de tornar a guerra mais fracturante acaba por conservar muitos elementos de feição americana, especialmente nos diálogos das personagens onde abundam expressões do jeito “kick ass”. Mas quando a sequela se revela maior, desenvolta (bigger, better e bad ass) e com batalhas épicas de cortar a respiração Marcus é o fiel companheiro de armas durante uma empreitada que se joga do princípio ao fim em permanente entusiasmo. Como canta o Cole Train "bring it on sucka!"

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Vítor Alexandre

Redator

Adepto de automóveis é assim por direito o nosso piloto de serviço. Mas o Vítor é outro que não falha um bom old school e é adepto ferrenho das novas produções criativas. Para além de que é corredor de Maratona. Mas não esquece os pastéis de Fão.
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