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House of Ashes é inspirado em Aliens, Predator e The Descent

A Supermassive Games continua a melhorar a sua fórmula de jogos de terror.

Desde o lançamento de Until Dawn em 2015 que a Supermassive Games se especializou em jogos de terror altamente cinemáticos, com foco na história e na forma como as decisões do jogador vão alterando a narrativa. O projecto mais recente deste estúdio é a The Dark Pictures Anthology, uma série de jogos de terror independentes uns dos outros. O primeiro capítulo foi Men of Medan em 2019, seguindo-se Little Hope em 2020. O estúdio tem conseguido lançar um novo jogo todos os anos e para 2021 está previsto um novo capítulo, chamado House of Ashes. Cada jogo tem por base um lenda ou mito reais, mas depois a Supermassive Games dá o seu toque.

House of Ashes vai explorar uma lenda muito mais antiga do que os jogos anteriores. O conto decorre em 2003 no Iraque, acompanhando uma unidade de forças especiais que está à procura de armas de destruição maciça. Seguindo a regra dos capítulos anteriores de The Dark Pictures Anthology, a história acompanha cinco personagens, alternando entre cada uma e dando o controlo ao jogador. A história começa quando esta unidade detecta por satélite um depósito de armas químicas. Quando chegam ao local, há um confronto com as forças do Iraque até que um terramoto faz o chão abrir-se e atira ambas os lados para um templo escondido no subsolo.

O templo foi construído durante o pico do reino de Akkad e esconde uma ameaça horrível: um ninho de monstros sedentos de sangue. Os primeiros relatos históricos daquilo que conhecemos hoje como vampiros vêm precisamente daquela área, da Mesopotâmia, onde hoje está o Iraque, e House of Ashes é a interpretação da Supermassive Games desse mito. Na narrativa que o estúdio imaginou, o templo foi construído pelo rei deus Naram-Sin, líder do império de Akkad (2250 BC). Este rei chateou os deuses e trouxe uma maldição para o seu povo quando salteou um templo de Enlil, deus da terra, vento e tempestades. Numa tentativa de fazer as pazes com os deuses, constrói este templo (não parece resultado).

O jogo foi influenciado por Alien, Predator e The Descent

Os fãs dos filmes de terror seguramente conhecem os nomes acima. A Supermassive Games afirma que o novo capítulo de The Dark Pictures Anthology foi influenciado por estes clássicos do género. É fácil perceber o porquê: acompanhamos um grupo de soldados na exploração de um templo antigo (com muitos corredores apertados e zonas escuras). São elementos em comum com os filmes referidos. Mas há outra influência, não tão visível. O livro "At The Montains of Madness" de HP Lovecraft também ajudou o estúdio a moldar a narrativa e ambiente de House of Ashes.

As temáticas principais para a história são a lealdade, dever e confiança. Cada personagem deve escolher se salvará a própria pele ou colocar de lado rivalidades pessoais para colaborar na sobrevivência. Com dois grupos de soldados (americanos e iraquianos) presos no subsolo, haverá uma constante dinâmica de sobrevivência, mas também de colaboração. É definitivamente um daqueles casos em que "o inimigo do meu inimigo é meu amigo". Jogando na pele das diferentes personagens - como Rachel King, agente da CIA que faz parte do grupo de operações especiais - os jogadores terão fazer escolhas difíceis.

"Cada personagem deve escolher se salvará a própria pele ou colocar de lado rivalidades pessoais"

Nas opções de diálogo podes escolher entre transmitir diferentes sentimentos, como medo, segurança ou simplesmente não dizer nada. Tal como nos capítulos anteriores de The Dark Pictures Anthology, se alguma personagem morrer a história simplesmente continua. Existem diferentes finais, dependendo das decisões tomadas pelos jogadores ao longo da história.

Na jogabilidade há várias novidades, incluindo a possibilidade de controlar a câmera a 360 graus (já não existem ângulos bloqueados) para explorar melhor e definir diferentes níveis de dificuldade: fácil, médio e difícil. Os níveis de dificuldade influenciam apenas a rapidez das QTEs. A opção de dificuldade foi implementada devido ao feedback dos jogadores: havia quem dissesse que as QTEs eram muito fáceis, mas outros diziam que eram demasiado rápidas. Há ainda um novo botão dedicado para a laterna, concebido de propósito para navegar pelas secções mais escuras das catacumbas.

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As criaturas mais assustadoras de The Dark Pictures Anthology

Usando técnicas de captura de movimento e gesticulação, a Supermassive Games diz que criou as criaturas mais aterradoras até agora nesta antologia de terror. "Criamos um monstro que é muito credível, ameaçador e perigoso," comentou o Will Doyle, o director do jogo, na breve apresentação a que assistimos. "Os nossos ambientes são frequentemente claustrofóbicos e fechados, mas abrem regularmente para espaços vastos magníficos. Queremos que te sintas exposto, vulnerável e ameaçado, ter a sensação de que estás a ser vigiado por criaturas das quais não sabes nada."

"Criamos um monstro que é muito credível, ameaçador e perigoso"

House of Ashes será o primeiro jogo da antologia com versões para PS5 e Xbox Series. De acordo com o estúdio, estas versões terão maior fidelidade gráfica, mas não entrou em detalhes técnicos como resolução e framerate. Fora isto, poderás esperar os típicos quatro modos de jogo já presentes nos capítulos anteriores: Shared Story (jogar online com um amigo); Movie Night (cinco jogadores no mesmo quarto); e dois caminhos single-player - Theatrical Cut e Curator's Cut (nónus de pre-order, com cenas adicionais).

Por enquanto, House of Ashes ainda não tem data de lançamento confirmada, apenas sabemos que chegará eventualmente em 2021.

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