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Fizemos um test drive a Project Cars 3 no PC

Slightly Mad Studios aposta na evolução.

Já lá vão quase três anos desde o último lançamento de Project Cars, uma série que, embora não tenha alcançado a popularidade de Forza Motorsport ou Gran Turismo, tem a ambição de conseguir um lugar no pódio entre as grandes referências do género. Apesar da proximidade das consolas de próxima geração, Project Cars 3 repete as plataformas do título anterior e será lançado para PC, PS4 e Xbox One já a 28 de Agosto deste ano. Tal como acontece antes de comprarmos um novo carro, é conveniente fazer um test drive. Felizmente, recebemos um convite para isso mesmo e podemos partilhar convosco as nossas primeiras impressões desta nova incursão da Slightly Mad Studios no universo dos desportos monitorizados.

Project Cars 3 aposta novamente num modo carreira, que foi revisto e bastante aperfeiçoado. Está agora mais interessante e profundo quando o comparamos a PC2. Neste modo, começamos por um nível baixo comprando um veículo e vamos completando eventos propostos que nos atribuem experiência e créditos para posteriormente comprar mais novos carros e melhorias para os mesmos. No geral, a experiência está mais apelativa, contribuindo muito para isso o facto de agora se poder comprar carros e os modificar.

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Na verdade, é uma estreia em Project Cars o facto de se poder comprar e alterar os carros a nosso gosto ou conforme os objectivos propostos pelos eventos, muito à semelhança de jogos rivais. A alteração do bólide vai mais além do facto de se colocar determinado pneu, ou melhorar o motor, alguns dos veículos têm até kits completos de modificação para corrida, que altera por completo o seu visual bem como o desempenho em pista.

"É uma estreia em Project Cars o facto de se poder comprar e alterar os carros a nosso gosto"

Outra opção/modo de jogo que podemos seguir é denominada por Rivals .São desafios que tanto podem ser diários, semanais e até mensais. Nesses desafios temos que, como é óbvio, completar o que nos pedem, como por exemplo hot laps. A nossa performance é comparada com a de outros jogadores, existindo assim um ranking e tabelas de liderança a nível mundial a comparar todos os que aí participam.

Visualmente dá um salto em relação ao antecessor.

"É de enaltecer a preocupação que a Slightly Mad Studios teve em melhorar o controlo dos carros através do comando"

Claro que não poderia faltar o modo multiplayer, que não irei cobrir nesta preview já que não se encontrava disponível. Finalizando os modos de jogo, temos por último a possibilidade de criar corridas a nosso gosto, escolhendo o circuito, as condições da pista e carros, e outros parâmetros óbvios. O acesso aos modos de jogo é muito mais intuitivo que anteriormente, havendo uma enorme melhoria no interface do jogo.

Como é natural, jogar de volante é o mais adequado, mas é de enaltecer a preocupação que a Slightly Mad Studios teve em melhorar o controlo dos carros através do comando, nota-se uma grande evolução em relação ao jogo anterior e até se conseguem tempos muito competitivos. Existe agora uma enorme afinação na precisão dos analógicos e dos gatilhos, que podemos pressionar com a força que se deseja e o jogo responde de uma forma eficaz. Já não existe aquele handicap entre o volante e o comando, algo que era bastante evidente em PC2.

Visualmente, em termos de grafismo, nota-se uma evolução em relação ao jogo anterior, com os carros e circuitos mais detalhados. Inicialmente o salto na qualidade visual não era evidente, mas tirei as dúvidas voltando a jogar PC2 e colocando os dois jogos lado a lado. Há que sublinhar que só tivemos acesso à versão para PC, não sei se o salto visual nas versões de consola é exactamente igual.

No território da física - a parte mais importante num jogo de condução - a minha adaptação foi muito fácil, pois já percorri quilómetros de asfalto a competir no multiplayer de PC2. Realmente, já tinha saudades de me sentar no meu setup simulador de corrida. Havia alguma dúvida em relação à direcção que o jogo iria levar após a aquisição da Slightly Mad Studios por parte da Codemasters, que poderia dar um novo rumo e seguir um sentido mais arcade. Não me parece motivo para preocupação, já que apenas o interface está mais colorido e simplificado, afastando-se um pouco daquele aspecto mais técnico dos dois primeiros jogos. Colocarei mais pormenores relacionados com a física do jogo na análise que irei fazer à sua versão final.

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"Podemos ter em vista um jogo que irá agradar a um universo mais alargado de jogadores"

Ainda falta praticamente um mês para o lançamento, e há melhorias a fazer, principalmente em relação à performance no PC, que ainda se nota algo enferrujada. Neste momento o jogo é bem exigente. Jogámos com um Intel Core i7-8700k e uma Nvidia GTX 1080ti a 1440p, e tivemos dificuldades em superar os 60fps, principalmente quando temos muitos oponentes em pista e quando as corridas decorrem com chuva.

Resumindo esta minha primeira experiência com o jogo, existe um esforço em o direccionar para um público mais desejoso por um modo carreira aprofundado e ao mesmo tempo de fácil integração. Não quer isto dizer que a Slightly Mad Studios mudou o rumo do jogo, acredito que não, pois em termos de física continua a ser muito semelhante ao antecessor. Podemos ter em vista um jogo que irá agradar a um universo mais alargado de jogadores, com uma união de dois mundos. Resta agora esperar pela versão final de Project Cars 3, que como já disse, chega a 28 de Agosto deste ano.

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