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Hyrule Warriors Deluxe - Análise - Musou on the Wild

Poucas novidades num Musou meramente competente.

A roupagem Zelda torna este Musou curioso, mas a ausência de novidades deixam-no sem argumentos para quem jogou as versões originais.

A indústria já o tornou normal, mas ainda assim não deixa de ser curioso que no espaço de 7 dias a Nintendo Switch recebeu dois Musou remasters. Depois da chegada de One Piece: Pirate Warriors 3 Deluxe Edition, chega agora Hyrule Warriors, uma das mais populares colaborações da Koei Tecmo com outras propriedades externas. Lançado originalmente na Wii U em 2014, chegou em 2016 à Nintendo 3DS e agora, está prestes a chegar à tua Nintendo Switch. Este Remaster apresenta-se como a versão definitiva de Zelda Musou, onde encontrarás uma qualidade gráfica e performance superiores às da versão Wii U, com a possibilidade de desfrutar da portabilidade presente na versão 3DS (mais uma vez, com uma qualidade gráfica muito superior).

Esta é a grande proposta desta Deluxe Edition de Hyrule Warriors: oferecer uma versão portátil com a qualidade da versão caseira que conheceste em 2014, apoiada por todos os DLCs pagos lançados para o jogo e dois novos fatos, vindos de Zelda: Breath of the Wild. Será que isso é o suficiente para garantir a aposta? Foi o que tentamos descobrir.

É compreensível que graças à sua incrível popularidade, a Nintendo tente relançar os exclusivos Wii U na sua híbrida, que está a surpreender o mundo com o seu conceito. A verdade é que está a fazer maravilhas em alguns jogos, mas no caso de Hyrule Warriors estamos a falar de um jogo Koei Tecmo, inserido numa série com um longo historial de jogos e spin-offs, apresentados para um público específico. A enorme popularidade de uma série como The Legend of Zelda dá-lhe uma incrível visibilidade, mas ainda assim, é um jogo inserido na fórmula Musou.

Com isto quero dizer que é Hyrule Warriors é um jogo vindo de um estúdio que consegue lançar 3 a 4 jogos por ano, o que poderá causar a sensação que pouco de novo existe entre eles, mas quando algo de novo é feito, é sentido e bem pelos jogadores. A fórmula Musou evoluiu muito desde 2014, especialmente com a chegada de jogos como Dragon Quest Heroes 2 e Samurai Warriors: Spirit of Sanada em 2016.

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"Consegue uma qualidade visual e performance superiores às da versão Wii U com a portabilidade da versão 3DS".

Jogos com mundos abrangentes e soltos da estrutura datada (loading, nível, loading), mecânicas mais profundas, gameplay mais variado (variando da incessante captura de pontos) e mais ambiciosos. Fire Emblem Warriors de 2017 é um exemplo da evolução na série Musou e um jogo existente na Nintendo Switch. Desde 2014, a Omega Force já desenvolveu 13 jogos, o que significa constante aprendizagem e evolução, mas resumindo o que tentei explicar até agora: voltar a Hyrule Warriors é reencontrar um Musou divertido, que ganha chama pela força da propriedade The Legend of Zelda, mas sem destaques de maior além disso.

Pensado para uma audiência mais vasta, Hyrule Warriors é uma visão muito interessante desse gameplay "um contra centenas", pois foca-se nas boss fights onde terás de usar objectos característicos da série The Legend of Zelda para os deixar atordoados. A captura de zonas e as missões secundárias da série Musou combinados com os cenários e as personagens vindas dessa série da Nintendo fazem uma grande diferença. Permitem que um jogo simples, mas altamente dinâmico e fluído ganhe um grande ritmo. Torna-se altamente divertido e na Switch, a portabilidade chega a um novo patamar graças à qualidade visual e performance.

Especialmente com o Adventure Mode, onde percorres espaços em estilo retro-pixel a lembrar os primeiros clássicos na série da Nintendo. Permite que a sua longevidade vá muito além do que o cinemático Legend Mode consegue. Hyrule Warriors não é o melhor jogo do género na sua plataforma e não é de forma alguma único, mas é um remaster que valerá a pena para alguns que ainda não o conhecem. O cruzamento entre Musou e Zelda foi trabalhado para se tornar mais acessível e resulta bem, mas nesta versão Switch não encontrarás muito em termos de novidades.

Esta edição reúne todos os DLCs e novas roupas de Breath of the Wild já no cartucho

Jogar Hyrule Warriors Definitive Edition na Nintendo Switch foi a oportunidade de jogar o jogo em modo portátil, especialmente porque preferi a versão 3DS do original devido à portabilidade, mas com uma qualidade gráfica superior à do original e, mais importante, uma performance extremamente sólida. A Switch oferece-te a versão verdadeiramente definitiva do jogo, que visualmente já acusa alguma idade, mas ainda assim te consegue patrocinar momentos muito divertidos.

Hyrule Warriors é um jogo divertido, mas cujos 4 anos de existência se fazem sentir. A fórmula Musou já evoluiu imenso após esta colaboração entre a Koei Tecmo e voltar ao jogo é recuar até às mais simples experiências Musou. A roupagem The Legend of Zelda dão-lhe um encanto único e qualquer fã dessa série desfrutará da forma como as suas mais icónicas mecânicas foram convertidas para o gameplay "um contra centenas". A inclusão de novos fatos, vindos do jogo mais recente, a presença de todos os DLCs no cartucho e as optimizações para a Nintendo Switch tornam-no interessante para quem nunca o jogou, mas para os restantes, não há nada de realmente novo.

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