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Strikers 1945 II - clássico "shmup" da Psikyo

Avião de combate voa na Nintendo Switch.

Por entre a corrente avassaladora de jogos indie que chegam semanalmente à eShop da Nintendo Switch, encontram-se grandes preciosidades retro, entre "fighting games", jogos de plataformas, puzzles e os sempre apelativos "shmups". Para lá dos clássicos Neo Geo através da Hamster Corp. e a sua linha ACA Neo Geo, outras editoras como a Zerodiv encontram na consola uma boa oportunidade para lançar mais alguns clássicos, ganhando espaço num sistema apto a todo o tipo de experiências tendo em conta a sua versatilidade.

Integrando uma carteira de licenças, a Zerodiv encontrou uma óptima oportunidade e espaço para "zerar" junto dos utilizadores mais nostálgicos. Começou por encontrar espaço num jogo tipo Arkanoid antes de passar aos "shmups", conduzindo os proprietários de uma Switch por Strikers 1945, uma excelente produção da muito respeitada Psikyo, antes de lançar Gunbird. A outra semana, chegaram mais dois clássicos; a sequela de Strikers 1945 e Zero Gunner 2, talvez o mais especial desta oferta pela exclusividade da sua mecânica e estreito "modus operandi". Mas deixemos esse jogo para outras núpcias o foquemo-nos neste "shmup" de tipo militar composto por naves muito próximas daquelas que cruzaram os céus durante a Segunda Guerra.

Desde os primeiros instantes que se percebe que Strikers 1945 II transpira continuidade e por isso mantém a composição de ecrã vertical ou modo Tate como lhe chamam os japoneses. No caso da Switch, dada a facilidade em destacar o ecrã é possível colocá-lo em posição vertical de modo a assegurar uma experiência mais próxima possível da arcada, enquanto seguram um joy-con na mão para controlar a aeronave.

A arte é inspirada em equipamento militar da II Guerra.

A estrutura do jogo é importada na sua maioria do original, o que significa que comandam uma nave de seis à escolha tendo que derrubar todos os inimigos de forma a acumular pontos, sobreviver nas batalhas com os "bosses" e passar ao nível seguinte. Parece fácil e simples, mas a Psikyo melhorou imenso a disposição dos níveis, ataques dos inimigos e sobretudo as batalhas contra os "bosses", compostas por várias fases de dificuldade crescente.

Ao todo terão 8 missões a cumprir, cada uma suficientemente longa de modo a tornar a experiência de um crédito por jogo verdadeiramente agressiva para os fãs mais "old school". No entanto, as quatro primeiras missões são apresentadas de forma aleatória, o que significa que há um elemento surpresa sempre que começam a jogar. Se alguma área vos parece mais fácil, tê-la disponível numa fase mais intermédia pode tornar a tarefa mais interessante especialmente do ponto de vista do "ocorre attack". Infelizmente a tabela de pontos não tem qualquer ligação online, o que é pena porque há aqui muito potencial para criar uma verdadeira corrida ao top. É que não sendo este dos "shmups" mais insanos e difíceis, também não é dos mais acessíveis.

A escolha da aeronave afecta decisivamente a forma como vão gerir o fosso combate. Começam por escolher uma de seis, todas diferentes, com poder de fogo diferenciado e bombas com efeitos visuais muito bem conseguidos. Basicamente as aeronaves definem o vosso estilo de jogo e é importante a escolha, quanto mais não seja para a pontuação. Desde aparelhos facilmente manobráveis mas menos potentes, até aeronaves pouco manobráveis mas dotadas de grande poder de fogo, digamos que o quadro de selecção é bastante generoso. Os efeitos das bombas, como poder de fogo secundário capaz de eliminar toda e qualquer ameaça presente no ecrã, cria ainda alguns efeitos como a produção de um escudo temporário ou danos maiores sobre alguma nave inimiga. É interessante descobrir os prós e contras de cada aparelho antes de se aventurarem num "score attack".

No quinto nível o boss chama-se Romel.

Se optarem por jogar na posição horizontal, a área disponível (verticalmente) é mais pequena, o que torna os aparelhos muito reduzidos e por vezes quase imperceptíveis, especialmente as balas e os estilhaços, que a dada altura chegam a colorir quase por inteiro o ecrã, criando um efeito espiral capaz de consumir tudo à volta e uma série de obstáculos que por vezes nos impedem de acompanhar a presença da nossa aeronave. Por isso, o aconselhável é jogar em modo Tate, mas para isso terão que encontrar um encosto seguro para pousar o ecrã da Switch.

Destaque para o desenho dos níveis, com fundos bastante detalhados e repletos de objectos em movimento, especialmente os pequenos tanques e muito equipamento de artilharia que tarda em rebentar. Apanhar os "power ups" é crucial, se quiserem aumentar o poder de fogo do vosso aparelho e assim injectar mais dano na frota inimiga. Por vezes alguns aparelhos são de grande dimensão e compostos por várias partes que disparam quase ao mesmo tempo. A margem de fuga estreita-se facilmente e as possibilidades para saírem dali com vida também. De resto a acção é muito fluída e rápida, sem quebras ou falhas, o que revela um trabalho meritório e cuidado pela Psikyo. O "port" Switch é perfeito nesse sentido, captando com sucesso a estrutura da versão arcade. O design, como já referi, é audaz na captura do tipo militar, apresentando comboios, metralhadoras, aviões e led zepelins, com destaque para a área do jogo que se modifica imenso à medida que progridem.

Strikers 1945 II é um óptimo "shmup" e um dos melhores da Psikyo, traduzindo com sucesso grande parte do potencial da obra anterior. Não é propriamente inovador em mecânicas e em grande parte o seu modelo é tradicional, mas as metas foram atingidas. Nesta versão Switch a maior ausência vai para as tabelas de liderança online, porque tirando isso o jogo apresenta um grande valor de repetição e torna-se numa escolha segura para os fãs do género.

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Sobre o Autor
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Vítor Alexandre

Redator

Adepto de automóveis é assim por direito o nosso piloto de serviço. Mas o Vítor é outro que não falha um bom old school e é adepto ferrenho das novas produções criativas. Para além de que é corredor de Maratona. Mas não esquece os pastéis de Fão.
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