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Yo-Kai Watch 2 Psychic Specters - Análise

Hexpress da meia-noite.

A mais completa versão das três de Yo-Kai Watch 2. No entanto, integra uma sequela que ainda não é a evolução desejável dos originais.

No Japão, a série Yo-Kai Watch soma e segue. A Level-5, produtora de uma das mais relevantes séries exclusivas da 3DS, criou um modelo de combate numa aventura que assume alguns contornos próximos da série Pokémon, que como se sabe, é uma das grandes minas de ouro da Nintendo. Ainda que lançada primeiro no Japão, não tardou a localização do primeiro jogo da série para o ocidente, publicado o ano passado. Este ano, em Abril, foram publicados mais dois novos episódios de Yo-Kai Watch 2: Bony Spirit e Fleshy Soul, pese embora o atraso de três anos relativamente às versões japonesas.

Contudo, são sequelas aguardadas tendo em conta o potencial da série, o mesmo sucedendo com Yo-Kai Watch 2 Psychic Specters, que também chega ao nosso mercado quase três anos depois da versão original japonesa. É verdade que a série não só vende muito bem no Japão, onde é uma das séries fundamentais na 3DS, como na Europa conhece um apreciável sucesso, o que por si só justifica o trabalho e o custo das versões localizadas.

Mas, será que enquanto jogo e experiência Yo-Kai Watch, este episódio Psychic Spectres faz realmente a diferença face aos anteriores ou é apenas mais uma versão que capitaliza sobre os elementos dos jogos anteriores, acrescentando alguns desenvolvimentos. Faz todo o sentido, por isso, recuperar a análise que aqui publicamos às duas versões de Yo-Kai Watch 2, em Março, cuja validade se estende sobretudo às opções em termos de combate.

Podem lançar um poke aos inimigos durante o combate, para que eles larguem certos objectos.

Uma vez que jogamos ambos os títulos, a primeira coisa que nos foi pedida nesta versão foi a transferência dos dados de uma das versões anteriores, o que possibilita retomar a aventura a partir do preciso ponto em que ficámos, tendo acesso a mais "dungeon" e missões. Trata-se aliás de uma edição com novas missões, conteúdos e sobretudo novos Yo-Kai para incorporarmos na nossa equipa. A Level-5 parece estar com isto a alimentar a curiosidade dos fãs, ao deixar em aberto a oferta de mais Yo-kai a partir do momento que usam os dados de gravação de ambas as versões anteriores.

No entanto, importa referir que o tronco principal da história é o mesmo, pelo que a sugestão passa por começar desde o princípio sob pena de deixarem para trás algumas cinematográficas e encontros interessantes, ainda que possam usar o ficheiro de gravação e descobrir mais demandas. O começo volta a ser lento, bastante penoso até, com alguns segmentos que repetem situações dos originais. Mas, entre as novidades, o destaque vai para o conhecimento sobre as origens de Darknyan, que é um Yo-Kai da tribo Eerie e um dos mais conhecidos, assim como o passado de Whisper, o gato tragi-comédia que nos acompanha desde a primeira história. E no regresso ao passado, quando a aventura ganha melhor ritmo, saberemos ainda mais sobre o passado de Dame Dedtime. É por isso uma edição com algumas revelações e conhecimentos suplementares, embora algumas destas histórias sejam prolongamentos que possam passar mais despercebidos se não forem grandes fãs da série.

Se aguardaram até aqui, esta é melhor opção de Yo-Kai Watch 2 e aquela que mais vale a pena das três, até porque ainda oferece mais alguns condimentos como o inigualável Directator, personagem com a qual trabalhamos para uma série de novas missões. Será que serão capazes de fazer o filme derradeiro de Yo-Kai, com os elementos e o guião certo? Andar de comboio passou a ser uma realidade na sequela, ainda que nem sempre da forma mais esclarecida possível. Desta vez, através da adição do Hexpress, um assustador comboio que apenas surge de noite, poderemos viajar e conhecer o Gera Gera Resort, um parque temático dotado de uma vasta gama de atracções e assombrado por lhe faltar luz. Os Yo-kai vão mais uma vez atacar em força, contribuindo para mais missões e uma série de batalhas. Esta é talvez uma das melhores adições, até porque a caracterização do parque é interessante.

Trazer mais Yo-Kai para a equipa é essencial.

Em destaque, enquanto novidade, o alargamento do já conhecido Blasters mode, um modo co-operativo até quatro jogadores, no qual os jogadores defrontam uma série de "bosses" como desafio suplementar. Estas criaturas são muito fortes e forçam a escolha dos melhores Yo-Kai para o combate, especialmente uma equipa que seja equilibrada. Estes oponentes são novos e alguns deles são relegados para o combate desde que os jogadores possuam os dados de gravação dos dois episódios anteriores.

Exceptuando os novos conteúdos e as nuances no tocante à história, no essencial esta é uma versão com os mesmos elementos do anterior, as suas forças e fraquezas, o que significa uma progressão inicial bastante pausada e um sistema de combate que apesar de algumas mudanças e ataques especiais, não é particularmente inovador, estabilizando a dada altura. Trata-se por isso de uma obra dirigida especialmente para uma audiência de tenra idade, com o foco na procura e conquista dos Yo-Kai. A história ganha desta vez mais alguns desenvolvimentos, contribuindo para a versão definitiva da sequela, mas o que aqui é mostrado não é determinante, mas sobretudo um conteúdo para fãs que podia ser facultado por via de um DLC. Se jogaram alguma das versões anteriores, Psychic Specters poderá ficar para uma eventual descida de preço.

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Vítor Alexandre

Redator

Adepto de automóveis é assim por direito o nosso piloto de serviço. Mas o Vítor é outro que não falha um bom old school e é adepto ferrenho das novas produções criativas. Para além de que é corredor de Maratona. Mas não esquece os pastéis de Fão.
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