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Call of Duty WWII é um regresso em grande às origens

Um jogo de tiros puro e autêntico.

Depois de uma aventura pelo futurismo, Call of Duty está finalmente de volta às origens. Embora Advanced Warfare e Black Ops 3 tenham sido bem recebidos no geral, ficou evidente depois de Infinite Warfare, lançado no ano passado, que a série estava a precisar de uma mudança. Entre os fãs e o público geral era comum o tópico de discussão acerca da perda de identidade e das saudades dos confrontos épicos e históricos de outrora. Com Call of Duty WWII, a Sledgehammer Games, responsável por capítulos anteriores da saga como Modern Warfare 3 e Advanced Warfare, está a responder às preses dos fãs.

Na Gamescom 2017 tivemos o nosso primeiro contacto com o jogo e ficamos confiantes com o que jogámos. Apenas tivemos acesso à porção multijogador, e embora estejamos ansiosos para experimentar a campanha, a realidade é que há muito que o multijogador online se tornou na alma de Call of Duty. É no multijogador que a esmagadora maioria dos fãs passam o tempo. Não é surpreendente, a campanha é uma experiência limitada em longevidade, enquanto o multijogador prolonga a diversão e permite que compitam contra amigos ou jogadores de todo o mundo.

Passaram-se 10 anos desde que Call of Duty abandonou a temática da Segunda Guerra Mundial. Desde então a indústria dos videojogos evoluiu imenso, e essa evolução é notável em Call of Duty WWII. É um jogo extremamente refinado e que dá gozo desde o primeiro minuto. Embora existam imensos jogos de tiros na primeira pessoa, não é fácil criar algo em que rapidamente nos sentimos confortáveis e capazes. Todos os Call of Duty, até mesmo os mais futuristas, têm esta particularidade, mas no meio de tantas adições, como habilidades especiais, modificações surreais para as armas, entre outras coisas, a essência não era tão pura.

Cover image for YouTube videoCall of Duty: WW2 REVEAL TRAILER - FIRST TRAILER

Portanto, Call of Duty WWII não é apenas um regresso às origens da série, é um regresso à essência dos jogos de tiros na primeira pessoa, em que a arma que temos nas mãos é a ferramenta principal para derrotar o adversário. É certo que Call of Duty WWII ainda preserva elementos de personalização para armas, como a possibilidade de meter um carregador maior e outras coisas, mas é uma experiência muito mais pura e intensa. Os mapas transportam-nos para cenários caóticos da Segunda Guerra Mundial. As ruas estão cheias de destroços, há casas com buracos no meio... é um ambiente de guerra recriado com autenticidade.

Sem habilidades para nos alertarem das posições dos adversários, confiando apenas no som dos passos que ouvimos, Call of Duty WWII torna-se num jogo estratégico, em que é importante conhecer bem os mapas e avançar com cuidado. As armas comportam-se de forma diferente e devem escolher a classe de soldado com base no mapa e no vosso estilo de jogar. Pessoalmente, adorei a classe de infantaria, armada com uma espingarda de disparo lento mas poderoso. É ideal para médias e longas distâncias e recompensa quem consegue acertar na cabeça dos adversários. As granadas de fumo também são cruciais, arruinando a visibilidade em pontos de afunilação do mapa.

"Call of Duty WWII torna-se num jogo estratégico, em que é importante conhecer bem os mapas e avançar com cuidado"

Para além dos tradicionais modos de Call of Duty, este novo capítulo adiciona o War Mode. É um modo para o multijogador online com progressão por objectivos. Neste modo terão que atacar ou defender, e na partida seguinte os papéis invertem-se. Os objectivos são encadeados, como se fossem uma sucessão de eventos. Temos que atacar ou defender a reserva de munições, proteger ou destruir uma ponte, e assim em diante. É um modo para quem procura algo mais do que simplesmente eliminar adversários, mas é preciso cooperação entre a equipa. A jogar com estranhos pode ser complicado cumprir os objectivos, como em qualquer jogo que requeira trabalho de equipa.

Outra novidade de peso, e nunca antes vista em Call of Duty, é o modo Headquarters, basicamente um espaço social com suporte para 48 jogadores em simultâneo. O Headquarters é como se fosse a vossa base. Aqui podem testar as diversas armas no Firing Range, competir frente-a-frente contra outro jogador no Pit, praticar os scorestreaks e interagir e socializar com outros membros da comunidade. Este tipo de espaços são tradicionais nos MMOs, mas são cada vez mais comuns em jogos de outros géneros.

Cover image for YouTube videoCall Of Duty: WWII | Bem vindo ao quartel-general | PS4

A beta privada de Call of Duty WWII está quase a começar e já temos acesso garantido. O primeiro contacto que tivemos na Gamescom 2017 deixou-nos com expectativas positivas para a versão final que chegará às lojas a 6 de Novembro. A Sledgehammer Games, embora nunca tenha feito um jogo neste período histórico, recorreu a muita pesquisa para criar uma experiência verdadeira e que promete deixar os fãs rendidos. O multijogador, com base no que experimentámos, está mais do que aprovado. Falta saber da campanha, mas olhando para o historial da Sledgehammer Games, há motivos para confiança. Não esquecer que existe ainda o modo Zombies, que complementa a campanha e o multijogador. Call of Duty WWII tem tudo para triunfar.

Experimentámos Call of Duty WWII na Gamescom a convite da PlayStation, que custeou a viagem e estadia.

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Call of Duty: WW2

PS4, Xbox One, PC

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Jorge Loureiro avatar

Jorge Loureiro

Editor

É o editor do Eurogamer Portugal e supervisiona todos os conteúdos publicados diariamente, mas faz um pouco de tudo, desde notícias, análises a vídeos para o nosso canal do Youtube. Gosta de experimentar todo o tipo de jogos, mas prefere acção, mundos abertos e jogos online com longa longevidade.

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