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Análise do AMD Ryzen 5 1600/1600X vs Core i5 7600K

A AMD acertou em cheio: o Ryzen é a melhor compra.

Desde que o Core i5 2500K foi lançado em Janeiro de 2011, esta linha de processadores quad-core tem sido a escolha mais frequente para os gamers que procuram montar um gaming PC razoável. O i5 é um processador rápido e os jogadores podem fazer-lhe oveclock, mantendo-o competitivo durante um período de 5 a 6 anos. Mas com o regresso da AMD o i5 encontrou um rival, especialmente no mercado x86, e o Ryzen 5 1600 e 1600X são simplesmente um produto irresistível: o Core i5 já não é a escolha óbvia para os gamers, pois agora tem uma concorrência genuína e forte. E para pouparmos tempo, caso tivéssemos de escolher entre um 7600K ou o Ryzen 5 1600, o qual é mais barato, escolheríamos o produto da AMD.

Para perceberes porque é que o Ryzen 5 é tão efetivo, vê este vídeo que te mostra as benchmarks do stock vs 4.8GHz overclock Core i5 7600K vs Core i7 7700K. Na maioria dos jogos testados, podemos ver que um i7 de stock supera um i5 com overclock. A performance single-core continua a ser importante, mas podemos chegar à conclusão que os aspetos mais importantes de um processador são os núcleos de processamento e a frequência das threads, com a maioria dos jogos modernos a favorecer processadores com mais de quatro núcleos. O resto da review fala por si mesma: aquilo que o Ryzen 5 deixa a desejar em clocks, compensa com muitas mais threads. Tanto o Ryzen 5 1600 como o 1600X têm 6 núcleos e 12 threads, disponíveis pelo mesmo preço de um i5 básico, o qual possui 4 núcleos e 4 threads.

Apesar de o Ryzen 5 ter uma enorme vantagem em termos de recursos básicos, a Intel continua a ter algumas vantagens fundamentais. No entanto, em termos de produtividade, não existe competição. O cinebench confirma que o Kaby Lake da Intel tem uma vantagem substancial no single-thread, mas a AMD claramente ganha nas benchmarks multi-core. O Ryzen 5 1600 até consegue derrotar o Core i7 7700K, apesar deste i7 ter uma vantagem de 1GHz sobre o processador da AMD. No entanto, o impacto de todas estas diferenças na produtividade e performance das aplicações varia, como é óbvio, havendo uma diferença mais acentuada em certas aplicações.

Por exemplo, na Digital Foundry faz-me muito video encoding. As benchmarks que podes encontrar mais abaixo são baseadas no trabalho feito por nós, envolvendo o processamento 4K com o programa Handbrake, usando os encoders x264 e x265. Essas benchmarks revelam que o processador da AMD, o qual é muito mais barato, é capaz de lidar com o h.264 encoding, derrotando sem qualquer esforço o i5, e ultrapassando ligeiramente o 7700K. No entanto, os resultados obtidos com o HEVC colocam o Ryzen entre o i5 e o i7, pois o x265 utiliza muito as AVX instructions, uma área na qual o CPU design da Intel supera de longe o Ryzen.

Neste vídeo podes ver uma comparação entre o Ryzen 5 e o Core i5, explicando o porquê do processador da AMD ser uma escolha mais acertada.Ver no Youtube
Ryzen 5 1600 Ryzen 5 1600X Ryzen 7 1700 Core i5 7600K Core i7 7700K
Núcleos/Threads 6/12 6/12 8/16 4/4 4/8
Base/Boost Clocks 3.2GHz/ 3.6GHz 3.6GHz/ 4.0GHz 3.0GHz/ 3.7GHz 3.8GHz/ 4.2GHz 4.2GHz/ 4.5GHz
Cache 16MB 16MB 16MB 6MB 8MB
TDP 65W 95W 65W 91W 91W
Cooler incluído Wraith Spire Nenhum Wraith Spire Nenhum Nenhum
Preço $214/£189 $249/£228 $299/£285 $242/£222 $350/£317

Como podemos ver, o i5 está claramente numa posição frágil. A sua performance per-core é exelente, mas a sua falta de hyper-threading prejudica-o significativamente, tanto nos jogos (tal como podes ver no vídeo da benchmark i5 vs i7) como em aplicações de produtividade. Entretanto, a AMD esmaga a concorrência através da força bruta em termos de recursos de processamento. Esta estratégia funciona bem nos benchmarks, e também tem impacto nos jogos, o que nos leva à seguinte questão: até que ponto é que o CPU é importante no gameplay?

O CPU é responsável por correr a lógica e simulação dos jogos (física, animação, entre outros) e depois preparar as instruções para o GPU. Idealmente, as frame-rates dos jogos deveriam ser limitadas pelo GPU, pelo v-sync, ou por um mecanismo que limite a frame-rate, pois assim o jogo corre de uma forma mais fluída. No entanto, a nossos testes mudam esta metodologia: nós corremos os jogos a 1080P nas ultra settings, ou perto delas, e juntamos uma overclocked Titan X Pascal ao processador. O objetivo disto é fazer com que os gráficos deixem de ser um fator que limite a performance, fazendo com que o CPU, e por consequência a memória de banda DDR4, sejam mais relevantes no teste. Isto não é um indicador da performance de um jogo num computador normal, mas permite-nos ver a diferença de poder entre os vários CPU. Para além disso, podemos assumir que quanto melhor for o resultado de um CPU, mais margem de manobra e poder adicional esse processador tem.

Em termos de equipamento, nós testamos os nossos Ryzen 5s numa motherboard MSI X370 Titanium, incluíndo dois módulos de GSkill Flare-X DDR4 3200 MHz. Uma vantagem central da AM4 platform é o facto de que o overclock da memória e do processador não estão limitados às boards mais caras - também verificamos resultados semelhantes numa board da Asus, a qual se baseia num chipset B350 mais barato. Caso queiras obter todo o potencial dos K chips desbloqueados da Intel, precisas de investir numa Z170 ou Z270, pois o overclock só funciona nestes chipsets mais caros, e até mesmo a tua DDR4 está limitada a 2400MHz em motherboards de linha de entrada. Esperançosamente, esta limitação artificial irá ser removida no futuro, pois a Intel agora tem concorrência e já não tem o mercado para si mesma.

O Cinebench faz render desta cena atribuindo um 'tile' a cada CPU thread no benchmark multi-core. Ou seja, o Ryzen 5 faz render de 12 tiles simultaneamente enquanto constrói esta imagem.
Ryzen 5 1600 Ryzen 5 1600X Ryzen 7 1700 Core i5 7600K Core i7 7700K
CineBench R15 Single Core 141 155 153 173 187
CineBench R15 Multi-Core 1137 1207 1390 654 963
Handbrake h.264 19.7fps 20.1fps 22.4fps 13.8fps 19.3fps
Handbrake HEVC 5.3fps 5.5fps 5.9fps 4.4fps 6.3fps

Tal como dissemos anteriormente, os engines dos jogos modernos dão preferência a designs multi-core, mas existe um engine que se destaca no nosso teste, o motor do Far Cry, devido à sua performance single-thread. Para além disso, quanto maior for a frequência, maior será a quantidade de frame-rates, explicando porque é que os dois Ryzen 5 derrotam o Ryzen 7, assim como é que o i5 e i7 estão muito à frente da AMD. Neste imagem podes ver uma comparação no Far Cry Primal, na qual comparamos um 3.2GHz Skylake i5 6500 com os Ryzen 5: O Ryzen 5 1600X precisa de correr a 3.6GHz para poder equiparar-se com o chip da Intel, o qual está a correr a 400MHz abaixo. Entretanto, o Ryzen 5 1600 representa a mesma carga de trabalho entre o R5 e o i5, apesar de o processador da AMD ter uma pequena vantagem em termos de memory bandwidth.

No entanto, nos outros a competição fica mais complicada. O Witcher 3, o Rise of the Tomb Raider, e especialmente o Crysis 3, adoram frequency, mas estes jogos também beneficiam dos multi-cores, por isso os Ryzens 5 têm uma vantagem significativa sobre o Core i5 stock. Neste aspeto, o Ryzen 5 encontra-se entre o Core i5 e o Core i7. No entanto, os números por vezes podem enganar. Por exemplo, o Assassin's Creed Unity parece correr melhor no i5, mas se analisarmos diferentes níveis deste jogo, podemos ver que o i5 ganha em níveis relativamente vazios, enquanto que o Ryzen 5 tem uma vantagem em áreas com muitos NPCs. Isto sugere que a frame-rate do i5 sofre um impulso em áreas menos úteis, mais 'vazias' em termos de renderização. Similarmente, no benchmark do Crysis 3, os resultados do i5 e do i7 sobem acentuadamente quando o ponto de vista muda quando o jogo troca para zonas mais dispersas.

Nós explicamos este comportamento no nosso vídeo da análise, mas o que importa reter é o seguinte: tal como os diversos engines tendem a funcionar melhor no i5 ou nos Ryzens 5, a performance destes processadores também pode variar dependendo dos vários níveis e cenas dos jogos. E, como é óbvio, os resultados podem ser diferentes, dependendo das cenas que são escolhidas no benchmark.

Para ilustrar o que estamos a dizer, a Novigrad City do Withcer 3 pode facilmente usar o i5 quad a 100% em todos os núcleos, e o Ryzen 5 é mais rápido aqui. No entanto, se fizermos benchmark num local que exija menos do processador, o i5 ganha ao Ryzen 5. Nos nossos testes tentamos concentrar-nos nestas áreas mais exigentes, e chegamos à conclusão que, tendo em conta o preço, o Ryzen 5 é mais versátil, e mais potente em jogos e áreas que exigem mais do CPU.

No entanto, quando testamos o Core i7 7700K, um processador mais caro, o cenário muda. Apesar deste processador ter menos dois núcleos que os Ryzen 5, o hyper-threading permite que este processador alcance resultados melhores nos nossos testes. Para além disso, apesar de o Crysis 3 fazer um bom uso do design multi-core da AMD, o 7700K é o único processador deste teste que te permite correr o jogo acima de 60 fps constantemente. Ou seja, o Core i7 7700K é um excelente processador, mas para teres acesso a esta potência vais ter de abrir os cordões à bolsa. Mas e o overclocking? Quando fizemos overclock a situação tornou-se mais exigente para este i7, e foi preciso um cooler de alta qualidade, mas conseguimos levar o Kaby Lake Core i5 e i7 aos 4.8Ghz. Mas até que ponto isto faz com que o i7 se aproxime do pódio? E será que o i5 consegue ser um melhor concorrente do Ryzen 5?

Ryzen 5, ao contrário do Core i5, funciona melhor em áreas exigentes, enquanto que o chip da Intel ganha terreno em áreas menos complexas. Esta imagem é do nosso benchmark ao Crysis 3, na qual podes ver que os Ryzen tem uma performance melhor em termos gerais.
1080p/Titan X OC Ryzen 5 1600 Ryzen 5 1600X Ryzen 7 1700 Core i5 7600K Core i7 7700K
Assassin's Creed Unity, Ultra High 116.4 118.7 114.8 121.4 132.2
Crysis 3, Very High 124.9 130.9 126.7 99.4 138.2
The Division, Ultra 129.8 130.9 129.8 132.0 133.8
Far Cry Primal, Ultra 91.8 96.1 84.7 117.2 137.9
Rise of the Tomb Raider DX12, Very High 95.6 99.8 95.2 89.7 126.5
The Witcher 3, Ultra, No Hairworks 106.1 111.6 109.3 97.7 139.4

Para os nossos testes de overclock, levamos cada um dos processadores ao seu limite. O Ryzen 1700, com oito núcleos a correr a 4.0Ghz, proporciona a melhor experiência que podes esperar obter de um processador AMD a correr numa socket AM4 (o limite de overclock do 1800X é praticamente o mesmo). Por outro lado, o 1600X também alcançou os 4.0GHz em overclock, e apesar de ter menos cores que o Ryzen 7, o 1600X não perde muita performance comparando com esse processador. No entanto, em todos os nossos testes com os Ryzen a correr a 4.0GHz, descobrimos que os níveis de voltagem, e por consequência o sobre-aquecimento, necessitam de uma solução de arrefecimento substancial. Curiosamente, mesmo com o suporte de arrefecimento líquido, o nossos Ryzen 5 1600 'apenas' alcançou 3.8GHz. Mas existem boas notícias, podes alcançar esta frequência se usares o Wraith Spire e ventoinha que este processador trás incluído, ou seja, não precisas de melhorar o sistema de arrefecimento.

Este fator é crucial pois, para além do Ryzen 5 1600 ser mais barato que o 1600X, poupas ainda mais dinheiro, pois não precisas de comprar um cooler. E o mesmo se passa com os chips da Intel: apenas os non-K chips, os quais são bloqueados, trazem coolers, mas estes coolers claramente não foram construídos para sofrerem overclock. Por outro lado, o Ryzen 5 1600 inclui o Wraith Spire, o qual é capaz de entregar uma boa performance neste aspeto, e entre os processadores que testamos aqui, é de longe a melhor escolha em termos monetários. Quando passas de 3.2GHz para 3.8GHz, o aumento da frame-rate é incremental, mas permite-te alcançar aqueles frames extras e proporciona-te uma vantagem psicológica, pois estarás a ultrapassar o 1600X, o qual é mais caro. Para além disso, o facto de que não precisas de gastar mais dinheiro em coolers, apenas aumenta a sensação de vitória.

Aparentemente, um aumento de 6-8% de performance através de um overclock ao CPU pode parecer irrelevante, mas este aumento de performance é mais consistente para os gamers, pois caso uses um ecrã de 60Hz, irás ter uma taxa de 60fps mais consistente. Por outro lado, o Far Cry Primal conseguiu alcançar um aumento de 18% na sua performance quando usa o i5, pois este jogo foca-se no desempenho single-thread. No entanto, a ideia de que o i5 pode ser equiparado com a experiência proporcionada pelos Ryzen 5 através do overclocking não foi totalmente validada pelos nossos resultados. De uma forma geral, podemos chegar à conclusão que o overclock favorece mais a Intel do que a AMD, mas se olharmos para os nossos resultados, principalmente nas cenas individuais, podemos ver que mesmo um core speed de 4.8GHz não ajuda muito nas cenas mais complexas que o i5 teve problemas utilizando as velocidades originais. Ter mais núcleos pode mesmo fazer uma grande diferença.

Os jogos que se focam no desempenho single-thread fazem do i5 o campeão, e a distância apenas aumenta quando o overclock entra na equação.
1080p/Titan X OC Ryzen 5 1600 3.8GHz Ryzen 5 1600X 4.0GHz Ryzen 7 1700 4.0GHz Core i5 7600K 4.8GHz Core i7 7700K 4.8GHz
Assassin's Creed Unity, Ultra High 118.9 119.8 120.2 125.4 132.9
Crysis 3, Very High 132.7 134.3 142.3 108.6 145.5
The Division, Ultra 129.6 130.9 130.5 134.6 133.9
Far Cry Primal, Ultra 98.7 100.9 96.9?? 137.4 140.1
Rise of the Tomb Raider DX12, Very High 100.7 100.2 104.5 97.8 131.0
The Witcher 3, Ultra, No Hairworks 112.5 115.6 120.0 114.9 145.2

Obviamente, o i7 tem uma vantagem enorme em muitos jogos e tem uma performance melhor do que os outros processadores deste teste. No entanto, quando comparado com um processador Ryzen 7 de oito núcleos, existe um resultado que precisa de explicação: o Crysis 3 num Ryzen 7 a correr a 4.0GHz lida melhor com áreas complexas do nosso benchmark, ultrapassando o 7700K a 4.8GHz, para além de ter uma frame-rate melhor nos vista shots. Entretanto, o i7 proporciona uma frame-rate muito melhor em áreas menos complexas - não temos completamente a certeza se isto representa uma uma performance de gameplay relativa entre estes dois chips. No entanto, mesmo fazendo overclock a todos os processadores do nosso teste, o i7 continua a ser o único CPU capaz de correr o Crysis 3 acima dos 60fps. No final da sequência que usamos no teste, o Crysis 3 é capaz de transmitir novos dados do nível enquanto processa um vista shot intenso - surpreendentemente, esta combinação de de cargas de trabalho pesadas, causa uma dificuldade momentânea que favorece a Intel. O Ryzen de oito núcleos com overclock corre a 56fps, enquanto que o 7700K alcança os 73fps.

A nossa metodologia de testar a CPU performance em jogos é boa para apurar a performance em cargas de trabalho semelhantes, mas a verdade é que não seja muito provável que CPUs de gamas semelhantes a do Ryzen 5 e Core i5 sejam usados com uma Titan overclocked no dia-a-dia. O mais provável, é que estes processadores sejam usados com placas gráficas que limitam a performance, como por exemplo a GeForce GTX 1060 e Radeon RX580. Em suma, efetuamos overclock aos nossos processadores e jogamos alguns jogos exigentes, usando o Ryzen 5 1600 e o Core i5 7600K em conjunto com uma gráfica da Nvidia. O resultado final? O Witcher 3 corre ligeiramente mais rápido no i5, apesar de a diferença ser quase nula, e ambos os CPUs podem entregar facilmente 60fps bloqueados. O Far Cry Primal - a desgraça da AMD nos CPU benchmarks - corre identicamente no i5 e no Ryzen 5 utilizando uma GTX 1060.

No entanto, o Crysis 3 é outra história. Na sequência da selva, este jogo alterna entre os limites do CPU e do GPU, e o Ryzen 5 1600 claramente tem vantagem sobre o chip da Intel, conseguindo alcançar cerca de 10-15fps extra. Tal como mencionamos na nossa Skylake-X review, apesar de o Crysis já ter mais de 4 anos, este jogo continua a exigir muito do hardware quando se usa os High settings, principalmente do hardware da gama i5, independentemente de qual for o modelo que tiveres, do overclock, ou da velocidade da tua memória DDR4. Apenas o 7700K conseguiu ultrapassar os 60fps constantemente neste jogo exigente, mas sendo um processador de entrada-média, o Ryzen 5 sagra-se como vencedor. E lembra-te - neste teste, o i5 está a correr com uma vantagem de 1GHz, usando um circuito fechado de arrefecimento líquido. Por outro lado, o chip da AMD usa o cooler de fábrica.

A vantagem que o Ryzen tem em ambientes de trabalho exigentes a nível de threads não existe apenas nas benchmarks - o Ryzen 5 é claramente melhor a manter-se acima dos 60fps.

É bastante simples entender o resultado que alcançamos com o nosso teste em ambiente fechado e em ambiente de 'vida real' a 1080p60. O Core i5 continua a ser um CPU muito potente para gaming, tal como sempre foi. Porém, mesmo com uma GTX 1060, podes deparar-te com cenários que exigem muito do CPU, e desde que passamos para a nova geração de consolas, a maioria dos developers construíram os seus engines à volta de designs multi-core. Isto também se aplica ao PC, e parece que o Ryzen 5 está a tirar partido deste aspeto.

Ryzen 5 vs Core i5: o veredicto da Digital Foundry

Ou seja, os gamers agora têm à sua disposição duas linhas de CPU muito boas. A maioria dos resultados e informações obtidos pelos nossos testes, incluindo o aspeto monetário, indicam que o Ryzen 5 é a melhor compra neste segmento do mercado, especialmente o modelo que não inclui o 'X'. Isto é especialmente constrangedor tendo em conta os únicos chips i5 bloqueados que tínhamos tido em conta para montar uma máquina gamer: o COre i5 7500 e 7600 bloqueados. Apesar de ficar mais caro, podes fazer overclock a qualquer chip Ryzen, assim como os podes correr mais rapidamente com memória mais rápida. Mas estes 'luxos' apenas são permitidos com uma 7600K ou com as melhores motherboards da Intel. Por outro lado, o chip i5 K desbloqueado, o qual permaneceu invencível durante muito tempo, tem problemas com cargas de trabalho mais elevadas, sendo ultrapassado pelo Ryzen 5 com seis núcleos, enquanto que as tarefas non-gaming fazem bom uso destes núcleos e threads extra.

As más notícias para a AMD, caso lhes queiras chamar isto, é que a a 1600X pode parecer um pouco supérflua quando comparada com a 1600 normal. Mesmo com as velocidades de fábrica, a diferença na performance não é enorme, e se fizeres overclock à 1600 podes facilmente ultrapassar a performance da 1600X. A nossa 1600 pode não fazer overclock até aos 4.0GHz, tal como a 1600X faz, mas é capaz de alcançar 3.8GHz sólidos usando apenas o cooler de origem, o que nos deixa felizes em trocar 200Mhz pela quantia de dinheiro que poupamos. No entanto, o dinheiro que poupas na compra do teu Ryzen, deveriam ser investidos em RAM mais rápida, tentando alcançar os 3000MHz ou mais. Este aspeto é mencionado em vários artigos do Ryzen, mas para sermos justos, tal como podes ver na análise ao Core i5 7600K, este processador também precisa de memória RAM mais rápida caso queiras extrair todo o poder deste chip da Intel.

Notavelmente, a performance geral dos Ryzen 5 é tão boa que a compra de um Ryzen 7 de oito núcleos pode ser questionável caso o teu objetivo seja construir uma máquina para jogos. Existe uma falta de proporção de escala entre seis e oito núcleos, baseando-nos nos resultados do teste 1600X vs 1700 4.0GHz, e até há um cenário (no Far Cry, como é óbvio) onde os seis núcleos a 4.0GHz oferecem um resultado ligeiramente mais rápido do que o resultado alcançado por oito núcleos a correrem na mesma frequência. O Ryzen 5 tem tanto para oferecer que acaba por se tornar numa espada de dois gumes: é bom a curto prazo, pois vais obter um exelente produto por um bom preço, mas caso um dia penses em melhorar a performance do CPU, o Ryzen depende muito de revisões e melhoramentos futuros do Zen core.

Isto é menos preocupante na Intel. O Core i5 pode ser melhorado para o i7, oferecendo uma grande quantidade de poder extra, mas com as notícias de que os processadores de oito núcleos não vão correr nas motherboards Z170 e Z270, um i7 quad-core é o melhor que podes adquirir. Isto parece justo o suficiente, excluindo o facto de que faltam apenas alguns dias/semanas para a Intel confirmar a sua linha de i5 e i7 com seis núcleos. Ainda não se sabe como é que estes processadores da Intel se vão sair a nível de valor monetário, mas segundo a performance do Core i7 7800, um chip de seis núcleos com um preço amigável poderia fazer com que a balança favorece-se a Intel.

Mas tendo em conta que os Ryzen 5 já estão à venda, o Ryzen 5 1600 é a nossa escolha de eleição para o mainstream gaming. E isto é simplesmente um feito fenomenal, tendo em conta que os chips i5 K da Intel têm ganho o coração de milhões de PC gamers desde 2011. A alternativa da AMD é mais rápida onde precisa de ser, mais adequada para engines de jogos modernos, e acaba por ser uma espécie de híbrido entre o i5 e os i7 four-core/six-core, dependendo da forma que os recursos são empregados. A AMD está no seu melhor: inovadora e rompente, trouxe uma mudança radical a um mercado estático, introduzindo um produto alternativo simplesmente fenomenal.

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Richard Leadbetter

Technology Editor, Digital Foundry

Rich has been a games journalist since the days of 16-bit and specialises in technical analysis. He's commonly known around Eurogamer as the Blacksmith of the Future.
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