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Cars 3: Driven to Win - Análise

Para os mais pequenos.

Um jogo feito a pensar nos mais pequenos mas com argumentos muito limitados.

Conhecida por Disney Infinity e vários jogos inspirados em filmes da Disney, a Avalanche Software está de volta com mais uma proposta que encaixa na perfeição nos seus propósitos: a criação de experiências feitas a pensar nos mais novos. Em 20 anos de existência, a Avalanche Software (não confundir com a Avalanche Studios de Just Cause) entrega o seu segundo jogo de condução com este Cars 3: Driven to Win. Relembrando outras eras, em que os filmes chegavam acompanhados pela adaptação para videojogo, Cars 3 poderá ser um perfeito exemplo do melhor e do pior desses anos que não ficaram na memória de ninguém. Pelo menos por boas razões. Anos marcados por experiências que comprometiam imenso apenas para chegar ao mesmo tempo que o filme e eram encaradas pela indústria como propostas de "menor perfil".

Especializada na adaptação de experiências em géneros consolidados para jogos direccionados para uma audiência mais nova, a Avalanche convida as famílias a permanecer no mundo do filme que assistiram nos cinemas, através de um jogo de corridas. Como não podia deixar de ser, Cars 3: Driven to Win combina um gameplay simples e directo com as características únicas do mundo da Pixar. Isto significa que os circuitos são simples, a condução muito acessível e existem muitas acrobacias para executar e ganhar turbo. Isto não implica que a dificuldade seja baixa, até porque existem diferentes níveis de dificuldade, para os pais que querem jogar o jogo dos filhos. Cars 3: Driven to Win até poderia ser uma experiência divertida, não fosse ele um belo exemplo das adaptações razoáveis ou meramente competentes que surgiam há tantos anos atrás.

A criação de um jogo para uma audiência mais jovem implicou a simplificação de mecânicas, design básico de circuitos e a tentativa de introduzir humor através das falas dos diversos personagens. Combina bem com o universo da Pixar e funciona de forma altamente competente. Não é um jogo que cometa falhas muito graves, simplesmente compromete-se a executar um trabalho de uma forma muito básica.

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"Cars 3: Driven to Win é um jogo para os mais pequenos, mas isso não justifica o gameplay e gráficos são demasiado simples."

Cars 3 aposta num gameplay arcada, fácil de controlar e com circuitos relativamente básicos. É um jogo claramente direccionado para os mais pequenos e que cumpre de forma competente os seus propósitos: transportar para aquele mundo os pequenos fãs. Inspirada em alguns dos melhores jogos da actualidade e nas próprias personagens do filme, a Avalanche permite-te executar drifts nas curvas, saltar e executar acrobacias aéreas, conduzir em duas rodas ou até em marcha-atrás para acumular turbo e deixar o resto a comer pó. Se acumulares o nível máximo de turbo, podes até deixar o teu carro todo poderoso e acelerar pelos adversários enquanto os envias pelos ares.

Gameplay simples e eficaz promovido por controlos simples e eficazes. A condução é competente o suficiente para entreter por algumas horas. Além das corridas básicas (corridas únicas ou várias seguidas em taças), assentes nas acrobacias e no turbo, tens ainda a possibilidade de entrar em Batalhas, que introduzem armas nas corridas. Além dessas três opções, tens também as Demonstrações Acrobáticas, onde ganhas mediante a pontuação obtida com as acrobacias que executas.

Apesar de servir uma estática muito específica, tão característica dos filmes da Pixar, Cars 3: Driven to Win não é um jogo visualmente tão agradável quanto poderia ser. Espalhar cor pelo ecrã não afasta a sensação que tudo é demasiado rudimentar para o seu próprio gosto. Nem a estética da Pixar é desculpa, a Avalanche deveria ter feito mais. As pistas são longas e variadas mas demasiado despidas e sem vida suficiente à volta dos circuitos. O próprio design dos circuitos é demasiado simples e sem capacidade para desafiar ou entusiasmar, servindo simplesmente o seu propósito, conduzir até à meta. Perante personagens tão famosas e uma estética tão fantástica, o motor da Avalanche não esteve à altura da exigência.

Cars 3: Driven to Win relembra uma outra era, quando os filmes chegavam ao cinema acompanhados por uma adaptação para videojogo. As pressões do tempo de desenvolvimento relativamente curto, os compromissos para converter um filme em videojogo a tempo da estreia, e frequentemente a incapacidade para captar a essência do universo, motivaram a indústria a olhar de lado para este tipo de produtos. Mesmo que seja direccionado para uma audiência mais nova, Cars 3: Driven to Win relembra essa era. A Avalanche entrega um jogo colorido, com vários modos de jogo e mecânicas inspiradas nos filmes da Pixar mas que infelizmente não surpreende na vertente técnica. Graficamente pobre e com uma fraca sensação de velocidade, a adaptação de Cars 3 para videojogo poderá ter um apelo muito limitado.

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Cars 3: Driven to Win

PS4, Xbox One, PS3, Xbox 360, Nintendo Wii U, Nintendo Switch

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Bruno Galvão avatar

Bruno Galvão

Redator

O Bruno tem um gosto requintado. Para ele os videojogos são mais que um entretenimento e gosta de discutir sobre formas e arte. Para além disso consome tudo que seja Japonês, principalmente JRPG. Nós só agradecemos.
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