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World Heroes Perfect: o mergulho da Alpha Denshi nos "fighting games"

Passado perfeito.

World Heroes Perfect é o último da série criada em 1992 para as arcadas Neo Geo pela produtora Alpha Denshi Corporation. O primeiro jogo, World Heroes, aproximou-se do modelo balizado pela Capcom em Street Fighter II. Enquanto que Fatal Fury, na época o popular jogo desenvolvido pela SNK divergia significativamente da obra da Capcom enquanto ganhava aclamação, a Alpha Denshi optou por um esquema um tanto mais conservador.

Os primeiros jogos corresponderam a entradas algo modestas. Ainda que capazes de proporcionar bons momentos, um conjunto de lutadores algo limitado, assim como animações menos detalhadas e cenários menos inspirados, resultaram em produções pouco mais que interessantes. A um ritmo de produção quase anual, a Alpha Denshi, sempre com o apoio da SNK, lançou uma derradeira edição em 1995 apenas para as arcadas, deixando de fora a versão AES.

Entre as novidades desta edição está a barra Hero, como se vê nos cantos inferiores, a partir da qual é possível executar os especiais.

Foram levadas a cabo mais algumas transformações, desde logo através de um esquema de socos e pontapés dividido por quatro botões, o que injectou mais alguma variedade em termos de golpes, combinações e especiais, com possibilidade de aplicar especiais fortes e leves. É sobretudo em torno destes golpes especiais que se manifestam algumas novidades, especialmente em termos estratégicos, uma combinação que produz mais variedade. Desde logo porque estão disponíveis 16 personagens, mais três desbloqueáveis. Alguns modos de jogo presentes nas edições anteriores foram retirados, em prol de uma campanha tradicional.

Os 226 megas do cartucho, embora bem aproveitados, não são suficientes para colocar World Heroes Perfect num patamar superior ao de Fatal Fury e posteriores "fighting games" lançados pela SNK. As personagens estão bem desenhadas, constituem o "roster" mais forte e até os cenários estão mais cuidados e trabalhados, mas ainda é um jogo com uma apresentação de ponto de partida para o que viria a ser o melhor de um género em 2D, um pouco na linha dos primeiros Art of Fighting. Não obstante, à semelhança dos antecessores a fluidez e a velocidade com que as personagens se enrolam a combater é bastante apreciável. Os "sprites" são algo escassos, embora os golpes especiais constituam o ponto alto e seja por isso um jogo vistoso quando dois jogadores sacam dele o melhor proveito.

As versões dos jogos ACA Neo Geo na Switch contemplam alguns parâmetros que aproximam a experiência dos ecrãs das máquinas arcade da época, através das famosas scanlines.

Em termos de aspecto, na Switch, os jogos estão bonitos, com cores mais vivas e brilhantes. O update que a Hamster Corporation (responsável pela produção dos ports ACA Neo Geo na Nintendo Switch) lançou esta manhã, corrigiu os problemas que afectavam a marcha regular destes jogos, eliminando as cores desbotadas. Agora os gráficos são muito mais fiéis às versões arcade originais. Quem não o tenha jogado na antologia World Heroes ou na versão para a Virtual Console da Wii, tem aqui uma oportunidade para conhecer um interessante "fighting game". Não esperem um Real Bout ou um King of Fighters 98, mas ainda assim perfila-se como a derradeira e melhor versão da série.

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Vítor Alexandre

Redator

Adepto de automóveis é assim por direito o nosso piloto de serviço. Mas o Vítor é outro que não falha um bom old school e é adepto ferrenho das novas produções criativas. Para além de que é corredor de Maratona. Mas não esquece os pastéis de Fão.
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