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Until Dawn: Rush of Blood - Análise

Terror na realidade virtual.

Eurogamer.pt - Recomendado crachá
Apesar de alguns momentos frustrantes, Until Dawn: Rush of Blood é uma experiência aterradora para o PlayStation VR.

Until Dawn: Rush of Blood é mais um dos títulos de lançamento do PlayStation VR. Embora aproveite o nome de Until Dawn, lançado para a PlayStation 4 em Agosto de 2015, esta entrada para a realidade virtual não evoluí a narrativa da série. A melhor forma de descrever Until Dawn: Rush of Blood é como um jogo de tiros arcade com sustos pelo meio. É uma fórmula simples, mas funciona surpreendentemente bem no PlayStation VR.

Em primeiro lugar, Until Dawn: Rush of Blood consegue anular os efeitos do enjoo de movimento que atormenta alguns jogos da realidade virtual. O efeito é anulado de uma fórmula simples, colocando o jogador num assento de uma montanha-russa. O enjoo de movimento surge quando num jogo estamos em movimento e o nosso corpo fica parado (o que causa confusão ao cérebro), no entanto, como neste caso estamos sentados (o que está em movimento é o vagão) não há qualquer enjoo. Mesmo quando o vagão se está a deslocar a grandes velocidades e surgem descidas a pique, não senti qualquer desconforto.

Como já referi, Until Dawn: Rush of Blood não evolui a narrativa da série, no entanto, aproveita alguns dos seus elementos, como o assassino mascarado e os monstros da montanha. Após concluir todos os níveis, confesso que pouco ou nada percebi da história, no entanto, parece-me que o destaque são as emoções que suscita e a intensidade da experiência. Until Dawn: Rush of Blood, aproveitando as capacidades do PlayStation VR, leva a imersão ao próximo nível. É um exemplo em que parece mesmo que estamos dentro do jogo, e no que toca à realidade virtual, é disto que estamos à procura!

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O primeiro nível é apenas uma espécie de tutorial com poucos momentos assustadores, mas os níveis seguintes são intensos. Cada nível tem um tema diferente, e dependendo das vossas fobias, poderão assustar-se mais nuns do que noutros. No meu caso odeio aranhas... adivinhem qual é o tema de um dos níveis de Until Dawn: Rush of Blood? Foi a primeira vez onde me senti verdadeiramente arrepiado num jogo da realidade virtual, e não era para menos... havia tarântulas maiores do que a palma da minha mão a trepar pelo vagão acima, enquanto outras ficavam penduradas do tecto a cuspir veneno ou por vezes a saltarem directamente para a minha cabeça. Dei por mim a desviar a cabeça enquanto as tarântulas saltavam para mim, embora no fundo ainda tivesse consciência de que o que estava a ver não era real.

O nível das tarântulas, embora tenha sido o mais arrepiante, não é único que assusta. Until Dawn: Rush of Blood adora colocar monstros extremamente próximos da nossa cara, o que causa sempre um susto repentino. Num nível já perto do fim, em que o vagão está a descer um elevador típico de uma mina, os monstros começam a aparecer à esquerda, à direita e por cima. É um momento claustrofóbico em que simplesmente disparámos desenfreadamente para tudo o que aparece. No que toca a usar os conhecidos jump scares, Until Dawn: Rush of Blood é culpado, mas este tipo de sustos encaixam muito bem na experiência, visto que se trata de uma espécie de montanha-russa do terror.

Existem duas formas de jogar Until Dawn: Rush of Blood: com o Dualshock 4 ou com o PlayStation Move (independentemente da vossa escolha, o controlo é por movimentos). A primeira impressão é que o PlayStation Move é uma melhor opção, dado que desta forma conseguimos controlar individualmente a arma da mão esquerda e a arma da mão direita, contudo, depois de experimentar ambas as opções, acabei por optar pelo Dualshock 4 por ficar com a impressão de conseguia ter uma maior precisão nos tiros. Em vez de seguir o exemplo dos tradicionais jogos de tiro arcade e optar por colocar uma mira no centro do ecrã, a nossa mira são duas lanternas. Para onde apontamos as lanternas é o sítio para o qual vamos disparar, mas como a luz se dispersa com a distância, é difícil ter precisão nos tiros a longa distância.

"É um dos títulos que aproveita a imersão do PlayStation VR e que realmente nos faz sentir dentro do jogo"

Na maioria das vezes a PlayStation Camera faz um bom trabalho em seguir os nossos movimentos, mas existem limitações. Embora seja possível olhar para trás rondado a cabeça, o ângulo de rotação dos braços está limitado a 180 graus. Quanto rodámos demasiado os braços, para tentar disparar contra alguma coisa que está a ficar para trás, a animação dos braços no jogo fica deficiente. Como um jogo de tiros, Until Dawn: Rush of Blood é divertido. As diferentes armas que podemos disparar dão um bom feedback e rebentar com os membros dos adversários dá gozo, no entanto, existem momentos de frustração, principalmente nos momentos finais dos níveis, onde habitualmente aparece um boss.

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O último nível é particularmente irritante. O impacto inicial deste nível é fenomenal, mas depois temos que passar por secções repetitivas em que temos de destruir tentáculos. O problema aqui é que os tentáculos, se não forem destruídos num curto período de tempo, matam-nos com um só golpe. Quanto isto acontece, temos que repetir a secção de novo, o que se torna frustrante. Nesta parte também temos que apontar rapidamente para vários sítios, e nesta situação em particular, sentimos uma falta de precisão das armas devido à inexistência de uma mira tradicional. Apesar deste último nível que não deixou boas impressões, o resto da experiência deixou-nos satisfeitos.

Until Dawn: Rush of Blood não é um jogo longo. Se tiverem vontade, conseguem chegar ao fim numa tarde. Existe algum valor de repetição, sabendo que cada nível tem um segredo para descobrir e que podem competir pela melhor pontuação nas tabelas online. Por outro lado, custa apenas 19.99 euros, uma fracção do que um jogo habitualmente custa em Portugal. Por este valor sentimos que esta experiência vale a pena, especialmente se gostam de jogos de terror. Mais do que isto, é um dos títulos que aproveita a imersão do PlayStation VR e que realmente nos faz sentir dentro do jogo.

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Sobre o Autor
Jorge Loureiro avatar

Jorge Loureiro

Editor

É o editor do Eurogamer Portugal e supervisiona todos os conteúdos publicados diariamente, mas faz um pouco de tudo, desde notícias, análises a vídeos para o nosso canal do Youtube. Gosta de experimentar todo o tipo de jogos, mas prefere acção, mundos abertos e jogos online com longa longevidade.
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