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Precisam os jogadores de um Days Gone?

Novo exclusivo da Sony é mais um jogo de Zombies.

"Não são zombies, são Freakers" - começou por explicar Ron Allen, Designer Sénior da Sony Bend, o estúdio responsável pelo novo exclusivo da Playstation 4. Boa parte da apresentação privada do jogo, a que assistimos durante a E3, foi dedicada a uma tentativa inglória - explicar porque é que este jogo é diferente de tudo o resto. Na verdade não o parece ser, mas isso não significa que não seja capaz de agradar a todo um público que ainda não se fartou de Zombies, mesmo tantos anos depois do novo despertar da temática, que inundou televisões, cinemas e videojogos.

Days Gone é um jogo em mundo aberto e os produtores não se cansam de enfatizar que cada um poderá jogá-lo como quiser. De facto, comparando com a demonstração apresentada durante a conferência da Sony na E3, agora foi possível ver novos caminhos e formas de despistar o gigante agrupamento de Freakers no caminho de Deacon St. John, a personagem principal de Days Gone, que tem um passado que lhe abre o apetite por violência, assim explica a equipa de produção.

Deacon é um motard. E a sua fiel amiga, a mota, terá um papel importante no jogo, nomeadamente na forma como o jogador poderá abordar certos confrontos com os inimigos. Os próprios produtores do jogo não escondem o fascínio por motas. Explicam que o jogo mostrará conceitos ligados a este mundo que nada têm a ver com criminalidade, tais como o amor ou a irmandade. Deacon não tem casa. De mota, andará sempre à procura de um novo sítio para sobreviver.

A forma como o jogo é abordado depende de cada jogador. É possível usar um estilo furtivo, escapando ao confronto, ou entrar a matar, tipo Rambo. Em cada fase do jogo também pode haver um estilo mais benéfico, mas isso cabe a cada um descobrir.

Days Gone retrata um mundo onde houve uma epidemia, mas no qual ninguém parece saber o ao certo o porquê de tal acontecimento. Uma entre as várias pessoas que assistiam à apresentação exclamou: "É como o The Walking Dead!". O apontamento ficou sem resposta. Depois perguntei a Ron Allen se achava que os jogadores ainda queriam mais jogos de Zombies. Explicou que este jogo traz diferenças. Os Freakers são seres vivos num ecossistema. Bebem água para sobreviver e têm memória residual, o que vai justificar certas atitudes no decorrer do jogo. Temas como o amor e a perda serão centrais na ação.

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Um dos grandes trunfos do jogo parece ser a quantidade interminável de inimigos no ecrã. É impressionante ver tantos inimigos ao mesmo tempo, quase como na mítica cena de World War Z, onde os Zombies, uns sobre os outros, pulam um muro gigante. Os cenários de jogo serão variados, desde zonas de montanha a ambientes com neve, num jogo que conta com um ciclo de dia/noite e um sistema de condições meteorológicas que promete alterar a forma como se joga.

A inspiração na série The Walking Dead, até no que ao personagem principal diz respeito, parece óbvia. O ambiente do jogo tem parecenças com o mundo de The Last of Us. E com tantos outros jogos já em mundo aberto, será Days Gone capaz de encontrar o seu espaço? A resposta poderá estar na forma como conseguir criar um mundo realista dentro de um largo mapa, com quantidades impressionantes de inimigos. O novo exclusivo da Sony parece uma mescla de muitos outros mas, ao mesmo tempo, poderá bem ser capaz de criar algo que ainda não foi feito. Pelo menos em escala tem tudo para assim ser.

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Days Gone

PS4, PC

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Ricardo Madeira

Contributor

É redator e dá voz à Eurogamer Portugal. É um dos mais antigos membros da equipa, e ao mesmo tempo um dos mais novos. Confusos? É simples.
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