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The Division: A segunda Incursion é melhor do que a primeira?

As nossas impressões da actualização Conflict.

Foi na passada Terça-Feira que The Division foi actualizado com diversas novidades. Depois de uma primeira actualização e de uma Incursion que deixaram a maioria dos fãs desiludidos, a Massive Entertainment tinha muito a provar nesta segunda entrega. Após uma paragem de algumas semanas, para testar novos jogos ou para voltar a outros, regressamos à Manhattan destruída de The Division para conferir as novidades que tem para oferecer. Mais uma vez, um dos destaques da nova actualização é uma nova Incursion, chamada Clear Sky.

A primeira Incursion, Falcon Lost, decorria num espaço fechado e o objectivo era sobreviver a 15 ondas de inimigos enquanto colocávamos bombas num tanque. A nova Incursion é diferente. Em vez de um espaço fechado temos uma área aberta, e além disto, está separada em duas zonas, dando uma melhor sensação de progressão. Aliás, pela primeira vez existe um checkpoint na Incursion, pelo que se morrerem, não terão que começar tudo de novo. O espaço aberto, no meio de arranha-ceús, e o checkpoint são adições bem-vindas, mas a nova Incursion está longe de ser perfeita.

O grande problema da Incursion Clear Sky é o respawn infinito de inimigos. Basicamente, os inimigos não deixam de aparecer, independentemente de quantos matarem. O objectivo da Incursion passa por transportar objectos do ponto A para o ponto B debaixo do fogo inimigo. Na primeira zona, temos que transportar duas bombas, dropadas por inimigos específicos, para desimpedir o caminho. Na segunda zona o objectivo é transportar duas malas para desactivar as defesas de um helicóptero despenhado (mas que continua com as armas activas) e depois derrotar o boss, que não passa de um inimigo igual (mas com mais vida) entre dezenas de inimigos.

A Massive Entertainment tinha prometido novas mecânicas para a nova Incursion, mas aqui não há nada de novo. A mecânica de transportar as malas já tinha aparecido nas missões da história, e quando aplicada nesta Incursion, torna-se hilariante e frustrante ao mesmo tempo. Hilariante porque é ridículo ter que transportar uma mala a andar (quando pegamos nela não conseguimos correr) e estar debaixo de fogo de dezenas de inimigos. Ao mesmo é tempo é frustrante pois os inimigos são infinitos, e isto aliado aos mísseis lançados pelo helicóptero, tornam a Incursion caótica.

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Embora seja verdade que o espaço de movimentação de Clear Sky seja maior do que Falcon Lost, a Massive castiga os jogadores por esta maior liberdade ao implementar inimigos infinitos. Ainda assim, uma equipa de jogadores com boas estatísticas, principalmente no que toca a vida, conseguem passar a Incursion com alguma facilidade (pelo menos em Hard Mode, o Challenge Mode será desbloqueado depois), devido à capacidade para absorver o dano causado pelos inimigos infinitos. Apesar de algumas melhorias, esta segunda Incursion está longe de poder ser comparada a uma Raid e as missões da história em dificuldade Challenge conseguem ser mais divertidas.

Mas nem tudo é mau nesta segunda actualização, que de facto, trouxe melhorias. A grande melhoria é a maior quantidade e qualidade de loot em qualquer uma das actividades que o jogo tem para oferecer. As peças dos Gear Sets agora aparecem com frequência, seja depois de derrotarmos os bosses das missões diárias ou da Dark Zone. Os bosses das missões diárias também dão agora três itens high-end de cada vez, pelo que no geral sentimos que somos mais recompensados por jogarmos. Antes desta actualização, o loot era escasso e maioria acabava ser pior do que aquilo que já tínhamos.

O espaço da Incursion Clear Sky é mais bonito e memorável do que o armazém de Falcon Lost

Além da Incursion, a Massive também adicionou novas actividades para o mundo-aberto, que pouco depois do lançamento ficou abandonado. As novas actividades são os High Value Targets, que se encontram espalhados por Manhattan. Existem vários alvos diários e semanais, e para participarem nestas missões, precisam de Intel. Esta nova moeda é ganha ao completar pequenos objectivos que ficam desbloqueados depois de limparem todas as actividades secundárias de uma determinada área.

O High Value Target mais caro custa 40 de Intel, e só têm uma chance de o eliminarem. Se perderem, terão que voltar a reunir 40 de Intel, o que ainda demora algum tempo. Mas vale a pena. Este High Value Target, que é semanal, dá Gear Sets com 240 de Gear Score bem com itens High-End. Através destes alvos e das missões diárias, podem conseguir bons equipamentos, pelo que não precisam necessariamente de concluírem a Incursion para melhorarem a vossa personagem. Aliás, as blueprints dos vendedores da Dark Zone continuam a ser a melhor forma de obter equipamentos excelentes.

"A grande melhoria é a maior quantidade e qualidade de loot em qualquer uma das actividades"

Outra novidade é a separação da Dark Zone por Gear Score. Os jogadores com menos de 201 de Gear Score vão para a Darkzone de nível mais baixo, onde os inimigos aparecem no máximo a nível 32. Os jogadores com mais de 201 de Gear Score, vão para a "nova" Dark Zone, onde nas zonas mais difíceis os inimigos aparecem a nível 34. Esta separação, feita para proteger os jogadores mais fracos dos mais fortes, acaba por criar outros problemas. O primeiro problema é que um Gear Score elevado não significa propriamente uma personagem forte. Devido às muitas variáveis das armaduras, uma peça de 214 de Gear Score pode ser muito melhor do que uma de 240.

Os novos Gear Sets têm habilidades interessantes, mas a grande maioria dos jogadores continuam a preferir os antigos.

No meu caso, a minha personagem está acima de 201 de Gear Score, no entanto, um inimigo de nível 32 com vida amarela facilmente me derruba, principalmente se tiver uma caçadeira na mão, que causam muito dano e têm um alcance ridículo. Deste modo, praticamente somos forçados a entrar na Dark Zone acompanhados, mesmo nas secções mais fáceis. O problema do Gear Score também se aplica à Incursion, cujo Gear Score recomendado é de 180 (o mínimo é de 160). Uma equipa de jogadores com 180 de Gear Score terá muita dificuldade em sobreviver à Incursion, principalmente na segunda parte. Esta questão do Gear Score já vêm da primeira Incursion, em que o Gear Score mínimo era de 140, mas que com esta actualização foi actualizado para 160. Pelo lado positivo, a Dark Zone de 201 de Gear Score dá melhor loot e garantidamente Division Tech High-End, um material valioso para o crafting.

Colocando tudo na balança, a nova actualização é um misto. O aumento na qualidade e quantidade do loot é um passo na direcção certa e que ajudará a manter os jogadores contentes. A adição dos High Value Targets também é positiva, mas por outro lado, a nova Incursion continua a apostar numa dificuldade artificial e no spam de inimigos em vez de apostar em mecânicas mais complexas. Apesar da segunda Incursion ser novamente uma desilusão, no geral, a segunda actualização é melhor do que a primeira. De realçar que esta foi a última adição de conteúdos gratuita, e que de agora em diante, os novos conteúdos serão DLCs pagos, incluídos no Season Pass 39.99 euros. Se a Massive quiser justificar este preço, a qualidade dos conteúdos terá que aumentar.

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Tom Clancy's The Division

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Sobre o Autor
Jorge Loureiro avatar

Jorge Loureiro

Editor

É o editor do Eurogamer Portugal e supervisiona todos os conteúdos publicados diariamente, mas faz um pouco de tudo, desde notícias, análises a vídeos para o nosso canal do Youtube. Gosta de experimentar todo o tipo de jogos, mas prefere acção, mundos abertos e jogos online com longa longevidade.
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