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The Division: A primeira Incursion é uma desilusão

A Massive ainda tem muito para aprender.

Depois de mais de um mês de espera, The Division recebeu finalmente na passada Terça-Feira a primeira Incursion, uma nova missão para o end-game muitas vezes comparada a uma Raid, as actividades mais difíceis e recompensadoras nos jogos deste género. Com um end-game inicialmente limitado às missões diárias e à Dark Zone, a chegada da primeira Incursion era essencial para manter o jogo vivo entre a comunidade, dando razões aos fãs para continuarem a jogar e a melhorar o equipamento da sua personagem. Depois de alguns tentativas falhadas com o sistema de matchmaking da Incursion, este fim-de-semana finalmente conseguimos reunir uma equipa de conhecidos e chegar ao fim desta actividade. Será que cumpre as expectativas?

A primeira Incursion de The Division está muito longe de poder ser comparada a uma Raid, e caso as vossas expectativas apontassem para algo semelhante às Raids de Destiny (já que muitos jogadores deram o salto de um jogo para o outro), então ficarão desiludidos. A Incursion é mais como se fosse um modo Horde, em que o objectivo é sobreviver a ondas de inimigos cada vez mais difíceis. No total existem 15 rondas de inimigos e boss que assume a forma de um APC (uma espécie de tanque). A mecânica para derrotar o boss é fácil de perceber. Nas rondas 4,8,11 e 15 surge um inimigo que larga uma bomba. Um dos quatro jogadores da equipa tem que pegar na bomba e colocá-la na parte de trás do APC. Enquanto isto, os restantes membros da equipa têm que desactivar duas turrets, uma no lado esquerdo e outra no lado direito.

Como a mecânica é extremamente fácil de perceber e fácil de coordenar, a dificuldade da Incursion tem que vir de outro lado. A dificuldade vem da quantidade de inimigos que aparecem (a nível 32 na dificuldade inicial e a 34 na dificuldade mais elevada) e das suas barras de vida. Este é o mesmo tipo de dificuldade que já tínhamos visto nas missões de dificuldade Challenge. Este é um tipo de dificuldade artificial que perde a relevância assim que os jogadores conseguirem melhor equipamento, de forma a esvaziar mais rápido as duradouras barras de vida dos inimigos. Portanto, em vez de colocar a dificuldade na concretização da mecânica da Incursion, a Massive optou pelo caminho fácil e simplesmente tornou os inimigos mais resistentes. A única dificuldade está mesmo nos inimigos, porque no design, a Incursion é extremamente simples.

"A Massive optou pelo caminho fácil e simplesmente tornou os inimigos mais resistentes"

Este não é único problema da Incursion. Outro dos problemas é que toda a acção decorre num espaço fechado. Ao longo das várias rondas, somos atacados por todos os lados (até por detrás e pelo ar graças aos drones), pelo que a estratégia mais viável para terminar a Incursion é ficar encostado a um canto. A oportunidade de mobilidade é reduzida, e mesmo que fiquem limitados a um canto, ainda poderão morrer devido à quantidade de granadas inesgotável que os inimigos lançam. Mais problemático ainda é que não existe qualquer checkpoint, nem quando chegam a metade das rondas de inimigos. Se a equipa toda morrer, terão que começar a Incursion de novo. Também é frustrante verificar que o matchmaking tem problemas. Se um jogador sair a meio da Incursion, o jogo procura outro jogador. Contudo, o novo jogador não consegue entrar na área da Incursion.

No fundo, a primeira Incursion de The Division não é divertida. O problema não está na dificuldade, até porque uma actividade destas tem que ser sempre desafiante. O problema está no design da Incursion e no tipo de dificuldade que a Massive criou. Não admira que haja jogadores que prefiram recorrer a um exploit para obter o loot da Incursion do que jogar. Claro que num jogo destes haverá sempre aqueles que optam pelo caminho mais fácil para obter as recompensas, mas no geral, a comunidade não parece contente com a primeira Incursion. Uma segunda Incursion está prevista já para o próximo mês, por isso, espera-se que a Massive tire apontamentos e seja capaz de apresentar algo com mais substância e com menos enfase em inimigos que são esponjas de balas.

Ver no Youtube

Mas nem tudo é mau. A Incursion chegou juntamente com uma actualização que veio adicionar algumas funcionalidades bem-vindas, como o sistema de trocas. Este sistema permite que, nas 2 horas seguintes depois de ganharem loot, dropem esse loot no chão para os outros jogadores da vossa equipa. É um sistema útil para ajudar os vossos amigos com equipamento mais fraco ou para trocar equipamentos repetidos.

"O melhor loot do jogo continua a vir do sistema de crafting"

Entretanto, na Dark Zone agora existem os supply drops, um evento que aparece de hora a hora. Os supply drops são caixas com loot que são largadas em várias zonas da Dark Zone. As caixas estão protegidas por inimigos e correm o risco de terem de competir com outros grupos de jogadores para as apanhar. A ideia dos supply drops é muito boa, se bem que o loot desilude na maioria das vezes. Enquanto que todos os bosses da Dark Zone dropam agora loot High-End (amarelo), os supply drops contém a maioria das vezes loot superior (roxo). É possível obter partes do novo Gear Set "Path of the Nomad", que está pensado para os jogadores que gostam de jogar sozinhos, mas é um drop raro.

Ainda assim, o melhor loot do jogo, principalmente no que toca às armas, continua a vir do sistema de crafting, e com esta actualização a Massive aumentou os custos e reduziu a quantidade de materiais que os jogadores obtém a desfazer os equipamentos. Por outras palavras, o grinding que o jogo requer para melhorarem ao máximo a vossa personagem é ainda maior do que antes. E se quiserem obter as melhores blueprints de armas, terão que atingir o nível 75 na Dark Zone, um aumento excessivo, já que antes apenas precisavam de estar a nível 50 para comprar os equipamentos melhores da Dark Zone.

Apesar desta actualização ter deixado a desejar, principalmente no que toca à Incursion, The Division ainda é um jogo com potencial, mas tal como dissemos na nossa análise, precisa de amadurecer e de ser refinado. Por aqui vamos continuar atentos ao jogo e a dar-vos as notícias sobre as próximas actualizações. Se já jogaram e/ou terminaram a Incursion de The Division, sintam-se à vontade para deixar as vossas impressões na secção de comentários.

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Jorge Loureiro avatar

Jorge Loureiro

Editor

É o editor do Eurogamer Portugal e supervisiona todos os conteúdos publicados diariamente, mas faz um pouco de tudo, desde notícias, análises a vídeos para o nosso canal do Youtube. Gosta de experimentar todo o tipo de jogos, mas prefere acção, mundos abertos e jogos online com longa longevidade.
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