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Razer Mamba TE - Análise

O rato mais preciso do mundo.

É um rato bem construído e muito ergonómico, mas é ligeiramente mais caro que o Deathadder e não oferece nada de novo.

A escolha de um rato é algo muito pessoal que varia de pessoa para pessoa. Na verdade, é similar a visitar uma loja para comprar roupa. Temos que escolher uma peça que se adapte a nós e com a qual nos sentimos confortáveis. Isto também é verdade para um rato. Os ratos para computadores existem em variadas formas e feitios, e uns têm funcionalidades que outros não têm. Uns são mais sensíveis, e outros nem tanto. Embora muitos optem pelo rato mais barato que encontrem à venda, um bom rato é um acessório fundamental para quem passa muitas horas em frente ao PC, principalmente a jogar, já que é aqui que faz a grande diferença.

O Razer Mamba Tournament Edition é um dos novos ratos desta marca. No ano passado testamos o Naga Epic Chroma, um rato indicado para MMOs já que tem 12 botões laterais para rápido acesso às habilidades. O Mamba é um rato completamente diferente, mais apropriado para um uso universal. À primeira vista parece um rato banal, mas tem vários pormenores que provam que a Razer teve cuidado no design. Só quando lhe colocamos à mão em cima, e depois de usarmos durante algum tempo, é que percebemos o quão bem concebido está este rato.

A sua forma é extremamente ergonómica, adaptando-se perfeitamente à curvatura da mão. Comparativamente ao Razer Deathadder, considerado várias vezes como um dos melhores ratos, a curvatura na parte superior é ligeiramente maior. Em termos de tamanho, é uns milímetros mais compacto. Apesar da pequena diferença, no Mamba conseguimos apoiar e descansar a mão na parte superior, enquanto no Deathadder a base da mão fica mais descaída. Como referi logo no início, a escolha de um rato é pessoal e depende das mãos de cada um, mas no meu caso (e devo dizer que tenho mãos pequenas), a curvatura e forma do Mamba encaixam muito bem. Apesar de ter usado o Deathadder durante vários meses, ultimamente o Mamba tem sido o meu rato de eleição.

"Se elevarem a sensibilidade ao máximo é incrivelmente difícil controlar o cursor"

Nos botões o Mamba Tournament Edition mantém a simplicidade. Na lateral esquerda temos dois botões juntos (um à frente e outro atrás), na parte superior está a roda para fazer scroll (também dá para clicar nela e empurrá-la para a esquerda e direita, ou seja, temos aqui mais três botões), e logo atrás da roda existem mais dois botões seguidos. Estes dois últimos botões dão extremamente jeito, pois ajustam a sensibilidade do rato imediatamente. Diferentes géneros de jogos requerem sensibilidades diferentes, e com estes botões, basta um clique para ajustar a sensibilidade. Por exemplo, num FPS normalmente deve-se usar uma sensibilidade maior do que num jogo de estratégia, já que no primeiro é importante reagir e fazer movimentos rápidos, enquanto no segundo é preciso clicar com precisão nas unidades e comandos.

A Razer afirma que o Mamba Tournament Edition tem o sensor mais preciso do mundo, com 16.000 DPI (pontos por cada polegada). Não é uma mentira, todavia, se elevarem a sensibilidade ao máximo é incrivelmente difícil controlar o cursor, pelo que nunca vão tirar partido da potencialidade máxima deste rato (a não ser que tenham capacidades sobre-humanas). Durante os nossos testes comprovamos que colocar a sensibilidade em mais do que 8.000 DPI é um exagero, independentemente do género que estejam a jogar. De qualquer modo, os DPIs a mais não prejudicam de forma alguma o funcionamento do rato, já que podem facilmente ajustar a sensibilidade ao vosso gosto.

A diferença relevante face à versão Wireless do Mamba Tournament é a ligação por fio. Embora alguns possam ter desenvolvido uma aversão a fios, o facto é que uma ligação por fios é melhor do que uma ligação sem fios, devido à latência (por mais pequena que seja). Como o Mamba Tournament Edition tem ligação por fio, não precisa de uma bateria incorporada, sendo assim mais leve e também mais barato do que a versão Wireless, que custa 179 euros. O cabo vem revestido de uma fibra resistente, para evitar que os fios fiquem expostos devido ao desgaste, e tem mais de 2 metros de comprimento.

Nos materiais de construção encontramos o mesmo material usado noutros produtos da Razer. O material do Mamba Tournament tem uma textura ligeiramente rugosa e resistente, com um acabamento em preto baço que exprime qualidade. Tem ainda a vantagem de ser extremamente fácil de limpar, pois a sujidade dificilmente se agarra a este material. Nas laterais estão colocadas duas grandes borrachas com círculos salientes para aderência dos dedos. Esta mesma borracha também reveste a roda do scroll, que tal como as borrachas nas laterais, tem saliências para melhor aderência e feedback.

Mamba TE à esquerda, Deathadder à direita.

Tal como todos os produtos mais recentes da Razer, o Mamba Tournament oferece a opção de personalizarem as cores das LEDs, que estão colocadas no scroll, logótipo, e nas linhas que separam a parte superior das laterais. Esta funcionalidade não tem nenhuma utilidade, mas não podemos negar que tem efeito espectacular, principalmente com as luzes apagadas. Por padrão, as LEDs estão sempre a trocar de cor como se fossem um arco-íris, mas através do programa Razer Synapse podem escolher milhões de cores e

"O único senão do Mamba Tournament Edition é o seu preço: custa 99 euros."

O único senão do Mamba Tournament Edition é o seu preço: custa 99 euros. É ligeiramente mais caro do que a versão mais recente do Deathadder, que custa 84.99 euros (e tem as mesmas funcionalidades). Também é um pouco mais caro do que do que alternativas de outras marcas, como o Logitech G602 ou o Corsair M65 RGB, que de igual modo oferecem a possibilidade de alternar a sensibilidade (o M65 RGB também tem cores personalizáveis). Nenhum destes ratos está equipado com um sensor de 16.000 DPI como o Mamba Tournament Edition, mas tal como já referimos anteriormente, é muito difícil usar o rato na sensibilidade máxima.

Apesar de ser um rato ergonómico, bem construído e que responde muito bem, o Mamba Tournament Edition falha em oferecer algo de novo face a outros ratos da Razer e de marcas concorrentes. A juntar a isto, o preço está ligeiramente inflacionado. A justificação da Razer para este aumento é o sensor mais preciso do mundo, mas tanta sensibilidade é exagerada e sem utilidade. Deste modo, não faz sentido pagar mais por algo que não vamos utilizar. Se estão à procura de um novo rato, o Deathadder continua a ser uma das melhores opções. A única real vantagem do Mamba Tournament é que os botões para ajustar a sensibilidade estão na parte superior, enquanto no Deathadder o botão está na parte inferior, ao lado do sensor.

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Jorge Loureiro avatar

Jorge Loureiro

Editor

É o editor do Eurogamer Portugal e supervisiona todos os conteúdos publicados diariamente, mas faz um pouco de tudo, desde notícias, análises a vídeos para o nosso canal do Youtube. Gosta de experimentar todo o tipo de jogos, mas prefere acção, mundos abertos e jogos online com longa longevidade.

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