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O PlayStation VR foi a melhor coisa que experimentei no Lisboa Games Week

Imersão total.

Por incrível que pareça, ontem foi a primeira vez que experimentei a realidade virtual. Embora já tenha ido a grandes feiras como a E3 e Gamescom, a falta de tempo aliada às grandes filas de espera para experimentar estes dispositivos futuristas prolongaram a minha virgindade da realidade virtual. Apenas ontem no Lisboa Games Week é que finalmente consegui experimentar a tecnologia, graças à exposição do PlayStation VR (antes conhecido como Project Morpheus).

No evento, que qualquer um pode visitar, estão disponíveis três demonstrações. Duas são de The London Heist e a outra de The Deep. A demonstração que experimentei de The London Heist começa com uma cena de interrogatório, que rapidamente se transforma num tiroteio. Há que sublinhar que a experiência é acompanhada por controlos por movimento. Além do PlayStation VR que nos enfiam na cabeça, temos dois controladores PlayStation Move nas mãos.

Uma imagem da demo que experimentei.

O PlayStation VR, aliado aos dois comandos de controlos por movimentos, foi a experiência mais imersiva que já tive nos videojogos. Com os olhos completamente tapados e uns headphones a cobrir as orelhas, ficamos privados de sentir o mundo real. A imersão cresce ainda mais quando nos apercebemos que os nossos movimentos são traduzidos para dentro do jogo. É partir deste momento que perdemos noção do que está a acontecer à nossa volta (no mundo real). O jogo torna-se na única realidade a que temos acesso.

Esta demo do The London Heist serviu bem para demonstrar as potencialidades desta tecnologia, ainda que tenha sido bastante de curta. Depois da sessão de interrogatório, dei por mim atrás de uma secretária. O objetivo era encontrar uma chave para abrir uma das gavetas da secretária. Feito isto, uns campangas entraram na sala e começaram aos tiros. Ainda bem que uma pistola e vários carregadores estavam numa das gavetas.

Jogar na realidade virtual, acompanhada pelos controladores por movimentos, é voltar a aprender a jogar. O acto de jogar está muito associado a usar as mãos e os dedos, mas aqui tive que usar os braços, as pernas e o resto do meu corpo. Ao início é estranho, mas rapidamente se torna intuitivo e natural. Não precisam de aprender esquemas de botões ou combinações complicadas, apenas têm que se movimentar como na realidade.

Um pormenor que adorei foi o acto de recarregar a arma. Normalmente, isto é feito carregando apenas num botão. Aqui é preciso ter a arma numa mão, o carregador na outra,e depois enfiar o carregador dentro da pistola. A beleza da realidade virtual é que torna tarefas supostamente banais, como recarregar uma arma ou pegar nos objetos, e dá-lhes uma maior importância. Outra diferença, quando chega o momento de disparar a arma, é que temos de apontar com a mira da arma, e não com uma cruz no meio do ecrã.

Ver no Youtube

Na secção de tiros não era possível sair detrás da secretária, mas havia alguma liberdade de movimentos. Podia inclinar-me para a frente e para trás, aninhar-me para fugir aos tiros, e deslocar-me para a esquerda e direita. Para aqueles a assistir de fora, fazemos figura de malucos, mas a experiência é excelente. Apesar de não passar de uma demo, The London Heist prova que a realidade virtual funciona. Os controlos tinham boa resposta e fiquei ansioso para experimentar outros jogos da realidade virtual, como o Rigs do PlayStation VR.

"Ao início é estranho, mas rapidamente se torna intuitivo e natural"

O que impede para já a realidade virtual de voar mais alto, principalmente nas consolas, são as limitações do hardware. A resolução de 1080p é insuficiente para imitar o mundo real, ainda por cima quando temos o ecrã tão próximo dos olhos. Digo isto porque torna-se muito fácil ver os recortes dos píxeis. Ainda assim o futuro é risonho. O PlayStation VR faz parte da primeira onda de dispositivos de realidade virtual, e como toda a tecnologia, a tendência é melhorar com o passar do tempo.

O PlayStation VR será lançado algures no próximo ano para a PS4. Ainda não existe uma data concreta, nem preço definido. Algo a ter em conta é que para obter a experiência que descrevi aqui é necessário ter dois PlayStation Move, o que para quem não tem estes comandos será um custo adicional da realidade virtual. Se estão com dúvidas quanto ao potencial deste dispositivo, basta passarem pela Lisboa Games Week e experimentarem. O evento estará aberto até domingo, dia 8 de novembro.

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Sobre o Autor
Jorge Loureiro avatar

Jorge Loureiro

Editor

É o editor do Eurogamer Portugal e supervisiona todos os conteúdos publicados diariamente, mas faz um pouco de tudo, desde notícias, análises a vídeos para o nosso canal do Youtube. Gosta de experimentar todo o tipo de jogos, mas prefere acção, mundos abertos e jogos online com longa longevidade.
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