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4 estúdios portugueses rendidos a Super Mario Maker

Fomos a Lisboa conversar com os criadores e conhecer os resultados do desafio lançado pela Nintendo.

Entrevista a Diogo Vasconcelos - Nerd Monkeys

Eurogamer: Quanto tempo precisaste até concluíres o nível?

Diogo Vasconcelos: O total mais realista, cerca de 12 horas interpoladas. Mas se sair dessas horas tenho mais tempo, como a elaboração mental, o que vais fazer, o que podes experimentar.

EG: Usaste o formato papel e passaste depois para o Gamepad?

DV: Por acaso fiz directamente a partir do Gamepad. A partir do momento que eu decidi que queria fazer salas a primeira coisa que fiz foi fazer salas por todo o lado, assim como as dimensões que eu pretendia para essas salas. Depois fui preenchendo com as ideias e movendo, usando a função copy paste.

Quando trabalhas ao nível das salas, a função copy paste permite-te seleccionar as áreas que pretendes e copiar e colar esse trabalho. Depois pensei: se eu estivesse neste cenário, o que faria? E tento quebrar essa intuição que a pessoa que joga vai tendo, criando uma alternativa sala a sala. É assim que nasce o conceito de frustração máxima no Mario, que não era bem o objectivo que eles queriam quando me pediram para criar o nível, mas ainda assim diverti-me imenso a fazer isto e adoro ver as pessoas a sofrer.

Diogo Vasconcelos introduziu no seu nível influências do jogo The Stanley Parable

EG: Há pouco, durante a apresentação, disseste que o nível está por acabar. Ainda vais torná-lo mais hardcore?

DV: Se eu tiver mais umas horas para trabalhar eu consigo fazê-lo. Já vi níveis publicados bem sádicos. Agora na versão final, vou refazer tudo, durante o fim-de-semana. Faço a solução. Claro que podes editar mas mesmo que o faças não consegues ter a lógica toda, pelo que a ideia é mesmo conduzir a pessoa a passar pela experiência: sentir-se perdida e incapaz de encontrar a solução.

"a ideia é mesmo conduzir a pessoa a passar pela experiência: sentir-se perdida e incapaz de encontrar a solução"

EG: O design que tens no teu nível é do Super Mario Bros 3. É o que mais te agrada?

DV: Eu tive este jogo. Foi na altura um jogo que me custou imenso, porque não o consegui passar, razão pela qual uma experiência acaba por estar associada com a outra. É uma vingança. Joguei o Super Mario na NES, depois tive a SNES com um cartucho que tinha vários jogos. Já passaram muitos anos mas isso ficou-me na cabeça. Agora passo isso em Super Mario Maker.

Toda a área disponível foi aproveitada.

EG: Que impressões guardas do editor?

DV: Em termos de ferramentas, sobre o que é Super Mario, qualquer nível do Mario já criado consegues fazê-lo aqui. Ninguém é defraudado nesse sentido. É possível fazer todos os Marios 2D aqui, mas ao mesmo tempo é divertido a construir, fazer estes níveis e passá-los, ficar com a sensação de que eu consegui fazer isto tudo, da maneira como interages com os objectos, tens de os abanar, tens que interagir com eles quase por brincadeira. Ao mesmo tempo é acessível para a malta mais nova, para os miúdos. Eu dantes jogava Mario e pensava que o nível podia ter isto e mais aquilo. Agora, simplesmente fazes. Ponto final.

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Sobre o Autor
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Vítor Alexandre

Redator

Adepto de automóveis é assim por direito o nosso piloto de serviço. Mas o Vítor é outro que não falha um bom old school e é adepto ferrenho das novas produções criativas. Para além de que é corredor de Maratona. Mas não esquece os pastéis de Fão.
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