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Yoshi's Wooly World - antevisão

Yoshi foi aos trabalhos manuais.

Do mesmo estúdio sedeado em Tóquio (Good-Feel) que nos trouxe em 2010 o inesquecível Kirby's Epic Yarn, chegará até nós, brevemente, Yoshi's Wooly World, um novo jogo da série Yoshi, que abriu em 1995 com o Super Mario World 2: Yoshi's Island, um inesquecível jogo de plataformas 2D. Anunciado no começo de 2013, Yoshi's Wooly World é o trabalho mais importante deste estúdio nipónico depois de um Kirby's Epic Yarn que apresentou um design apelativo, aconchegante, baseado na lã e nos tecidos, mas que enquanto desafio interactivo falhou devido a uma dificuldade quase inexistente. Poderá Yoshi's Wooly World mostrar que o estúdio aprendeu com as falhas, incorporando agora uma jogabilidade mais apurada e sobretudo desafiante?

Qualquer novo Yoshi terá sempre a sombra do muito bem conseguido Yoshi's Island da SNES, um jogo publicado na ponta final do ciclo de vida da consola 16 bit da Nintendo, numa altura em que as máquinas de 32 bits eram anunciadas e lançadas, mas que soube colher partido do potencial da consola e do cartucho para alcançar um lugar entre os melhores jogos de plataformas da sua geração. Outros jogos da série saíram para plataformas portáteis, mas nem todos alcançaram o mesmo resultado do jogo da Super Nintendo.

O jogo apresenta um modo co-operativo. É compatível com vários comandos da Wii.

Em Yoshi's Wooly World, como o título do jogo sugere, a Good-Feel volta a apostar na integração dos tecidos, roupas e lá no design do jogo, criando a partir daí uma série de animações e desenvolvimentos relacionados com os novelos, os fios de algodão e as malhas. Os cenários resultam por isso num estilo e apresentação algo parecidos com o que vimos em Epic Yarn, mas com o contributo da alta definição e com uma melhoria no que toca aos efeitos 3D, o jogo fica bonito.

Das animações que derivam dessa estética, como os inimigos que sucumbem aos ataques de Yoshi e se desfazem em fios que deixam de estar meticulosamente emaranhados entre si, fica patente a abertura do estúdio em não fazer deste mundo de lá algo meramente estético mas transformador. As possibilidades que derivam do uso dos tecidos tornam o jogo mais apelativo e cada avanço um passo em direcção a novas descobertas, como zonas secretas que se abrem quando Yoshi usa a língua para puxar por uma linha atada, entre muitos itens coleccionáveis e as flores, sempre clássicas.

Cover image for YouTube videoYoshi's Woolly World - Tantos padrões! (Wii U)

Uma nota relevante prende-se com a ausência de Baby Mario, uma personagem que nos primeiros jogos era um elemento central na progressão dos níveis e uma condição para chegar ao fim. Poderão por isso explorar os níveis livremente com Yoshi, enquanto encontram velhos rivais e defrontam "bosses" especiais no fim de cada mundo, sem esquecer outros posicionados em níveis intermédios. A quantidade de áreas secretas é impressionante e obter todos os itens numa só passagem é tarefa complicada, embora não tenham um tempo limite até chegar à meta.

A disposição dos níveis obedece a uma organização similar à de Super Mario 3D World. Ao invés de passarmos automaticamente de nível, no final de cada um somos reconduzidos para um mapa tridimensional onde podemos controlar Yoshi na direcção das construções existentes, respeitando sempre a ordem dos níveis desbloqueados, podendo sempre recuar até algum nível já percorrido.

A Nintendo irá lançar Amiibos de Yoshi em lã, embora outras figuras da série Super Mario sejam compatíveis. Mas antevê-se uma procura elevada por este Amiibo muito especial.

Quanto às habilidades de Yoshi, elas foram significativamente alteradas, por via dos tecidos. Agora, ao usar a língua, o pequeno dinossauro desfaz os adversários e absorve os fios, transformando-os numa bola de algodão. Nalguns casos poderá tirá-las de um cesto e encontrar umas bolas gigantes, úteis para abrir trajectos secretos, mas o processo de pontaria é o mesmo, devendo atirar depois de activarem a mira. Além disso, em certas ocasiões, Yoshi poderá transformar-se, num guarda-chuva, usando os ventos para alcançar plataformas e circular mais rapidamente quando corre na mesma direcção durante algum tempo, por força das rodas. Situações muito pouco usuais, algumas cómicas, que ganham relevo por acrescentar pequenas alterações à jogabilidade.

Sobre o tão badalado nível de dificuldade, a Good-Feel optou por criar um modo mais fácil, indicado para os mais pequenos e pouco acostumados a jogos de plataformas, uma vez que através do Mellow Mode, poderão dar uso a um Yoshi com asas e atravessar todo o nível num só voo. Isto não exclui a existência de danos e a necessidade de atravessar secções a nível vertical com alguns obstáculos pelo meio, mas torna o jogo especialmente fácil. Para os mais experientes a opção normal oferece um bom desafio, com níveis muito extensos, repletos de áreas secretas e coleccionáveis e que seguramente vão exigir muitas horas de jogo.

Por enquanto e depois de percorridos alguns mundos de jogo, Yoshi's Wooly World parece apresentar-se no bom caminho, como jogo mais clássico de plataformas, ao mesmo tempo que parece corrigir os erros de Epic Yarn, o anterior trabalho da Good-Feel. Com novas mecânicas e um design irresistível, Wooly World destaca-se pela estética apurada e muito bem trabalhada. Veremos se a Good-Feel nos surpreende ainda mais até ao fim do jogo.

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Yoshi's Epic Yarn

Nintendo Wii U

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Vítor Alexandre

Redator

Adepto de automóveis é assim por direito o nosso piloto de serviço. Mas o Vítor é outro que não falha um bom old school e é adepto ferrenho das novas produções criativas. Para além de que é corredor de Maratona. Mas não esquece os pastéis de Fão.

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