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Everybody's Gone to the Rapture - Antevisão

Para onde foram as pessoas?

Antes de mais, Everybody's Gone to the Rapture não está de forma alguma relacionada com Bioshock. Embora aqueles que jogaram o FPS da Irrational Games se lembrem imediatamente da cidade subaquática, este novo jogo para a PlayStation 4, que originalmente também era para ter uma versão para PC, vem de um estúdio diferente, o Chinese Room, cujo o trabalho anterior foi Dear Esther, um daqueles que jogos com a capacidade para levantar a discussão se estamos perante um jogo ou uma experiência interativa. Sendo Everybody's Gone to the Rapture uma sequela espiritual de Dear Esther, palavras escolhidas pelos produtores, não será de espantar que a mesma discussão volte a aparecer.

Everybody's Gone to the Rapture não é o típico jogo no qual mal começam a jogar recebem imediatamente uma série de objetivos e um guia que vos informa para onde têm que ir a seguir. Pelo contrário, somos largados desamparados numa grande área para descobrir livremente a história, que avança quando visitamos certo pontos do mapa. Nestes pontos, vamos encontrar uma pequena luz , que os produtores chamam de Anomalia, que precisa de ser sintonizada inclinando o Dualshock 4 para a esquerda ou direita. Com a sintonização feita, desbloqueamos um pedaço da história.

Mas perceber a história não é fácil. Os pedaços de história que desbloqueamos não são contados por um narrador, são acontecimentos do passado que ocorreram precisamente naquele local. Ouvimos as vozes das pessoas que ali estiveram e os rastos luminosos dizem-nos por onde andaram, mas não há contexto. De certo modo, quem está a jogar tem um papel semelhante a um detective. As pistas para percebemos o que aconteceu existem, mas temos que as encontrar e depois pensar como se encaixam umas nas outras.

"Em Everybody's Gone to the Rapture todas as pessoas desapareceram"

Quando começamos a jogar dá logo para sentir que o mistério está no ar. Em Everybody's Gone to the Rapture todas as pessoas desapareceram e para trás ficaram os rastos das suas vidas. A premissa pode ser parecida com um jogo apocalíptico, mas não há destruição nas áreas que exploramos. O cenário apresentando dá a entender que de um momento para o outro as pessoas simplesmente evaporaram. Estão curiosos para saber o que aconteceu? Este é precisamente o efeito desejado pela Chinese Room para que continuem a jogar.

Enquanto outros jogos preferem criar situações para desafiar os jogadores, Everybody's Gone to the Rapture usa o mistério e a inata curiosidade humana para vos manter interessados. De facto, a Chinese Room disse que elaborou uma "história com profundidade" para cativar os jogadores mais dedicados. Não restam dúvidas que a sua atmosfera e história são as duas maiores forças de Everybody's Gone to the Rapture, mas dificilmente agradará a todos. Se procuram ação ou desafios, é improvável que vos agrade, já que vão passar grande do tempo simplesmente a explorar e todas as interações se resumem a carregar num botão e mexer nos analógicos para controlar a câmera e personagem.

Ainda não sabemos em concreto quantas horas serão precisas para chegar ao fim da história, mas sabendo desde já que nenhuma pista é dada para onde temos que ir a seguir, os números vão variar de pessoa para pessoa. Mas em termos de conteúdos, serão no total seis áreas jogáveis, em que cada área contará a história de uma personagem. Querendo manter o mistério para o lançamento do jogo, a Chinese Room está a proteger o mistério da história a todos os custos, mas partilhou que a sua inspiração foram as obras de ficção científica britânicas.

"O mais impressionante de Everybody's Gone to the Rapture são os seu cenários belos"

O mais impressionante de Everybody's Gone to the Rapture são os seu cenários belos, detalhados e fieis ao lado rural do Reino Unido, que só de olhar para eles sentimo-nos convidados a explorar o que têm para oferecer, mas não deixámos de nos sentir bisbilhoteiros quando entramos nas casas das pessoas que desapareceram. A banda sonora é igualmente incrível, assim como os actores de voz, dois complementos que ajudam o mundo construído pela Chinese Room a dar uma sensação de imersão acolhedora.

Mas voltando à questão de estarmos perante um jogo ou uma experiência interativa, ainda é cedo para tirar conclusões e haverá sempre argumentos para defender qualquer um dos lados, mas com no pouco tempo em que tivemos acesso a Everybody's Gone to the Rapture, podemos dizer sem dúvida que despertou a nossa curiosidade. Agora resta esperar pelo lançamento no verão.

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Sobre o Autor
Jorge Loureiro avatar

Jorge Loureiro

Editor

É o editor do Eurogamer Portugal e supervisiona todos os conteúdos publicados diariamente, mas faz um pouco de tudo, desde notícias, análises a vídeos para o nosso canal do Youtube. Gosta de experimentar todo o tipo de jogos, mas prefere acção, mundos abertos e jogos online com longa longevidade.
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