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Equipa de Hatred responde às acusações de neo-nazismo

"O antagonista está a matar todos de igual forma, a raça não importa".

Dias após a sua revelação ao mundo, Hatred continua a dar que falar. Depois de várias acusações feitas pelo blog Fuck No Videogames - neo-nazismo, homofobia e outros ideais não vistos com bons olhos - a equipa do jogo sentiu-se forçada a publicar uma declaração no site oficial para responder a essas acusações.

"Não acreditem em tudo o que lêem na Internet, especialmente escrito por bloggers patéticos desconhecidos ou alguns tipos descontentes a comentar na Internet. De toda a tempestade que se abateu sobre nós, essa foi a única coisa que nos deixou chateados porque é simplesmente demasiado. Disseram-me que seria melhor se cada membro da minha equipa que foi acusado de tais coisas escrevesse uma declaração, por isso aqui está," disse Jarosław Zieliński, o CEO da Destructive Creations.

"O meu bisavô foi morto pela Gestapo. Alguns membros da minha família lutaram contra a ocupação nazi no exército polaco chamado Armia Krajowa. Os meus antepassados sofreram muito por causa de regimes totalitários, por isso quem seria eu se suportasse verdadeiramente quaisquer activistas nazi?," disse o CEO, que foi acusado de apoiar o neo-nazismo por ter "gostado" no Facebook de uma página ligada a este ideal.

"As pessoas dão gostos no Facebook constantemente, mesmo que não saibam o que está por detrás daquela página. Eu fiz o mesmo. De repente isso fez de mim um neo-nazi, fantástico, divirtam-se seus haters estúpidos".

Marcin Kaźmiercza, artista de FX, que também foi acusado de neo-nazismo, disse que "a Alemanha nazi foi responsável pela morte de 6 milhões de pessoas na Polónia. Metade eram judeus, a outra metade polacos. A minha família sofreu muitas perdas durante a Segunda Guerra Mundial. Qualquer um que me acuse de ser um seguidor desta ideologia deveria pensar duas vezes antes disso e considerar ler alguns livros sobre o tópico".

"O meu bisavó foi matado pela Gestapo. Alguns membros da minha família lutaram contra a ocupação nazi no exército polaco chamado Armia Krajowa."

Continuando, e respondendo às acusações de homofobia, Kaźmiercza disse que "deixem-me apenas dizer que tenho alguns amigos gay que os respeito profundamente como pessoas e não tenho nenhum problema com as suas orientações sexuais".

Jakub Stychno, designer de gameplay, respondeu que "sou contra todas as ideologias totalitárias. A T-Shirt que tinha vestida naquela fotografia faz referência às tropas do National Polish Army, que em 1945 recusou baixar as armas e continuar a lutar contra o novo invasor, para voltar a ganhar a independência da Polónia. Eles fizeram isso porque anteciparam corretamente as repressões do serviço de segurança soviético contra o exército desmilitarizado da Polónia".

"Quanto às organizações que sigo, são referentes à tradição patriótica e libertária e não à ideologia totalitária", concluiu.

Como nota final, Jarosław Zieliński afasta as acusações de que Hatred é um jogo racista comentando que "o antagonista está a matar todos de igual forma, a raça não importa (é gerada aleatoriamente para todos os NPC), o sexo não importa (também é aleatório), por isso podem dizer que é o jogo mais tolerante e que promove igualdade. Aqui toda a gente morre".

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Jorge Loureiro avatar

Jorge Loureiro

Editor

É o editor do Eurogamer Portugal e supervisiona todos os conteúdos publicados diariamente, mas faz um pouco de tudo, desde notícias, análises a vídeos para o nosso canal do Youtube. Gosta de experimentar todo o tipo de jogos, mas prefere acção, mundos abertos e jogos online com longa longevidade.

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