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Wildstar - Análise

Gostam de MMORPGs? Vão adorar este.

Wildstar é o MMORPG pelo qual tinha mais curiosidade em 2014, isto num ano que já teve por exemplo The Elder Scrolls Online, e a versão PS4 de FF XIV: A Realm Reborn, embora esse não fosse exactamente uma novidade. É verdade que este interesse se desvaneceu um pouco nas fases iniciais da beta, mas continuava a ansiar por mergulhar verdadeiramente em Nexus, e naquela estética que surpreendeu toda gente quando o jogo foi mostrado pela primeira vez.

Mas isso não é o que mais importa, a estética é um dos elementos centrais em qualquer jogo, em particular num MMO, por ser um espaço para onde praticamente vamos viver, mas há algo que julgo ser ainda mais fundamental, o controlo da personagem, do avatar, que deve sentir-se como uma extensão do jogador.

Esta foi uma das grandes conquistas do World of Warcraft, um dos motivos do seu sucesso aliás, e que raramente se discute. É algo que SWTOR não conseguiu fazer adequadamente, algo que FF XIV faz mal, e que surpreendentemente, Wildstar faz muito bem. É simplesmente divertido controlar o avatar em Wildstar.

A fluidez com que conseguimos movimentar a personagem em 360 graus usando o rato, com a possibilidade de deslizar para os dois lados e desencadear habilidades em movimento surpreendeu-me, e está muito melhor do que há meses atrás quando joguei a beta.

Cumpre então dois dos primeiros e principais requisitos de um MMO, é um mundo esteticamente surpreendente e onde podemos viver, e o avatar é agradável de controlar. As personagens são interessantes também, divididas entre duas facções, os refugiados Exiles e o império dos Dominion. A Carbine preocupou-se em oferecer variedade, com os human, Aurin, Granok e Mordesh para os primeiros, e os Cassian, Draken, Chua e Mechari para os segundos.

Apesar de publicado pela NCSoft, a mesma de Guild Wars 2, Wildstar vai ser financiado por uma subscrição mensal. Sim, este modelo ainda subsiste, e não tem nada de mal se a qualidade o justificar. O que não está ainda a funcionar e que julgo poder ser um dos maiores trunfos de Wildstar é algo denominado de CREDD, que funciona como um método alternativo de pagar a subscrição, e que pode ser trocado com outros jogadores pelo gold normal do jogo.

"É impossível não identificar semelhanças de estilo com o World of Warcraft".

Se bem estruturado, pode resolver dois problemas comuns nestes jogos. Em primeiro lugar permite a um jogador pagar a subscrição com o seu próprio tempo de jogo, desde que encontre quem precise de gold. E em segundo lugar, funciona como uma espécie de legitimação do acto de vender gold por valor real. Não é uma troca directa, mas já assisti mais do que uma vez a casos de pessoas a vender gold para poder pagar a subscrição de um MMO.

O trama global em Wildstar gira em redor da disputa pelo planeta Nexus, uma terra que fora habitada pelos Eldan, uma raça super avançada e que desaparecera misteriosamente deixando as maravilhas tecnológicas para trás. É ao longo de Nexus que melhor se nota o estilo animado e estilizado, enriquecido por uma impressionante palete de cores, e por um tom humorístico que aproxima o ambiente de jogo de um desenho animado.

É impossível não identificar semelhanças de estilo com o World of Warcraft, nestes ambientes animados e nas formas exagerado dos elementos, que ainda que representem coisas que nos são imediatamente familiares, sabemos o que são ou o que é suposto serem, são ampliadas ou exageradas para um ponto que as torna distintas à sua própria maneira.

O estilo das personagens e ambientes é muito “cowboys do espaço”, não exactamente steampunk, mas anda lá perto. A música combina muito bem com o tom de cada área e cada momento do jogo, mas melhor ainda é a interpretação das vozes que garante personalidade a cada figura com que interagimos.

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Aníbal Gonçalves

Redator

MMOs e RPG são com o Aníbal. Aliás existe um rumor na redação que a sua primeira casa é o World of Warcraft. Mas às vezes também o vemos a fazer uns exercícios. Não é mau de todo.

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