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Pokémon Rumble U - Análise

Combates caóticos.

Poucas séries da Nintendo geram tantos proveitos como uma consola. Pokémon tem imprimido rios de dinheiro para a Nintendo, não só devido aos episódios centrais lançados para as consolas portáteis, mas também por força dos jogos baseados na franquia, que ainda acrescentam mais algum volume às vendas. Por esta altura, os fãs de Pokémon aguardam por mais informações sobre Pokémon X e Y, os próximos títulos a serem lançados para a Nintendo 3DS. Mas enquanto estes não chegam às lojas e à eShop, Pokémon Rumble U serve quase de warm up para o que aí vem. Disponível na eShop da Nintendo Wii U, a Ambrella volta a dar continuidade a Pokémon Rumble.

O conceito do jogo volta a ser o combate, agora em arenas, daí o tal significado de warm up que referi atrás. Aqui os jogadores podem jogar em single ou multiplayer até 4 jogadores, em acesos combates dentro de uma arena, fazendo uso desses monstros de bolso. As criaturas são mais pequenas mas nem por isso perderam a vocação para o combate, numa série de batalhas cheias de cor, animação, que rapidamente nos trazem à memória os jogos arcade.

As animações são fluidas durante o combate e raramente se verificam quebras de frame rate.

Embora sejam perceptíveis algumas semelhanças com jogos como Super Smash Bros, em Pokémon Rumble U a intensidade e escala do combate é significativamente menor. As acções atribuídas a cada monstro são poucas e apenas um golpe especial. Mas ao inverso do outro jogo, o prazer reside na constante apanha dos Pokémon, com um total de 649 Pokémons oriundos de Pokémon Black Version 2 e Pokémon White. Vencendo combate atrás de combate, conseguimos ganhar mais cápsulas e assim libertar novos monstros que podemos seleccionar para o combate seguinte. Se quisermos, podemos dizer que reside aí grande parte do mérito deste jogo, permitir que o jogador descubra um número avassalador de Pokémons.

Conta a história que os Pokémons estavam a ser transportados para uma loja de brinquedos, a loja Toy Pokémon. Só que algo correu mal, muitas caixas caíram e boa parte das esferas lá colocadas rolaram para o rio. Levados nas águas, como o menino no Nilo, até aos arredores da cidade, o objectivo é regressarem à loja. Pelo meio terão que atravessar diversas zonas temáticas identificadas no mapa. Cada uma destas áreas é constituída por três níveis, sendo o último uma "boss fight".

O grau de dificuldade é crescente. Começamos por lutar contra Pokémons menos graduados que se sucedem em vagas dentro de uma arena, mas ao fim de duas ou três zonas já encontramos desafios que obrigam a encarar o jogo com alguma seriedade, sob pena de voltar ao começo do nível, ou pagar uma quantia que nos permite continuar com o indicador de saúde em pleno. Cada Pokémon possui um valor, como se figurasse numa estrutura de ranking. Ao vencermos os adversários num nível, adquirimos novas esferas e Pokémons mais poderosos. No fim, não só amealhamos pontos em função de um conjunto de objectivos solicitados (alguns objectivos são secretos e só ficamos a saber quais são depois de completarmos o nível, o que nos leva a repetir o nível se quisermos obter tudo), como ficamos com uma base de criaturas mais alargada.

A isso acresce a especialidade de cada Pokémon, algo determinante para levar de vencida as "boss fights". No entanto, não existe mais do que uma simples apanha de Pokémons. Não há melhorias de nível, nem adaptação das criaturas. O objectivo é essencialmente usar criaturas mais poderosas e passar de nível vencendo os combates. Como estrutura e modelo de jogo altamente simples, pouco oferece de construtivo.

Até mesmo os combates se transformam numa espécie de pressão constante dos botões de ataque. Por vezes, o ritmo mais frenético vivido nas arenas dá alguma satisfação, mas a ausência de golpes especiais acaba por frustrar uma experiência que podia ir mais longe. Nalguns momentos terão que recorrer ao ecrã táctil e aplicar touch blasts. Rebentar adversários ou atenuar os seus ataques, são uma alternativa à constante e incisiva pressão sobre o botão A, destinado aos golpes de ataque. Porém, não raras vezes sentimo-nos um pouco perdidos, especialmente quando os efeitos visuais dos ataques quase cobrem as cores dos quatro Pokémon que constituem a equipa, e nos levam a perder o sentido de posicionamento. Podem perder uma e outra batalha à custa disso.

O objectivo é encher o espaço de Pokémons.

Se jogarem com o recurso à inteligência artificial para o controlo dos restantes três Pokémons, terão que acudir mais vezes os companheiros que ficam com a barra de saúde esgotada e que aguardam (temporariamente) por quem os traga de novo para combate. A experiência por isso ganha mais algum valor se jogarem com vários jogadores, através dos Wii remotes até três jogadores. Para lá da campanha encontram modos competitivos e cooperativos, o que acrescenta mais algum tempo de jogo.

Durante os combates, não existem power ups. Em sua vez, as cápsulas são os constantes brindes arremessados por adversários. Há também uma espécie de rebuçados que regeneram a saúde. Uma das particularidades dos combates é o acesso à função NFC, uma tecnologia wireless que permite trazer para o jogo formas virtuais de bonecos Pokémon, num processo muito semelhante ao que vemos em Skylanders e Disney Infinity. Como as figuras não se encontram disponíveis no mercado, não pudemos dar uso à função, condicionando a nossa avaliação. Através do modo off-tv podem sempre deslocar a acção do ecrã de televisor para o ecrã instalado entre os botões analógicos.

Pokémon Rumble U é claramente um jogo de combate casual, revestido de uma grande simplicidade e orientado para um público juvenil. Despido dos elementos que fazem outros jogos Pokémon mais populares e desafiantes, nem por isso é um jogo mau. Mais linear, acessível e assumidamente simples, deve ser visto como um aquecimento para Pokémon X e Y. Vale sobretudo pela demanda que nos leva a coleccionar 649 Pokémons.

5 / 10

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Pokemon Battle Revolution

Nintendo Wii

Pokémon Rumble U

Nintendo Wii U

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Vítor Alexandre

Redator

Adepto de automóveis é assim por direito o nosso piloto de serviço. Mas o Vítor é outro que não falha um bom old school e é adepto ferrenho das novas produções criativas. Para além de que é corredor de Maratona. Mas não esquece os pastéis de Fão.
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