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Sony Xperia Z - Análise

A transformação móvel da Sony está completa, mas pode o seu mais recente esforço igualar o Galaxy S4? O Digital Foundry investiga.

Quando a Sony Ericsson se tornou apenas Sony em 2011, a companhia Japonesa tornou claro que estava decididamente série sobre tornar-se importante na arena Android. Como em todos os períodos transitórios, demorou para a companhia sacudir por completo o pó dos velhos dias. O Xperia Z é o primeiro telemóvel 100% Sony; comparado com o anterior, o Xperia T, este mais recente esforço certamente sente-se como se tivesse sido criado com uma filosofia de design diferente - gentis curvas plásticas e arestas arredondadas foram descartadas em prol de arestas de vidro temperadas e rectas.

A Sony fez um esforço concertado para assegurar que o que está por debaixo daquele exterior visualmente apelativo é tão merecedor de apreço. Um chipset quad-core Snapdragon S4 providencia o poder em bruto e o ecrã 1080p HD oferece a plataforma perfeita para ver vídeo e jogar. A Sony está mesmo a apostar tudo aqui - mas o problema é que forçar o Xperia Z num mercado repleto de aparelhos com especificações similares, e a chegada do Samsung Galaxy S4 altera dramaticamente o campo de jogo. Com rivais tais como Nexus 4 e o HTC One também a competir pelo título, será que o mais recente telemóvel da Sony faz o suficiente para garantir inspecção mais aproximada?

Telemóveis com ecrãs grandes são frequentemente descritos como tijolos, mas no caso do Xperia Z, este é literalmente o caso. A frente e traseira são completamente achatadas, e os cantos tem ângulos rectos. É uma real despedida para a Sony comparado com anteriores designs, mas parece ter mais classe do que tudo que a companhia produziu antes. O contra é que a traseira em vidro temperado é um absoluto íman para dedadas, e não demora muito ao telemóvel ficar coberto de marcas.

Apesar da Samsung continuar a usar um ecrã Home físico na sua linha Galaxy, a Sony há muito abraçou o mandato sem botões da Google para o Android. Ecrã táctil à parte, a frente não tem qualquer botão físico, os três comandos Android - regressar, home e multi-tarefas - aparecem no aparelho em si, tal como o Nexus 4.

Fora o botão de ligar e o gestor de volume, existe pouco de nota em redor das arestas do telemóvel. A entrada Micro SIM, ou de cartão Micro SD, entrada auscultadores e entrada de carregamento estão todas escondidas debaixo de painéis firmemente fechados - uma necessidade se pensares na publicitada resistência ao pó e água.

O ecrã de 5 polegadas do Xperia Z tem uma resolução de 1920x1080 e uma densidade de pixeis de 441ppi - muito além do iPhone 5 (326ppi) e o mesmo que o Galaxy S4. A tecnologia “Reality Display” da Sony oferece cores suaves e naturais mas não tem o impacto dos pretos profundos de um painel Super AMOLED.

Ainda assim, existe uma sensação calorosa aqui ausente noutros ecrãs, e a claridade significa que tudo desde filmes HD a jogos 3D tem um aspecto nítido como cristal e livre de quaisquer pixeis feios. Mais ainda, podes activar o Bravia Engine 2 móvel da Sony para adicionar vida extra às tuas imagens.

"O Xperia Z oferece uma boa experiência geral, mas a especificação demonstra que fica atrás do Galaxy S4 e do HTC One em poder de processamento."

Xperia Z Galaxy S4 HTC One Nexus 4 Galaxy S3 Galaxy S2
Quadrant Standard 7175 12346 12488 4906 5127 3920
AnTuTu Benchmark 20694 23578 24374 10580 11950 10270
Geekbench 2181 3109 2816 2263 1716 1133
GLBenchmark Egypt On-Screen/ Off-Screen 32fps 32fps 41fps 41fps 31fps 34fps 39fps 31fps 16fps 16fps 11fps 11fps
GLBenchmark T-Rex On-Screen/ Off-Screen 13fps 13fps 15fps 15fps 13fps 15fps 19fps 12fps 4fps 6fps 3fps 5fps
3D Mark Ice Storm 720p/ 1080p 10114 5853 10454 6730 10054 6297 11019 6400 3225 2321 1702 1212

De uma perspetiva puramente do equipamento, o Xperia Z basicamente consegue manter o passo dos seus rivais, amostrando resultados bem impressionantes nos testes. O chipset quad-core Snapdragon S4 Pro a 1.5GHz - mais lento que o Snapdragon 600 a 1.9GHz do S4, mas felizmente nunca sentes que o aparelho precisa de poder adicional. Como podes ver nas estatísticas em baixo, o S4 bate o Z em todos os testes e está apenas um pouco mais rápido que o Nexus 4 que efectivamente corre com a mesma tecnologia num ecrã de menor resolução.

A proeza gráfica do telemóvel é demonstrada por performance acima da média em jogos. O Z lida com jogos 2D com facilidade, e é claramente capaz de correr jogos 3D mais complicados, tais como o visualmente arrebatador After Burner Climax da Sega. Ao lado do Galaxy S4, os jogos são menos suaves, mas a diferença não arruína a experiência. A recente introdução do concorrente ao Game Center para Android da Google torna os jogos no telemóvel ainda mais apelativo onde suportado - é agora possível obter conquistas, enviar dados de jogo guardados para a nuvem e criar partidas multi-jogador online com amigos.

No geral, achamos que a performance em jogos 3D do Z era aceitável mas o S4 é claramente um aparelho mais capaz. Ambos os telemóveis estão disponíveis por contrato perto do mesmo preço, a diferença em poder pode muito bem influenciar a tua decisão de compra.

"Firme em jogos 2D, o Z não tem o mesmo nível de poder de processamento 3D em bruto que os seus imediatos concorrentes."

Tal como muitos telemóveis Android, o Xperia Z corre uma interface de utilizador personalizada, criada pela fabricante. Somos grandes fãs do Android “padrão” aqui no Digital Foundry, mas a IU da sony é um dos exemplos menos ofensivos de um sistema personalizado. Oferece adições genuinamente úteis, tais como “Small Apps” que podem pairar sobre o ecrã. Também é bem mais agradável à vista que o programa abrasivo TouchWiz da Samsung, e tem um aspecto sofisticado complementado pela nitidez do ecrã. Uma ligeira desilusão é que o telemóvel corre o Android 4.1 e não a versão 4.2, presente em telemóveis como o Nexus 4. Apesar da diferença entre os dois ser mínima, é sempre bom estar na frente. A Sony prometeu que o aparelho irá receber uma actualização em breve.

A câmara Exmor RS traseira iluminada da Sony com 13.1 megapixeis torna-o claramente num dos smartphones mais bem equipados no que diz respeito à captura de imagem; a reprodução de cor é excelente e o telemóvel actua bem mesmo em condições com pouca luz. Imagens aproximadas também são excelentes, e a câmara é capaz de produzir imagens detalhadas ao usar o modo macro com flash LED. Gravação de vídeo HD a 1080p também está presente, e é igualmente impressionante.

A inclusão de conetividade 4G significa que podes precisar de actualizar o teu actual contracto para tirar o máximo da maior velocidade de rede. O 4G não está disponível em todo o país ainda, mas mais vilas e cidades estão a ser adicionadas a todo o tempo. Sozinho, pode não ser razão suficiente para passares para o Xperia Z mas é um bom bónus de ter. O contra é que usar o 4G afecta a duração da bateria; a sua bateria de 2330mAh é totalmente drenada em menos de cinco horas se fizeres uso total de todas as funcionalidades. A Sony incluiu um modo especial de poupança para ajudar a conservar, mas não podemos escapar ao facto que o telemóvel tem um apetite feroz.

"A câmara Exmor RS traseira iluminada da Sony com 13.1 megapixeis torna-o claramente num dos smartphones mais bem equipados no que diz respeito à captura de imagem."

O sensor Exmor RS de 13.1 megapixeis produz imagens excelentes, capturando um vasto leque de cor e detalhe. Também está incluída a gravação de vídeo HD, com resultados igualmente impressionantes.

Sony Xperia Z: veredicto Digital Foundry

Do seu limpo e atractivo design ao espantoso ecrã e robusta tecnologia interna, o Xperia Z é sem dúvida um dos melhores telemóveis que a Sony criou em anos. Após lutas com as duplas personalidades dos dias Sony Ericsson e a luta pela embaraçosa fase de transição que se seguiu ao final dessa relação, a gigante tecnológica Japonesa encontrou finalmente a sua identidade no espaço móvel.

Infelizmente para a Sony, este importante momento veio na mesma altura que outros desenvolvimentos entusiasmantes no mundo Android: o regresso da HTC (graças ao HTC One) e o lançamento do muito badalado Galaxy S4, um aparelho que certamente venderá milhões puramente só pelo nome. A disparidade entre o produto da Sony e os seus rivais directos é muito menos pronunciada que no passado, mas pelo menos em termos técnicos, o S4 da Samsung está no topo. Ainda assim, da-mos por nós a preferir o Xperia Z em muitos aspectos; o design é discutivelmente superior e a interface de utilizador personalizada da Sony - apesar de longe de perfeita - é muito melhor que a TouchWiz da Samsung.

A falta de Android 4.2 é aborrecida e a duração da bateria poderia ser melhor, mas estes negativos são equilibrados com uma boa câmara e uma carnagem surpreendentemente resistente ao pó e à prova de água. Em última instância, quer escolhas este telemóvel sobre o S4, HTC One ou até o iPhone 5 deve-se ao gosto pessoa. Apesar das suas falhas nas comparações, o Z tem encanto suficiente para conquistar o seu espaço ao lado dos rivais, e deixa-nos genuinamente entusiasmados sobre o que a equipa de design da Sony irá fazer em seguida.

Obrigado à Vodafone por providenciar o telemóvel para esta análise.

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Damien McFerran

Contributor

Retro fanatic and tech bore Damien has been writing words for professional publication since 2006, but has yet to fulfill his lifelong ambition of being commissioned by Your Kitten Magazine.

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