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Pokémon Mystery Dungeon: Gates to Infinity - Análise

Aborrecimento infinito.

Pokémon Mystery Dungeon: Gates to Infinity é daquele tipo de jogos que se começa a jogar com expectativas pouco elevadas. Não me entendam mal, adoro Pokémon, e só nos últimos dois jogos, Pokémon Black e Black 2, perdi-me durante mais de 200 horas, mas no que toca a jogos fora da série principal, aquela que a Gamefreak tem nutrido tão cuidadosamente desde o tempo do Game Boy, existe um consenso geral de que não se fica a perder muito se não os jogarmos (salvo raras as exceções é claro).

Este é um jogo bastante diferente do que a Gamefreak nos habituou. Centra-se unicamente nos pokémons e em nada mais. Em Pokémon Mystery Dungeon: Gates to Infinity não existem treinadores, pokébolas, líderes de ginásio, nem qualquer outro coisa que impeça os pokémons de viver em plena liberdade. No entanto, retém ainda alguns aspetos imediatamente reconhecíveis dos jogos da Gamefreak.

Os pokémons sobem de nível com a experiência ganha a derrotar outros pokémons, aprendem novos ataques, há itens para usar, cada Pokémon tem estatísticas próprias - ataque, defesa, ataque especial, defesa especial e velocidade - e embora não seja possível apanhar pokémons, estes podem se juntar de livre vontade à nossa equipa quando os encontramos a vaguear pelas masmorras.

O jogo começa ao sermos visitados por uma voz estranha que nos avisa que o mundo dos pokémons está em perigo e que temos que o salvar. Neste ponto ainda somos humanos, e só depois de recebermos este aviso é que somos misteriosamente transformados num pokémon. Podemos escolher ser um Snivy, Tepig, Oshawott, Pikachu ou um Axew. Estas são as únicas opções disponíveis. O que é particularmente estranho e sem qualquer explicação, é que o pokémon que escolhemos ser inicialmente só pode evoluir depois do final do jogo, enquanto todos os outros pokémons que se juntam à nossa equipa podem evoluir a qualquer momento (desde que cheguem ao nível de evolução).

Escolhido o pokémon que queremos ser, entramos num mundo desconhecido e que nos é estranho, mas de imediato encontramos outro pokémon (também escolhido pelo jogador) que rapidamente se tornará no nosso melhor amigo. Juntos vão embarcar em muitas aventuras para descobrir mistérios, ajudar pokémons em dificuldade e também encontrar a origem da voz misteriosa que nos visitou no início do jogo e perceber a sua mensagem.

É a explorar masmorras que tudo se desenrola. O que torna especiais as masmorras de Pokémon Mystery Dungeon: Gates to Infinity é a sua imprevisibilidade. Quando entramos numa, os caminhos são gerados aleatoriamente e o mapa só vai ficando definido à medida que a exploramos. A ideia é frutuosa, mas a forma como é executada é pouco ambiciosa. A exploração é altamente linear, e os caminhos das masmorras não passam de linhas retas estreitas, tão estreitas que só se pode mudar de direção quando há um cruzamento com outros caminhos. Na maioria das vezes a exploração não compensa porque tudo o que entramos são becos sem saída. Deste modo, queremos sempre encontrar as escadas para o andar seguinte e sair dali o mais rapidamente possível.

A maior surpresa que podem encontrar, caso decidam explorar, são os chamados Key Rooms, áreas especiais das masmorras com um portão à entrada que requerem uma chave da cor correspondente para serem abertos. Lá dentro estão itens raros e poderosos, mas não é aconselhável aventurarem-se nestas áreas no princípio do jogo, mesmo que tenham a chave correspondente, porque a vossa equipa ainda não é forte o suficiente para enfrentar os pokémons que vão encontrar.

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Jorge Loureiro avatar

Jorge Loureiro

Editor

É o editor do Eurogamer Portugal e supervisiona todos os conteúdos publicados diariamente, mas faz um pouco de tudo, desde notícias, análises a vídeos para o nosso canal do Youtube. Gosta de experimentar todo o tipo de jogos, mas prefere acção, mundos abertos e jogos online com longa longevidade.

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