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A derreter as memórias de infância

Já jogaram He-Man nos iOS?

He-Man: The Most Powerful Game in the Universe™ é mesmo o jogo com o qual vou passar o fim de semana e não porque Gears of War: Judgment vai parar de rodar na minha consola, apenas porque não resisto ao mar de nostalgia que está a pedir que nele mergulhe. É porque provavelmente qualquer um que conheça o nome He-Man com um iOS não vai conseguir resistir ao apelo. Aquelas manhãs de sábado nunca mais foram as mesmas desde que o herói loiro de cuecas e espada em riste apareceu na televisão para enfrentar um esqueleto de vestes lilás.

"Pelo poder de Greyskull! Eu tenho o poder!" e o verde "gato" medricas tornava-se em feroz tigre para ajudar He-Man e She-Ra a defender o bem do mal, ou seja, de Skeletor e do seu exército de trapaceiros. Se não sentes o poderoso arrepio da nostalgia quando vês esta introdução, então é porque perdeste uma era dourada da animação. Se olhaste para Orko e gritaste 'olha ele' então certamente desfrutaste de umas belas horas de fascinante diversão em formato animado na TV.

Quando a Chillingo lançou para os aparelhos iOS da Apple He-Man: The Most Powerful Game in the Universe no final de Outubro de 2012, deixei passar ao lado o jogo pois temia que fosse mais um daqueles casos do uso inapropriado de uma licença famosa num produto que não lhe fazia mérito nenhum. Agora, em Março de 2013, depois da introdução da aventura de She-Ra numa nova atualização, o jogo ficou disponível gratuitamente e estou finalmente pronto para regressar a Eternia.

Está atualmente gratuito e oferece umas boas horas de divertida nostalgia.

A Chillingo, a Mattel e o Glitchsoft juntaram esforços para criar um produto que tenta capturar alguma da magia de Eternia, pelo menos a que é possível num iOS, e temos aqui o "mais poderoso jogo do universo" na forma de um side-scroller horizontal, o que até seria complicado num esquema de controlo táctil. A verdade é que até é, mas para o seu próprio bem não tanto quanto poderia. Isto porque num jogo do género, o personagem tem que saltar e atacar as hordas de inimigos que lhe fazem frente, e numa interface sem botões físicos o pior pode acontecer.

Na sua jornada por Eternia contra os exércitos e capangas de Skeletor, He-Man vai ter que saltar pelas plataformas, golpear com a sua espada e até usar habilidades especiais. A metade direita do ecrã serve para com o deslizar dos dedos movimentar He-Man enquanto tocar no ecrã serve para atacar. Caso queiram saltar devem deslizar o dedo nessa direcção e isso é fundamental para recolher as pedras preciosas espalhadas pelos níveis. Estes são rápidos e quase sempre a mesma coisa mas mas pouco mais se pode pedir a um jogo que apenas tenta transportar para videojogo em formato móvel uma pérola do nosso passado.

Adicionalmente, temos um visual em jeito cartoon mas com traço atual, e até encaixa bem na experiência como um todo. Não existe aqui qualquer intenção de conquistar prémios de design e criatividade artística, portanto o que temos é um perfeito exemplo de como os jogos nos smartphones podem ter valor enquanto oferecem experiências que não seriam aceitáveis numa consola caseira, ou até numa portátil dedicada.

Devo confessar que se tornou no meu jogo de eleição por estes dias e já me vejo a voltar a jogar os níveis que já passei para obter mais estrelas através de melhor prestação. Depois tenho a aventura de She-Ra e várias melhorias para comprar na loja de itens do jogo e na altura nem era ponto relevante mas atualmente é bom ver um jogo que não tenta convencer o jogador a gastar mais € para comprar melhorias que lhe facilitam o jogo.

Pode não ser a coisa mais divertida que vão jogar mas incute um bom vício e de certa forma até me deixou a pensar, 'porque é que isto não foi feito há mais tempo?' O que interessa é que agora está feito, disponível e até está gratuito. Se tal como eu sentem um arrepio a percorrer o vosso corpo quando pensam em He-Man então não hesitem, mergulhem em Eternia.

He-Man: The Most Powerful Game é um jogo bem básico e com alguns problemas nos controlos mas que por toda a nostalgia que oferece vale bem a pena. Se perderem a promoção que o deixa gratuito, podem sempre deixar de beber um café e investir 0.89€ aqui e desfrutar de um bom bocado. Em termos de mecânicas de jogo e funcionalidades não vai ficar na memória, o que vai fazer é entrar na vossa memória e fazer regressar todas as que estão por ali perdidas. Agora se houvesse algo assim para os Thundercats então ficaria mesmo maravilhado.

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Sobre o Autor
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Bruno Galvão

Redator

O Bruno tem um gosto requintado. Para ele os videojogos são mais que um entretenimento e gosta de discutir sobre formas e arte. Para além disso consome tudo que seja Japonês, principalmente JRPG. Nós só agradecemos.
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