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Metal Gear Rising: Revengeance - Análise

Simplesmente deslumbrante.

Este é sobretudo um jogo de espadachins, e a espada de Raiden é usada para tudo, inclusive bloquear os ataques. O botão para bloquear é o mesmo usado para os ataques, com a adição de direcionar o analógico para o ataque. Pode ser confuso ao começo, como tantos jogos têm um botão dedicado ao desviar dos ataques, mas a habituação é rápida e a longo prazo é uma mecânica que recompensa imenso. Bloqueiem o ataque no momento certo e poderão acabar imediatamente com o inimigo usando o Zan-Datsu. Aprender a bloquear é fundamental em Revengeance, mas existe a possibilidade de desviar os ataques (X + A + direção), que é até se revela útil em alguns ataques não-bloqueáveis.

Metal Gear Rising: Reveneance é um jogo progressivamente mais difícil. De boss para boss vão sentir a diferença (e preparem-se para o último boss), havendo cada vez mais a necessidade de recorrer aos itens para reenergizar Raiden. Para compensar, Raiden também se torna mais forte com o decorrer do jogo. No final de cada missão poderão aumentar-lhe a barra vital e energética, bem como melhorar a sua espada e as armas secundárias que vai adquirindo como um troféu dos bosses derrotados.

Nem tudo é ação em Revengeance. Como uma espécie de homenagem a Metal Gear Solid, é possível jogar em modo stealth. Raiden pode aparecer sorrateiramente por detrás dos inimigos e acabar com eles com um só golpe. Entre os itens de Raiden estão um barril e uma caixa de cartão que podem ser usados como esconderijo debaixo dos olhos dos inimigos. É uma alternativa jogar deste modo, e para alguns até poderá ser uma ajuda, se encontrarem dificuldade em alguma parte que esteja repleta de inimigos difíceis.

Agora chegou a parte que deixará muitos de pé atrás. Revengeance é um jogo curto. Já contabilizando as cinemáticas, não deve demorar mais que seis horas da primeira vez. Mas este não é um jogo que se conclui na dificuldade normal e se encosta na prateleira. A dificuldade normal não faz justiça ao jogo. Revengeance deve ser repetido na dificuldade difícil, depois muito difícil e por último, "Revengeance", a dificuldade mais elevada. À medida que escrevo estas palavras estou ainda na dificuldade difícil. Mal terminei a dificuldade normal, recomecei de imediato na dificuldade difícil. É um jogo espetacular e desafiante, e com uma jogabilidade profunda o suficiente para ser repetido várias vezes. De cada vez que se joga aprende-se algo novo ou fica-se mais perto de dominar a técnica da espada de Raiden.

As missões VR (Realidade Virtual) oferecem desafio e longevidade adicional. Estas missões (20 no total), que são encontradas ao longo do modo estória, podem depois ser selecionadas no menu do jogo. Ao completarem as missões vão receber pontos adicionais para personalizar Raiden. Em cada missão poderão obter três classificações: bronze, prata e ouro. Fiquem avisados desde já que obter ouro não é nada fácil.

"Metal Gear Rising: Reveneance é outro jogo imperdível da Platinum Games para os fãs do sub-género hack and slash e um capítulo interessante, mas diferente, na saga de Metal Gear"

Tecnicamente há várias razões para ficar impressionado. O jogo corre aos já mencionados 60 fotogramas por segundo, enquanto em simultâneo é possível cortar livremente qualquer coisa, seja qualquer objeto ou inimigo. O detalhe dos inimigos é minucioso, mas é nos bosses e Raiden que se verifica um maior esforço e dedicação do Platinum Games. O fato de Raiden é esteticamente belo, e não é uma perda de tempo ficar vários segundos a observar todos os pormenores deliciosos que apresenta. Claro que ao incutir todo este detalhe nas personagens (semelhante esforço ao do detalhe das personagens é notável nas animações), houve necessidade de fazer sacrifícios em outras áreas. Os ambientes são claramente inferiores em detalhe às personagens, o que cria uma disparidade na qualidade visual, no entanto, o resultado final está longe de ser desagradável.

Fora as perspetivas menos favoráveis da câmera e os ambientes básicos, Metal Gear Rising: Reveneance é outro jogo imperdível da Platinum Games para os fãs do sub-género hack and slash e um capítulo interessante, mas diferente, na saga de Metal Gear. Quem já conhece o trabalho da Platinum Games já deve saber o que esperar: uma viagem extasiante do princípio ao fim sem haver um abrandamento nas doses de ação. Este é um daqueles jogos pelo qual se anseia e quando finalmente chega às nossas mãos, cumpre todas as expectativas de forma exemplar. A jogabilidade é quase um sonho, e a estória curta, mas forte o suficiente, para manter o jogador agarrado ao ecrã (o carisma de Raiden ajuda nesse ponto), enfim, existem muitos os motivos para se gostar de Metal Gear Rising: Reveneance e poucos para não se gostar. Esta é a prova que a combinação Platinum Games mais Hideo Kojima é frutuosa e que poderá resultar em futuros jogos de elevado calibre.

Metal Gear Rising: Reveneance já se encontra disponível nas lojas portuguesas. As legendas estão em português.
9 / 10

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In this article

Metal Gear Rising: Revengeance

PS3, Xbox 360, PC

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Sobre o Autor
Jorge Loureiro avatar

Jorge Loureiro

Editor

É o editor do Eurogamer Portugal e supervisiona todos os conteúdos publicados diariamente, mas faz um pouco de tudo, desde notícias, análises a vídeos para o nosso canal do Youtube. Gosta de experimentar todo o tipo de jogos, mas prefere acção, mundos abertos e jogos online com longa longevidade.
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